02 Março 2018
No tempo da internet, a fé cristã parece correr novos riscos. A difusão de ideias erradas – as heresias – em tempos de internet flui mais rapidamente via web, e, assim, o Papa Francisco, através da Congregação para a Fé, se dispõe e se prepara para enfrentá-las, publicando um documento dirigido aos bispos do mundo inteiro.
A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 01-03-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“Prolifera em nossos tempos um neopelagianismo em que o homem, radicalmente autônomo, pretende salvar-se a si mesmo sem reconhecer que ele depende, no mais profundo do seu ser, de Deus e dos outros. A salvação é então confiada às forças do indivíduo ou a estruturas meramente humanas, incapazes de acolher a novidade do Espírito de Deus”, denuncia o ex-Santo Ofício.
O documento também critica “um certo neognosticismo”, que, afirma o texto, “apresenta uma salvação meramente interior, fechada no subjetivismo. Esta consiste no elevar-se ‘com o intelecto para além da carne de Jesus rumo aos mistérios da divindade desconhecida”.
Os teólogos vaticanos explicam que se pretende, assim, “libertar a pessoa do corpo e do mundo material, nos quais não se descobrem mais os vestígios da mão providente do Criador, mas se vê apenas uma realidade privada de significado, estranha à identidade última da pessoa e manipulável segundo os interesses do homem”.
A síntese é que as heresias estão sempre à espreita. “Tanto o individualismo neopelagiano quanto o desprezo neognóstico do corpo descaracterizam a confissão de fé em Cristo, único Salvador universal”.
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A fé em tempos de internet: Papa Francisco declara guerra às novas heresias que se espalham via web - Instituto Humanitas Unisinos - IHU