As tendências e benefícios da Inteligência Artificial em Serviços Financeiros

Humanos e robôs | Foto por Geralt, Pixabay

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

20 Julho 2017

A tecnologia potencializa cada vez mais o trabalho dos profissionais, oferecendo, entre várias coisas, experiências únicas e personalizadas aos usuários.

O comentário é de Guilherme Horn, head de Inovação da Accenture na América Latina, Investidor e Especialista em Fintechs e Inovação, publicado por StartSe, 18-07-2017.

A inteligência artificial é uma das tecnologias que mais prometem causar disrupções nos modelos existentes. Sua utilização deverá impactar vários setores, inclusive o de serviços financeiros. Ao contrário do que muitos pensam, ela não vem necessariamente para substituir a mão-de-obra humana, pelo contrário: sua maior vantagem é potencializar o trabalho dos profissionais.

Segundo o CFO da OnDeck, Howard Katzenberg, o objetivo da empresa ao utilizar a Inteligência Artificial é melhorar cada vez mais a assertividade de seus algoritmos, mantendo o elemento humano nos processos. Em entrevista para o Bank Innovation, Katzenberg afirma que no caso da OnDeck, uma das maiores fintechs de crédito do mundo, 100% das solicitações de crédito passam por decisões dos algoritmos. Elas podem ser três: o candidato é (1) negado, (2) aceito e segue para o processo de agendamento, ou (3) fica pendente para uma investigação mais profunda.

A terceira opção ocorre quando o algoritmo identifica algo fora do normal: normalmente o valor do empréstimo solicitado é acima da média daquele perfil. Como resultado, cerca de um terço das solicitações da OnDeck, que hoje gerencia US$ 1,2 bilhões em empréstimos, passam por uma intervenção manual. Com o aumento do uso da Inteligência Artificial este número tende a mudar.

De fato, a inteligência artificial promete penetrar no mercado das fintechs de forma intensa e beneficiá-lo das mais variadas formas. Algumas das tendências para este segmento são:

Uso de Machine Learning

Machine Learning permite que o software aprenda com o uso, aprimorando continuamente seu desempenho. Como exemplo, um sistema pode montar um portfólio de investimentos e avaliar a sua performance. A partir da análise dos resultados da carteira, o sistema gera novos inputs, que vão aumentar a eficiência de seus cálculos.

Segundo Evan Schnidman, CEO e cofundador da Prattle, a tendência é a inteligência artificial, mais especificamente o machine learning, ser cada vez mais usado nos bancos de investimento e na gestão de ativos. Como consequência, o CEO afirma que o trabalho dos analistas tradicionais passará a ser executado por profissionais com skills híbridos, com conhecimento avançado em finanças e experiência em tecnologia. Esses profissionais, junto com as soluções de Inteligência Artificial, serão mais eficientes que os atuais, podendo realizar o trabalho de research com custos mais baixos e maior velocidade.

Automação

Uma das grandes vantagens da automação é tornar processos repetitivos mais baratos e sem falhas. Essa tendência não é nova, porém com o uso de Inteligência Artificial poderá adicionar complexidade ao processo decisório. “As automações vão progredir de sistemas de regras simples para sistemas complexos que tomam decisões sozinhos”, afirma Alex Housley, fundador e CEO da Seldon.

Um exemplo disso é o do Bridgewater Associates, um dos maiores hedge funds do mundo, que começou a testar Inteligência Artificial em atividades não core da empresa, como contratação e demissão de pessoas. A tendência é que bancos tradicionais também comecem a experimentar casos de uso similares.

Personalização

A personalização dos serviços é uma característica da era digital. O novo ambiente de negócios exige que grandes instituições financeiras, como bancos, reavaliem seus produtos e serviços. Segundo Ramesh Mahalingam, CEO e fundador da Vizru, eles precisam ser cada vez mais personalizados e, de preferência, em tempo real, o que só é possível com o uso de Inteligência Artificial. Isto porque tarefas como estas exigem análise de grande quantidade de dados e alta capacidade de processamento, tudo isso em tempo real, algo praticamente impossível de ser executado por um ser humano.

Dessa forma, a tecnologia será essencial para que no futuro os serviços financeiros ofereçam uma experiência única e dinamicamente personalizada aos seus usuários.

Leia mais