27 Junho 2017
Além das paralisações contra as reformas trabalhista e da Previdência, convocadas pelas centrais sindicais, o dia 30 de junho terá uma série de atividades de rua em todo o país. Em São Paulo, manifestação organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo será realizada no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp), às 16h.
Foto: Cesar Itiberê/Fotos Públicas
A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 26-06-2017.
O coordenador do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticou o fato de algumas centrais terem recuado da ideia de promover uma nova greve geral e apostar em possibilidade de negociação com o governo. Em vídeo na página da entidade no Facebook, Boulos afirma que os movimentos sociais apostarão em uma “saída popular da crise política”, e não retrocederão “nenhum um passo” em relação as paralisações do dia 30.
“Se algumas centrais resolveram recuar, acreditando na história de uma medida provisória do Temer que minimize o problema (da reforma trabalhista), nós não vamos retroceder um passo”, diz Boulos, também coordenador da Frente Povo sem Medo. “Vai haver greve, paralisações de rodovias e avenidas, e manifestações em várias cidades. Vamos parar o Brasil.”
Um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, ratifica a decisão de reforçar as atividades da sexta. “Sabemos que se as reformas dos golpistas avançarem, a sociedade brasileira, os que ainda irão se aposentar, os mais jovens que nem entraram no mercado de trabalho, sofrerão com os retrocessos deste nosso momento”, afirma.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, “pressão e vigília” são fundamentais. “Esse trabalho, aliado à mobilização das ruas e aos protestos em Brasília serão decisivos na luta contra essa reforma trabalhista que só retira direitos”, observa o dirigente, lembrando a série de manifestações que vêm sendo realizadas como responsáveis por fragilizar a base do governo no Congresso – como os atos de 8 e 15 de março, da greve geral de 28 de abril e do Ocupe Brasília, em 24 de maio – eventos que envolveram centrais e movimentos sociais.
Em Belo Horizonte, a concentração será na Praça da Estação, na avenida dos Andradas, a partir das 9h. "Enquanto os golpistas não caírem e todas as reformas anti-sociais já aprovadas por ele não forem revogadas, #NãoSairemosdasRuas", diz o texto do evento no Facebook.
Também pela manhã, às 9h, a Praça da Bandeira será o local de concentração de manifestantes em Fortaleza, no dia 30 de junho. No mesmo horário, Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, tem ato marcado para a Esplanada Pedro II.
Na cidade de Goiânia, a concentração será na Praça Cívica, às 8h, horário em que Porto Velho também terá atividade, programada para a Praça Três Caixas D'Água. "Somente grande mobilização com greve geral, marcada para o dia 30 de junho, mostrará a insatisfação do povo brasileiro com as reformas e não deixará que esse ponto final dos direitos trabalhistas, da previdência seja dado", diz o texto convocatório do ato.
Mossoró, no Rio Grande do Norte, tem concentração marcada em frente à Igreja do Alto de São Manoel, às 15 h da sexta-feira. Na programação está incluída a realização do "Arraiá da Resistência", com apresentação de artistas locais. Antes, nesta terça (27), a Frente Brasil Popular fará na cidade um "esquenta" para a greve geral, com uma plenária, às 9h, em frente à sede do Sindicato dos Comerciários.
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Movimentos sociais programam paralisações e atos para o 30 de junho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU