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20 Junho 2017

A primeira campanha das “Diretas Já” foi o resultado de um longo acúmulo de forças, um amplo arranjo cozido por uma década. A segunda “Diretas Já” aparece em um cenário bem diverso, talvez até inverso. Ela aparece como uma reação quase imediata ao fim da pactuação. Não é fruto de um longo processo, mas a resposta rápida, quase inconsciente, à ruptura, escreve Paulo Gajanigo, professor Sociologia do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, em artigo publicado por blog Junho, 19-06-2017.

Eis o artigo.

No dia 18 de março de 2016, durante o primeiro ato contra o impeachment no Rio de Janeiro, duas sensações me marcaram. Era um ato incógnito, ninguém sabia se seria grande ou não, muitos não sabiam se iam ou não. Era uma novidade, um nó na conjuntura e em nossas mentes. Os acostumados a irem em atos nos últimos anos ficaram receosos em atender um chamado que incluía lideranças petistas. Não sabíamos o que seria o ato e nem quem exatamente encontraríamos. Foi grande e com ar retrô. Muitos se reencontravam, se abraçavam e se perguntavam sobre a vida. O palco, as músicas, os artistas, bem como um certo saudosismo de muitos ali presentes nos remeteram para a década de 80. Era como se estivéssemos nos reconectando com uma energia que ficou dispersa durante o período de governabilidade petista. No primeiro momento em que o PT voltou a ser oposição, a energia voltou, meio que por memória. Um movimento passado, com energias passadas, nada deixava claro se teria energias próprias, do presente.

Um ano depois a memória se concentrou na “Diretas Já”. Assombrados pelas indiretas, foi intuitiva a reformatação do “Fora, Temer”. Em tempos de contágio virtual, essa bandeira não foi produzida nos diretórios partidários, foi antes emergência onírica. As decisões partidárias vieram em seguida. São raros os momentos em que fica tão clara a influência do imaginário no desenho da luta política.

A primeira campanha das “Diretas Já” foi o resultado de um longo acúmulo de forças, um amplo arranjo cozido por uma década. A campanha derrotada mais orgulhosamente lembrada da história recente. É curioso que tenhamos sempre que lembrar que não elegemos diretamente Tancredo. Com o passar do tempo, a “Diretas Já” compôs o quadro feliz da redemocratização, ela apareceu então como mais um passo para a definitiva redemocratização de 1989. Havia nas “Diretas Já” de fato derrota e comemoração. O PT, por exemplo, não votou em Tancredo no Colégio Eleitoral, pois se recusou a elegê-lo indiretamente. Mas os comícios eram uma grande comemoração, a conquista definitiva das ruas. Era uma repactuação social em patamares mais democráticos.

A segunda “Diretas Já” aparece em um cenário bem diverso, talvez até inverso. Ela aparece como uma reação quase imediata ao fim da pactuação. Não é fruto de um longo processo, mas a resposta rápida, quase inconsciente, à ruptura. A forma de evocação da primeira campanha é, nesse sentido, decisiva. Suspeito que, até o momento, essa evocação tem sido usada, principalmente, como estranho talismã. Estranho, pois, uma campanha derrotada não parece ser bom talismã. Talismã, pois, ela tem sido via do desejo de reconstrução do antigo pacto da redemocratização: a junção das forças progressistas. É como se a identidade da campanha pudesse colocar em movimento forças que já não estão mais aqui. Esse desejo se complementa com a esperança de um Lula redentor em 2017 ou 2018, como volta à situação pré-golpe, a feliz vida do pacto social. Um Lula que pode sentar com Sarney, resolver os imbróglios políticos e dar caráter popular a essas resoluções.

Tudo parece como se fosse possível, por meio da repetição do slogan, carregar de força política e relevância social uma luta em um contexto bem diferente. É como se pudéssemos retomar o longo caminho de redemocratização do país. O principal problema dessa ideia é postular que existe um longo caminho de redemocratização do país, de acúmulos sucessivos. Como disse Walter Benjamin, “o continnum da história é dos opressores”. A “Diretas Já” como talismã e, portanto, como propaganda, se adequa ao imaginário oficial da redemocratização. Se torna, dessa forma, propaganda oficial, deixando de ser perigosa.

A “Diretas Já” que foi derrotada, esta é perigosa. A campanha como um episódio que não pode ser suavizado por termos tido eleições diretas em 1989. A violência da derrota que não foi amenizada pela eleição de um candidato da oposição. A incômoda lembrança da recusa do PT em votar em Tancredo. A energia popular que não se realizou como voto. A “Diretas Jaz” de Henfil. A história que não é indenizada, reparada, por processos controlados dos dominantes. Existe um caminho perigoso e, portanto, criativo da repetição do slogan. Mas a “Diretas Já” não pode ser uma marca que busca repaginar políticos e políticas desgastados e desmoralizados. Acima de tudo, a campanha das “Diretas já” deve ser lembrada para vingarmos sua derrota. Ativarmos as energias mais populares e democráticas que foram caladas.

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