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“É preciso deixar para trás o ‘trabalhismo’, o pensamento que o emprego será a resposta à crise”. Entrevista com o economista Guy Standing

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18 Mai 2017

Guy Standing cunhou o termo ‘precariado’ para se referir a todas as pessoas que vivem em constante incerteza, seja por depender de empregos instáveis ou ajudas sociais insuficientes. Para enfrentar o precariado, este economista, professor da Universidade de Londres, há trinta anos defende a renda básica universal. O debate sobre sua implantação extrapolou, nos últimos anos, os ambientes de esquerda, e inclusive se fala dela no Fórum de Davos.

Standing visitou Barcelona para apresentar seu último livro, La corrupción del capitalismo (Passado & Presente), e para dar uma palestra na Feira Literária, na Fabra i Coats.

A entrevista é de Oriol Solé Altimira, publicada por Rebelión, 17-05-2017. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

No livro, você afirma que vivemos em um sistema oposto ao livre mercado.

O neoliberalismo dos anos 1980 e 1990 se transformou no capitalismo rentista que temos hoje, baseado nos direitos privados sobre a propriedade física, financeira e intelectual. É um sistema corrompido, não só porque há indivíduos corruptos, mas porque se baseia em uma mentira. O capitalismo rentista não favorece o livre mercado. Pelo contrário, é o sistema de menos livre mercado da história.

Não são maçãs podres, é o cesto inteiro?

A corrupção é intrínseca ao sistema. A competição por possuir direitos de propriedade privada com os quais extrair rendas se impõe sobre as leis do livre mercado.

Como esta corrupção afeta as políticas públicas?

A democracia e os processos de tomada de decisões estão corrompidos. O símbolo é o fenômeno das portas giratórias. Um ministro de Finanças pode não ter cobrado uma comissão, mas está corrompido institucionalmente. Daí que baseie mais suas decisões em seu futuro profissional para poder acabar, por exemplo, no Goldman Sachs.

Um liberal poderia dizer que o problema é que há muita regulação.

A pergunta que os liberais precisariam fazer é por que não se opuseram ao capitalismo rentista, que já está institucionalizado. A retórica da regulação é uma mentira. Sim, há regulação, estabeleceu-se, mas a favor das finanças, dos direitos de propriedade e para controlar as organizações sociais.

Uma das chaves que o livro menciona é o colapso do sistema de redistribuição da riqueza do século XX.

O desenvolvimento do capitalismo rentista implica que o sistema de distribuição da riqueza vigente no século XX se dissolveu. Durante um longo período de tempo, houve certa estabilidade entre rendas do capital e rendas do trabalho. A partir do início da era da globalização e da agenda neoliberal, tudo foi pelos ares.

Também se dissolveu a solidariedade entre os trabalhadores que sofreram menos os efeitos da onda neoliberal e o novo precariado?

Entre as rendas do capital, as dos rentistas crescem. E entre as rendas do trabalho, que estão se reduzindo, certos assalariados conseguiram manter suas posições, ao passo que o precariado não parou de crescer. Daí que, muitas vezes, o precariado se opõe aos sindicatos, pois acreditam que não os representam e que só trabalham para os assalariados tradicionais.

Você atribui uma responsabilidade especial, acerca deste desastre, à social-democracia europeia, em especial à Terceira Via.

A Terceira Via será vista, com o tempo, como um dos grandes erros históricos da social-democracia europeia. Foi uma pechincha para o mundo das finanças e o capital. A social-democracia aceitou a economia neoliberal, promoveu privatizações e flexibilizou mais o mercado de trabalho. Deixou para trás suas próprias conquistas, perdendo assim o respeito e o apoio de um precariado cada vez mais crescente.

A social-democracia pode recuperar a credibilidade entre o precariado?

Não. O precariado olha para os social-democratas e lhes diz: ‘Não nos representa!’. Basta ver o que aconteceu com os partidos social-democratas no Reino Unido, França, Holanda... Isto tem um aspecto negativo. Agora, temos um vazio de política progressista. Mas, o bom é que a política odeia o vazio, razão pela qual acredito que há um espaço para que floresça uma verdadeira política progressista.

Como este vazio deveria ser preenchido?

É preciso deixar para trás o ‘trabalhismo’, o pensamento que o emprego será a resposta à crise. Não importa quantos postos de trabalho sejam criados, os salários não aumentarão. O pleno emprego é uma resposta do passado à crise. É necessário um novo sistema de redistribuição da riqueza que atue sobre o capitalismo rentista.

No livro, você propõe criar fundos soberanos como o norueguês para financiar este novo sistema de redistribuição. A Espanha pode implantá-lo, se carece do petróleo do mar do Norte?

Os fundos soberanos precisam se nutrir da extração de rendas. Do mesmo modo que a Noruega implantou seu fundo soberano com base no petróleo, outros países podem fazê-lo devolvendo à sociedade parte das rendas que são extraídas. Sua origem pode ser financeira, a propriedade de um imóvel ou de uma patente, o turismo ou as novas plataformas tecnológicas.

Estes fundos financiariam uma renda básica universal. Que razões tem para defendê-la?

Por justiça social e ecológica. A riqueza está mais ligada a nossos antepassados que àquilo que conquistamos por nós mesmos, e a contaminação permite aos ricos aumentar seus benefícios, mas prejudica as pessoas comuns. A segunda razão é que aumenta a liberdade. Oferece a você a possibilidade de dizer ‘não’. Comprovamos que as mulheres maltratadas, que em muitos casos dependem economicamente de seus abusadores, possuem menos problemas para romper suas relações, se possui uma renda básica. Em terceiro lugar, inclusive, há uma questão de estabilidade mental óbvia: a insegurança econômica aumenta o mal-estar, impede a tomada de decisões a longo prazo e deteriora a empatia sobre os demais. São três razões políticas, caso se queira chamá-las assim, mas que são tão ou mais importantes que os motivos econômicos.

No plano econômico, argumenta-se que a renda básica desestimularia o trabalho.

Em vários testes piloto, vimos que a renda básica não torna as pessoas vadias, mas as energiza e aumenta sua produtividade. Fomenta a cooperação ao invés da competitividade e outros tipos de trabalho para além do âmbito laboral.

Que o Fórum de Davos lhe convide para falar sobre a renda básica, não lhe faz suspeitar?

Claro que sim! Não nasci ontem. Que grandes corporações ou o Fórum de Davos me perguntem pela renda básica não mudará minha ideologia de esquerda. Em Davos estão interessados na renda básica porque querem uma economia estável e sustentável, que lhes permita continuar tendo lucros, o que é perfeitamente compreensível. E, ao mesmo tempo, uma economia estável também requer estabilidade política e social.

Não deixa de ser curioso que Davos e a esquerda remem na mesma direção.

A razão pela qual em Davos, de repente, interessem-se pela renda básica é porque veem crescer os populismos neofascistas. Em certo sentido, Donald Trump, o pior fenômeno político dos últimos anos, está ajudando a aumentar o apoio à renda básica, porque não querem que as pessoas votem em personalidades como Trump. De qualquer modo, a partir da esquerda, é preciso reivindicar a renda básica como um novo sistema de partilha da riqueza que interpele o capitalismo rentista.

Supõe uma contradição que o precariado utilize o Airbnb para viajar, porque não pode pagar um hotel, sabendo que contribui para encarecer os aluguéis?

Não acredito que seja uma contradição. A solução não pode ser se opor à tecnologia. Acredito que é preciso aceitar a tecnologia, mas rejeitar as condições trabalhistas. O problema está na extração de renda que determinadas plataformas fazem ou as condições trabalhistas dos condutores do Uber. Se a plataforma cobra 20% por uma transação, é preciso tributar esta transação. O precariado não deve se sentir culpado por usar o Uber ou o Airbnb, mas por não se opor à desigualdade que geram.

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