06 Mai 2017
Um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) sequestrou, na Colômbia, um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), justamente quando o Conselho de Segurança do organismo chegou ao país para apoiar o processo de paz com a guerrilha. O presidente Juan Manuel Santos informou que uma delegação do governo viajou ao sudeste do país, onde foi retido um membro da ONU durante um giro para promover a substituição de cultivos ilícitos. “Espero que esteja conosco em brevíssimo tempo”, afirmou o mandatário em uma apresentação televisiva, na presidencial Casa de Nariño, após a reunião com o Conselho de Segurança. O Conselho de Segurança do organismo internacional repudiou o sequestro do funcionário do escritório da ONU contra a Droga e o Crime, cuja identidade não foi revelada, ocorrido no departamento de Guaviare.
A reportagem é publicada por Página/12, 05-05-2017. A tradução é do Cepat.
“Estamos trabalhando com as autoridades competentes para sua libertação imediata e segura”, apontou no comunicado, ao exigir sua pronta entrega. O diretor do grupo antissequestros da Polícia, o general Fernando Murillo, disse que estava atendendo a situação no município de Miraflores, próximo da região onde ocorreu o sequestro.
Rafael Pardo, alto conselheiro para o Pós-conflito, Direitos Humanos e Segurança da Colômbia, considerou absolutamente inaceitável o ocorrido com o membro da ONU, que disse ser colombiano, e afirmou que espera sua libertação para as próximas horas. “Este funcionário estava ontem (quarta-feira) em uma sessão da socialização do programa nacional de substituição de cultivos com cerca de 400 pessoas, em Barranquillita, Guaviare. E foi sequestrado após essa reunião”, explicou o alto conselheiro. O sequestro ocorreu horas antes que os membros do Conselho de Segurança chegassem a Colômbia para apoiar a paz com as FARC, processo que a ONU considera irreversível.
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Grupo dissidente das FARC atua na Colômbia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU