31 Julho 2016
“A dificuldade do nosso tempo é que o outro vem, de repente, como inimigo - mas não como um inimigo declarado, não um inimigo na frente de batalha, mas um inimigo que se esconde em cada esquina, que pode ser vizinho de casa. E isto infunde medo, mina a confiança no próximo. No entanto, apesar disso, é necessário resistir, preservar a esperança, pensar no humano que ainda existe, no outro, como também em nós, e apostar nessa humanidade comum”, afirma a filósofa italiana.
Foto: Wikimedia Commons |
Segundo a filósofa italiana, “não se pode cometer o erro de ver o Islã apenas como uma religião”, porque estamos diante de uma “ameaça planetária da jihad política”. Na interpretação dela, uma das chaves para compreender o Islã é analisá-lo a partir da “teologia política”. Ela explica que, do mesmo modo, o judaísmo e o cristianismo são uma teologia política, mas “tiveram que renunciar de sua dimensão política” e “já no início da modernidade”, fizeram “um pacto com o Estado, reconhecendo sua soberania”. Em contrapartida, frisa, “o Islã está apenas começando a entrar no ‘pacto laico’ e na nação. A entrada do Islã para a cidadania europeia traz consigo muitas incertezas e muitas perguntas. Tanto mais que, para este fim, o Islã deve renunciar ao seu projeto político”, defende.
Na entrevista a seguir, Donatella di Cesare também reflete sobre a adesão de jovens europeus ao jihadismo e a postura de “ambivalência” da esquerda diante do “Islã político”, e lembra que apesar do apoio dado a organizações fundamentalistas, no Egito “forças progressistas, partidos de esquerda e sindicatos foram silenciados pelo islamismo fundamentalista”. “Um olhar mais atento”, ressalta, mostra que “todas as ‘primaveras árabes’, para além do caso da Tunísia, foram esmagadas pelo Islã radical”. No momento, pontua, são as “direitas populistas” que estão levantando a voz diante da atual situação que envolve o Islã, e a “esquerda está, ao invés, bastante desorientada diante dos ataques terroristas”.
Apesar do medo e da insegurança que afligem a nossa época, a filósofa frisa que a “fonte de segurança, de esperança, de felicidade, quer queiramos, quer não, é sempre o ‘outro’ - são os outros ao nosso redor”. Apesar da “dificuldade do nosso tempo”, aconselha, “é necessário resistir, preservar a esperança, a pensar no humano que ainda existe, no outro, como também em nós, e apostar nessa humanidade comum”.
Donatella de Cesare é doutora em Filosofia pela Universidade de Tübingen, Alemanha, e atualmente leciona no Departamento de Filosofia da Universidade de Roma. Também faz parte do conselho editorial da revista Internationales Jahrbuch für Hermeneutik, e integra o Comitê Gestor da revista alemã Philosophisches Jahrbuch e das séries Wittgenstein-Studien.
Entre outros, ela publicou os seguintes livros: Heidegger & Sons. Eredità e futuro di un filosofo, Bollati Boringhieri, Torino 2015; Heidegger e gli ebrei. I "Quaderni neri", Bollati Boringhieri, Torino 2014; Crimini contro l'ospitalità. Vita e violenza nei centri per gli stranieri, il melangolo, Genova 2014 e Israele. Terra, ritorno, anarchia, Bollati Boringhieri, Torino 2014.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Como analisa o papel do Islã no Ocidente e no Oriente hoje? O que tem motivado suas ações?
Foto: Página Daniele Pugliese
Donatella di Cesare - O Islã, no cenário atual, tem o papel de protagonista. Daí a dificuldade de análise. Certamente ele poderia desempenhar uma ação profícua – mas não é dito que não o faça ou não o fará. Mas é também evidente que, em sua versão violenta e perversa, no fenômeno epocal e planetário do jihadismo, assumiu traços apocalípticos de terror. Atrás e além do niilismo apocalíptico, no entanto, devemos decifrar seu projeto político, reconhecível na ummah [1], na comunidade dos fiéis, que quer o califado global. Por isso não basta derrotar o ISIS.
IHU On-Line - É possível dissociar o Islã religioso do Islã político? Se você faz distinção, o que os diferencia?
Donatella di Cesare - Os confins são fluidos. O Islã religioso confina no político, e vice-versa. Portanto, a este respeito, gostaria de falar de uma teologia política. Não se pode, no entanto, cometer o erro de ver o Islã apenas como uma religião. Por outro lado, também o judaísmo e o cristianismo são uma teologia política, no sentido de que tiveram que renunciar sua dimensão política, sem que esta renúncia fosse definitiva. Mas, enquanto o judaísmo e o cristianismo abandonam muitas prerrogativas, acordaram, já no início da modernidade, um pacto com o Estado, reconhecendo sua soberania, e o Islã está apenas começando a entrar no "pacto laico" e na nação. A entrada do Islã para a cidadania europeia traz consigo muitas incertezas e muitas perguntas. Tanto mais que, para este fim, o Islã deve renunciar ao seu projeto político.
IHU On-Line - Por que muitos jovens têm se identificado com o que você denomina de islamismo político? Como explica o fato de muitos jovens estarem se convertendo ao Islã e morrendo por essa causa?
Donatella di Cesare - Muitos jovens tornaram-se ativistas do sonho islâmico, que se opõe ao americano. Para poder entender, dever-se-ia falar da fenomenologia da humilhação. Graças a um contato mais ou menos superficial com a ideologia jihadista, uma enorme reserva de sentimentos, ou de ressentimentos, negativos assume uma direção política. A pequena criminalidade ascende à ação bélica. O pequeno delinquente - e nenhum desses jovens quer sê-lo, embora muitos deles, infelizmente, o são – se transforma, então, em combatente.
IHU On-Line - Em artigo recente você menciona que grupos de esquerda, em prol do combate a um inimigo comum, a saber, o imperialismo e o capitalismo, apoiaram indiretamente e defenderam organizações fundamentalistas como o Hezbollah e o Hamas. O que isso demonstra sobre a atuação da esquerda, sobre sua capacidade reflexiva e de análise da realidade? A esquerda compreende o que quer o islamismo político ou ela simplesmente apoiou esses grupos por achar que eles estavam, digamos, “todos do mesmo lado”?
Donatella di Cesare - Na esquerda havia, e ainda há, uma ambivalência fatal para com o Islã político. Porque de repente uma nova força fez espetacular irrupção no palco da história, colocando em crise a globalização capitalista, bem mais do que fazia o internacionalismo. Na medida em que o islamismo se impunha no cenário político internacional, a esquerda do Terceiro Mundo foi forçada a escolher: distanciar-se dos movimentos islâmicos, antimodernistas, por muitos, versos reacionários, defendendo direitos civis e liberdade de expressão, até coalizar-se com as correntes liberais, ou escolher o "front único" islâmico-socialista, em nome da comum luta anti-imperialista.
Muitas vezes, a esquerda terceiro-mundista acabou por escolher a aliança com o Islã político, convencida de que ele poderia orientar jovens islâmicos em direção de objetivos progressistas. E, de fato, a aliança impulsionou-se até a apoiar organizações fundamentalistas como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Faixa de Gaza. O critério era o inimigo comum: "estamos todos do mesmo lado", "somos todos contra o imperialismo". Para além da presunção paternalista, na pretensão, isto é, de poder "conduzir" o protesto dos jovens islâmicos, a esquerda mostrou claramente não ser capaz de ver a disparidade dos projetos políticos. Os "irmãos mais novos" não queriam, e não querem, a revolução socialista e internacionalista. Querem o califado e o governo islâmico. Por trás dessa falta de reflexão política da esquerda, deve-se perceber, no entanto, também uma lacuna cultural, ou melhor, um tabu: o da religião. A esquerda tem sumariamente considerado a religião como "ópio do povo" (Marx diz, na verdade, algo bem diferente). E assim, ela acredita que o Islã, como religião, poderia ser rapidamente posto de lado. O único que - na minha opinião - viu bem o problema, foi Michel Foucault.
"Por outro lado, o jihadismo é o caminho do desejo de derrotar o capitalismo como forma de vida. Mas, para substituí-lo com o modo de vida marcado pela lei islâmica" |
IHU On-Line - Quais são as consequências desse tipo de comportamento da esquerda?
Donatella di Cesare - As consequências são fatais. A dissolução da esquerda é devido também a essa ambivalência, à impossibilidade e incapacidade de denunciar o projeto do Islã político, por aquilo que é, sem hesitação.
IHU On-Line - Por que alguns defendem ou defenderam que o islamismo pode ser entendido como movimento anticapitalista e anti-imperialista? Quais são as evidências de que são essas as pautas que orientam as ações deles? Se não são essas as pautas que orientam suas ações, quais são?
Donatella di Cesare - Nas lutas anticolonialistas, o papel do Islã ainda não estava claro. Surgia a inspiração anticapitalista e anti-imperialista. Porque, é claro, esta inspiração existe. Mas, em seguida, ficou claro que a questão é bem mais complexa. Primeiro, porque o Islã não é um bloco monolítico. Como não lembrar aqueles países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos que adotaram o modelo capitalista? Por outro lado, o jihadismo é o caminho do desejo de derrotar o capitalismo como forma de vida. Mas, para substituí-lo com o modo de vida marcado pela lei islâmica.
IHU On-Line - Como lhe parece que a esquerda compreende esse fenômeno do Islã e dos ataques terroristas? Percebe diferenças, por exemplo, entre a relação da esquerda europeia e da esquerda do terceiro mundismo com o Islã, o jihadismo e os grupos fundamentalistas?
Donatella di Cesare - A levantar a voz estão as direitas populistas que têm, assim, jogo fácil. A esquerda está, ao invés, bastante desorientada diante dos ataques terroristas. Seja porque, de fato, vivemos um momento em que as reflexões são proibidas e se prefere explicações simples, seja também porque a esquerda é ambivalente em relação ao Islã. Em geral procura fornecer uma análise veteroeconomicista, afirmando, por exemplo, que o terrorista de turno, o que cumpriu o último atentado, era um pária, desempregado etc. E isto é certamente verdade, mas não é o suficiente para explicar. Acredito que isso se aplica, sobretudo, à esquerda europeia. A esquerda do Terceiro Mundo está mais distante do cenário apocalíptico dos atentados. Talvez, por isso, mantém-se mais íntegra, mais fiel a si mesma - mas apenas porque está mais distante da geopolítica do Islã.
IHU On-Line – Você estabelece uma relação entre a teologia da libertação na América Latina e a esquerda com o Islã político. Quais as razões dessa comparação? A que conclusões quer chegar com elas?
Donatella di Cesare - Eu disse que na história do terceiro-mundismo, a teologia da libertação representou um precedente: desde os anos sessenta a esquerda encontrou um formidável aliado no profetismo anti-imperialista, naqueles padres das favelas que, apelando para a justiça e a igualdade, conjugavam o Evangelho com a luta de classes. É uma aliança bem-sucedida, simplesmente por causa da afinidade constitutiva entre o socialismo moderno e o messianismo judaico-cristão. Não havia praticamente nenhum líder político da esquerda que não conhecesse este vínculo. No fundo, não apelava também Rosa Luxemburg ao comunismo da época do chamado "cristianismo primitivo"? Neste sentido, a religião pode tornar-se - para citar Marx - "protesto" contra a pobreza. Em outras palavras, o comunismo é um messianismo secularizado. A distância do Islã, no entanto, é grande.
IHU On-Line – Nesse mesmo artigo você também pontua que em breve, parece evidente, o islamismo não pretende apoiar os movimentos progressistas, mas sim marginalizá-los e suplantá-los. Isso já vem acontecendo? Pode nos dar exemplos?
Donatella di Cesare - Sim, isso já aconteceu. Os exemplos são numerosos. Basta pensar no Egito, onde as forças progressistas, partidos de esquerda e sindicatos foram silenciados pelo islamismo fundamentalista. E, no fim, venceu o despotismo do Al Sisi [1]. Um olhar mais atento mostra que todas as "primaveras árabes", para além do caso da Tunísia, foram esmagadas pelo Islã radical. Então, não se pode mais iludir-se: não se trata de buscar uma aliança lá onde não se pode encontrar.
IHU On-Line - Como o Ocidente deveria se comportar em relação ao Islã, já que, como você menciona no artigo, ele não é simplesmente uma religião, mas um modo de vida, pertence a uma história e a uma civilização?
Donatella di Cesare - Quando falo dos movimentos de libertação, refiro-me às mulheres. O Islã não é apenas uma religião, mas é uma forma de vida, em que as mulheres são tradicionalmente confinadas a um papel de subordinação. Isso não quer dizer que as mulheres já são livres e protagonistas em todos os países ocidentais. Mas esta é precisamente uma das questões que suscita a maior preocupação: nós gostaríamos de ter mais direitos civis. Mas isso vai acontecer no encontro e confronto com o Islã?
"Nós gostaríamos de ter mais direitos civis. Mas isso vai acontecer no encontro e confronto com o Islã?" |
IHU On-Line - Como você avalia o uso do termo islamofobia?
Donatella di Cesare - A palavra realmente não me agrada. Mas é frequentemente utilizada no léxico político e jornalístico. Há, porém, certamente, uma fobia do Islã que atravessa a Europa, em particular. Creio que a esta fobia se misturem medos atávicos, o velho temor da invasão, que em séculos passados muitos países europeus, incluindo a Itália, viveram. Mas a fobia atual é deletéria. Em vez disso, seria melhor conhecer melhor o Islã, do qual muito pouco se sabe.
IHU On-Line - Em termos políticos, como os governos europeus têm atuado e se posicionado em relação aos ataques terroristas?
Donatella di Cesare - A Europa, neste momento, está dividida, fragmentada. Comprova-o, em primeiro lugar, o Brexit, a saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Para todos aqueles que acreditaram e acreditam no projeto europeu, esses dias são marcados pela decepção. Não existe uma política europeia comum - por isso não há uma resposta comum aos ataques terroristas. Sabemos que as inteligências de diferentes países não cooperam umas com as outras, não trocam informações. Após cada ataque, há apelos para a unidade. Mas isso não é suficiente.
IHU On-Line - Como a questão das imigrações na Europa tem se misturado com a situação do terrorismo e do avanço do islamismo?
Donatella di Cesare - A questão da imigração é constantemente confundida com a do terrorismo. Quem faz isso são a direita e os partidos populistas que, então, estão se afirmando, e provavelmente vencerão as próximas eleições, em muitos países europeus. O medo do outro estimula a ver em cada imigrante um potencial terrorista. Isto é profundamente errado. Além do caso dos foreign fighters [combatentes estrangeiros], que vão combater na Síria, o terrorismo não é trazido por imigrantes que chegam nos barcos. Explode, ao invés, dentro, entre aqueles que não conseguiram encontrar, mesmo depois de duas ou três gerações, seu lugar. E é aqui que se insere o curto-circuito com o racismo, que deveria, ao contrário, ser destruído.
IHU On-Line - Em contraste com o Islã, o Ocidente tem abandonado sua história, seus valores, suas origens, sua cultura? Qual é o peso do multiculturalismo nessa discussão?
Donatella di Cesare - Já por mais de um século o Ocidente parece ter abandonado sua tradição, sua história - e, portanto, perdeu também a visão de seu futuro. Não gosto de falar de "origem", porque é uma palavra perigosa. Penso que o Ocidente encontra sua força nas muitas vozes da sua complexa tradição. Não creio que o problema seja o "multiculturalismo", que significaria o encontro de diferentes culturas. Não há encontro, porque a própria história já foi abandonada e, uma vez eliminada a profundidade temporal, permanece somente a superfície do encontro virtual que, por causa do seu vazio, rapidamente se transforma em confronto.
IHU On-Line - Quais são os choques universais e incompatíveis que identifica entre o ethos do Ocidente e do Oriente, segundo a perspectiva dos jihadistas?
Donatella di Cesare - É óbvio que o terrorismo não pode ser atribuído ao Islã, dado que ele é uma versão violenta. Por outro lado, também é verdade que o terrorismo atual se reconhece na jihad e, tal como uma forma de "islamismo" radical, está conectado com o Islã. Acredito que o desafio representado pela jihad mundial seja a arma absoluta da sua própria morte, uma arma que nós nunca poderemos manejar. Este apocalipse lançado contra a globalização, por mais que seja injusto, é o choque mais tremendo.
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"Fonte de segurança, de esperança, de felicidade, quer queiramos, quer não, é sempre o 'outro' - são os outros ao nosso redor" |
IHU On-Line - O que tem acontecido com a esquerda nos últimos anos? Que balanço faz da esquerda do nosso tempo, por exemplo? A esquerda ainda tem alguma relevância política ou, a partir de agora, suas agendas se limitam a questões culturais?
Donatella di Cesare - É uma pergunta difícil. A esquerda, pelo menos a da Europa, está extremamente desorientada e dividida. E o balanço dos últimos anos não pode ser positivo. Penso que a esquerda perdeu o papel político que tinha antes, e que esteja apertada, quase sufocada, entre o triunfo marcante do mercado, isto é, a vitória do liberalismo econômico, e a ameaça planetária da jihad política. Eis por que a esquerda parece ter ficado bastante no domínio da cultura. Falta-lhe, porém, um projeto político.
IHU On-Line – O que ainda pode ser visto como fonte de segurança, esperança, felicidade e de dias melhores?
Donatella di Cesare - Fonte de segurança, de esperança, de felicidade, quer queiramos, quer não, é sempre o "outro" - são os outros ao nosso redor. Não podemos esperar encontrar o futuro só dentro de nós mesmos, nem podemos nos fechar, nos encerrarmos na própria couraça. A dificuldade do nosso tempo é que o outro vem, de repente, como inimigo - mas não como um inimigo declarado, não um inimigo na frente de batalha, mas um inimigo que se esconde em cada esquina, que pode ser vizinho de casa. E isto infunde medo, mina a confiança no próximo. No entanto, apesar disso, é necessário resistir, preservar a esperança, pensar no humano que ainda existe, no outro, como também em nós, e apostar nessa humanidade comum.
Por Patricia Fachin. Tradução: Ramiro Mincato
Notas:
[1] Ummah é um termo que se refere à comunidade constituída por todos os muçulmanos do mundo, unida pela crença em Alá, no profeta Maomé, nos profetas que o antecederam, nos anjos, na chegada do dia do Juízo Final e na predestinação divina. Todo o muçulmano deve velar pelo bem-estar dos integrantes da Ummah, sendo estes muçulmanos. (Nota da IHU On-Line)
[2] Abdel Fattah Saeed Hussein Khalil el-Sisi: mais conhecido como General Sisi, é um militar e político egípcio. Desde agosto de 2012 é o chefe das Forças Armadas e o ministro da Defesa do país africano. Tornou-se protagonista no golpe de Estado que derrubou Mohamed Morsi, o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito. Em maio de 2014 foi eleito o novo presidente do Egito. Ele terá um mandato de sete anos, para depois disputar reeleição para ter seu segundo e último mandato de sete anos no poder. (Nota da IHU On-Line)
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O Islã e o niilismo apocalíptico: a esperança está na humanidade comum. Entrevista especial com Donatella di Cesare - Instituto Humanitas Unisinos - IHU