31 Agosto 2015
O Vaticano apoiou a nomeação de uma praça no centro de Roma com o nome de Martinho Lutero, reformador da Igreja excomungado pelo papa a quase 500 anos.
Sacerdote católico alemão e teólogo, Lutero foi figura-chave na Reforma Protestante e provocou considerável polêmica ao desafiar a autoridade da Igreja Católica. Ele denunciou a corrupção que viu entre clero em Roma e acreditava que a salvação vinha através da fé somente – opiniões que não se coadunavam bem com as do Papa Leão X.
A reportagem é de Rosie Scammell, publicada por Religion News Service, 27-08-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Lutero foi excomungado em 1521 e jamais foi autorizado a voltar para a Igreja Católica, mas hoje as opiniões do Vaticano mudaram.
No próximo mês, uma praça em Roma deve ser batizada com o nome “Piazza Martin Lutero”, em memória às realizações do religioso. O local escolhido é o Monte Ópio (ou Opiano), área de estacionamento com vista para o Coliseu.
Segundo o jornal italiano La Repubblica, o movimento vem sendo proposto há seis anos, na sequência de um pedido apresentado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, denominação protestante.
O plano original envolvia inaugurar a praça em tempo para o 500º aniversário da histórica viagem de Lutero a Roma em 2010. As autoridades municipais não tiveram tempo suficiente para debater o processo que envolve a nomeação da praça, razão da demora.
Apesar de Lutero ter sido expulso da Igreja Católica, o Vaticano reagiu positivamente à notícia da iminente inauguração da praça.
“Trata-se uma decisão tomada pela prefeitura de Roma, que conta com o apoio dos católicos, estando em harmonia com o diálogo iniciado com o seu Concílio Ecumênico”, disse o Pe. Ciro Benedettini, vice-diretor da Sala de Imprensa do Vaticano.
Este movimento contrasta com o que Lutero percebeu na época de sua visita à cidade romana, quando teria proferido o ditado: “Se há um inferno, Roma foi construída sobre ele”.
O diálogo entre os luteranos – denominação protestante que segue os ensinamentos de Lutero – e a Igreja Católica foi cimentado em um documento assinado por bispos das duas igrejas em 2013. O Papa Francisco também demostrou abertura a diferentes igrejas no começo deste ano ao apoiar a necessidade de uma voz cristã mais unificada na Europa.
Na Itália, todavia, há muito poucos protestantes; apenas 435 mil cidadãos italianos se identificam como tal, segundo uma pesquisa publicada em 2012 pelo Centro de Estudos de Novas Religiões. O catolicismo continua a ser a religião dominante, com 97,9% dos 60 milhões de residentes no país se identificando como católicos romanos.
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