20 Janeiro 2015
Entre os extra-programa da viagem apostólica do Papa Francisco às Filipinas, é preciso assinalar o encontro de ontem com um grupo de 40 jesuítas na nunciatura de Manila. Testemunho direto do colóquio do Papa com os seus coirmãos foi o padre Antonio Spadaro, diretor de La Civilità cattolica. A entrevista foi publicada pela Rádio Vaticano, 17-01-2015. A tradução é de Benno Dischinger.
Fabio Colagrande o entrevistou.
Eis o relato do padre Spadaro.
No final de uma de suas jornadas aqui, voltando à nunciatura, encontrou uns 40 jesuítas. Esta é agora uma etapa quase habitual das viagens papais, para quem ou como no caso da Coréia, vai encontrar os jesuítas em sua comunidade, ou então os jesuítas vão à nunciatura, como neste caso, para saudá-lo. Foi uma etapa muito bela, muito importante, obviamente de caráter privado, que de qualquer modo elabora os conteúdos mais profundos de cada viagem num contexto absolutamente solto, familiar, ordinário.
É extraordinário ver como este homem vive dos loucos ritmos de atividades e que consegue manter uma serenidade, uma calma e também uma grande capacidade de ironia e auto-ironia, entre outros aspectos, como foi visto com frequência. Mas, o Papa disse tantas coisas muito importantes. Uma das coisas que me marcou, entre as tantas, obviamente, neste encontro com os jesuítas, foi a resposta a um jesuíta que lhe perguntou: “Mas como se sente sendo Papa?”
O Papa Francisco lhe disse que isto não lhe tirou a paz e o atribui a uma espécie de natureza que vem de Deus, portanto não uma natureza de ordem psicológica ou humana, mas antes como um responder a uma vontade de Deus que lhe dá tanta paz.
Mas, sobretudo, disse uma coisa referente a uma experiência que vivenciou pessoalmente e que o ajuda atualmente em sua missão: a experiência de pároco. O que significa este tipo de experiência? Que o Papa necessita de um contato real e efetivo com o povo e que, portanto, o seu pontificado não é algo de ordem abstrata ou de todo teórica, ou então ligado a uma dimensão abstrata com respeito à vida real e concreta das pessoas, do povo, mas se ocupa e se encarrega pastoralmente do contato com as pessoas, do contato vivo com os problemas, dos casos concretos do vivenciado que frequentemente tem necessidade de tanta misericórdia.
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Encontro do Papa com os jesuítas em Manila: a narração do padre Spadaro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU