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O fracasso da austeridade. Entrevista com Simon Tilford

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Por: Jonas | 10 Mai 2013

A austeridade na Europa não dá para mais. Em seu primeiro discurso como primeiro-ministro, no Parlamento italiano, Enrico Letta foi contundente: “A Itália está morrendo com a aplicação da austeridade. Necessitamos de políticas de crescimento”. Ele não é uma voz isolada. Na última semana, nada mais e nada menos que o presidente da Comissão Europeia, José Barroso, disse que era preciso “uma política correta, que tenha, ao mesmo tempo, aceitação social e política”. Em fevereiro, a contundente derrota do candidato da austeridade, Mario Monti, foi o mais claro sinal de esgotamento político e social da austeridade.

Com um desemprego que ultrapassou os 27% na Espanha e Grécia, que é recorde em Portugal e na França e que soma 19 milhões nos 17 países da zona do euro, este esgotamento se torna cotidianamente mais visível. Com este pano de fundo, o Banco Central Europeu baixou a taxa de juros para um mínimo histórico, com o objetivo de estimular o crescimento. O jornal Página/12 conversou com Simon Tilford, do Centro para a Reforma Europeia, com sede em Londres, a respeito do futuro da zona do euro.

A entrevista é de Marcilo Justo, publicada no jornal Página/12, 08-05-2013. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Você fica surpreso que desde o ortodoxo José Manuel Barroso até Enrico Letta ou mesmo nos documentos do Partido Socialista Francês, vazados ao Le Monde, todos falem do fracasso da austeridade?

A ideia de que a austeridade iria aplainar o caminho para o crescimento, mediante o retorno da confiança dos mercados, não funcionou. Hoje, muitas economias se encontram numa recessão ou ainda numa depressão. Os dados são inquestionáveis. O problema é que admitir o fracasso da austeridade é muito difícil para os políticos, porque teriam que admitir que há dificuldades institucionais na Europa que precisam de mudanças.

Quais são estes problemas institucionais?

É preciso uma autoridade bancária que realmente atue como um prestamista, de última instância, para toda a zona do euro. A única razão pela qual baixaram os custos de financiamento dos países periféricos é porque o presidente do Banco Central da Europa (BCE), Mario Draghi, em agosto passado, disse que faria tudo o que fosse necessário para sustentar o euro. Ou seja, não aconteceu – como dizem alguns políticos – porque estava sendo seguida uma política de austeridade, um absurdo quando se pensa que o custo da dívida também baixou para a França, que resiste em aplicar a austeridade. O que aconteceu é que os investidores pensam que o BCE irá atuar como prestamista, de última instância, se houver um problema. Contudo, isto deve ser institucionalizado e é preciso uma federalização do sistema bancário da zona do euro para romper o vínculo atual entre a dívida dos bancos e a dos Estados. E, claro, é fundamental que haja políticas de crescimento que substituam as atuais de austeridade.

Está claro que o plano A ou de austeridade falhou. Como seria este plano B? Estamos falando de um plano keynesiano clássico?

A Europa precisa crescer. Não se trata simplesmente de gastar mais dinheiro ou que a Espanha ou Itália se endividem mais para estimular o crescimento. O que é necessário é que a zona do euro, em seu conjunto, tenha uma política de expansão. Ou seja, que países com forte superávit comercial, como a Alemanha, afrouxem sua política fiscal e gastem mais, potencializando seu consumo interno, e que haja um afrouxamento radical da austeridade na periferia.

No momento, fala-se de uma redução das taxas de juros. Isso serviria como um estímulo para o consumo?

Não acredito que tenha um grande impacto. A questão é sobre o motivo pelo qual o chamado mecanismo de transmissão do dinheiro está quebrado. A razão pela qual o crédito é caro na Espanha ou Itália, para o consumo individual ou empresarial, é que os bancos são muito frágeis. Para solucionar isso, devem quebrar o vínculo entre os bancos e o Estado. Os investidores são reticentes a emprestar para os governos, pelo medo que tem da fragilidade do setor bancário e da necessidade de que o Estado precise resgatá-lo. E, por sua vez, há desconfiança no setor bancário porque existe muita dívida do governo em seus balanços. Isto é alcançado com um BCE que atue como prestamista de última instância e com algum mecanismo de federalização do sistema bancário.

Em nível da Comissão Europeia, é possível ter um plano de investimento para estimular o crescimento na Espanha, Itália, Grécia e Portugal?

As somas que seriam necessárias são gigantescas. Um investimento assim poderia melhorar um pouco as coisas. Porém, quando se pensa na Espanha, não precisa mais de infraestrutura, Itália ou – fora da zona do euro – o Reino Unido, sim, precisariam de investimento em infraestrutura. Em ambos os casos, necessita-se urgente de modernização. O que um país como Espanha precisa é de resolver sua crise bancária, afrouxar a política de austeridade e ter uma demanda mais forte de outros países europeus para sair de sua crise.

A Alemanha é o grande obstáculo para a adoção de um plano B, mas, deste momento até as eleições de setembro, não há nenhuma possibilidade de mudança. Inclusive, se a oposição, que agora está criticando mais a austeridade, vencer as eleições, levará tempo para se efetivar uma mudança de política. A zona do euro possui tanta margem política, econômica e social para esperar uma mudança?

Surpreendeu-me muito o grau de tolerância que houve com a austeridade. As pessoas aguentam muito mais do que a maioria dos observadores pensava. Porém, não se pode apostar nisto indefinidamente. Olhando para a crescente impopularidade da União Europeia e a frustração das pessoas, acredito que é uma estratégia insustentável. Fico surpreso que França, Itália e Espanha não tenham coordenado uma posição mais comum. É possível que não tenham desejado colocar a Alemanha contra a parede. Contudo, não descarto que façam isto. A própria Alemanha terá que aceitar que esta estratégia não está funcionando. O problema é que, independente de quem vencer a eleição em setembro, o eleitorado alemão colocará limites a uma mudança de estratégia. Na Alemanha, não existe muita aceitação da necessidade de federalização real da zona do euro para que esta funcione. Apenas se a crise chegar a uma situação limite, e forçar um debate aberto na Alemanha, é que poderá haver uma mudança de estratégia.


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