16 Novembro 2012
O dia 17 de outubro marcou o 100º aniversário de nascimento de Albino Luciani, o homem que se tornaria João Paulo I, o "Papa Sorriso" de apenas 33 dias, do dia 26 de agosto a 28 de setembro de 1978. No dia do aniversário, uma positio oficial, ou seja, um "documento de posição", foi arquivado no Vaticano para apoiar a sua causa de canonização.
A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada no jornal National Catholic Reporter, 02-11-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Na Itália, o centenário foi marcado por uma entrevista de uma hora no canal Sat2000, a rede dos bispos italianos, com o padre Diego Lorenzi, que foi secretário do padre Luciani quando ele era o patriarca de Veneza e também no Vaticano. Em todo o mundo, vários eventos foram organizados, incluindo uma conferência em meados de outubro em Nova York intitulada "O verdadeiro Papa João Paulo I: Um homem de fé para o nosso tempo".
O papado de 33 dias de João Paulo I foi o 10º mais curto de todos os tempos e o mais breve desde o de Leão XI no início do século XVII. No entanto, a agitação mostra que ele só precisou de um mês para deixar uma marca profunda no imaginário católico.
Em parte, isso se deve ao fato de ele parecer exatamente o que a maioria dos católicos rezam para que seus líderes sejam: quente, compassivo, genuinamente feliz por estar com as pessoas comuns, um homem de fé óbvia que não exibia a sua piedade nem se levava muito a sério. Ele foi o pioneiro da simplificação do papado ao abandonar o "nós" real, recusando a coroação com a tiara papal e descontinuando o uso da sedia gestatoria, ou trono portátil.
Em parte, também, o fascínio por João Paulo I perdura porque ele é o grande contracorrente da história católica recente: "O que poderia ter sido se ele tivesse vivido?". O seu papado é para os católicos o que o governo Kennedy sempre foi para os norte-americanos, uma espécie de teste de Rorschach que permite que as pessoas projetem as suas próprias esperanças e sonhos.
Um valor dos acontecimentos que marcam o centenário, por isso, é que eles podem ajudar a recuperar o João Paulo I "real", ao contrário das falsas ideias e das reconstruções hipotéticas que floresceram ao longo dos últimos 35 anos.
Em particular, as lembranças que ouvimos durante o último mês parecem derrubar quatro mitos persistentes:
Em sua entrevista, Lorenzi desfez as percepções de que João Paulo I era um ingênuo inocente, um pároco de aldeia esmagado pela magnitude do papado e dos meandros bizantinos do Vaticano.
Ao contrário, disse Lorenzi, no dia após a sua eleição, Luciani estudou o Anuário do Vaticano, para se familiarizar com o organograma, depois começou a tomar as coisas em suas mãos. Ele se reunia regularmente com o secretário de Estado, disse Lorenzi, e também tinha reuniões com todos os cardeais que chefiavam dicastérios vaticanos.
"Ele não estava sobrecarregado", insistiu Lorenzi, dizendo que João Paulo I assumiu o seu novo papel com a mesma "perspicácia e inteligência" que ele mostrara durante mais de uma década como patriarca de Veneza.
Na conferência de Nova York, o escritor Mo Guernon argumentou que a humildade de Luciani não tinha nada a ver com fraqueza e que ele podia criar coragem quando a situação o exigisse.
Por exemplo, Guernon contou uma história de quando Luciani era bispo e uma das suas paróquias escolheu um novo pároco sem consultá-lo. Ele respondeu vigorosamente entrando na igreja e removendo a Eucaristia, recusando-se a devolvê-la até que a situação fosse resolvida.
Na mesma linha, quando alguns padres em Veneza apoiaram abertamente a liberalização do divórcio desafiando a doutrina da Igreja, Luciani dissolveu o grupo e suspendeu os padres. Segundo Guernon, isso era "algo bastante firme para um homem tão brando".
(Como nota de rodapé, esse episódio oferece um contexto para um famoso momento em 1972, quando Paulo VI visitou Veneza e colocou sua estola nos ombros de Luciani. Muitos observadores pensaram que Paulo VI estava indicando o seu sucessor, mas, nesse contexto, o papa provavelmente estava mostrando apoio ao patriarca sob ataque.)
Lorenzi também derrubou a noção de que a eleição de Luciani foi um raio em céu azul, uma espécie de solução mágica para um impasse.
De um lado, disse, Luciani sabia que, ao entrar no conclave de agosto de 1978, haveria muita falação sobre ele. De fato, Lorenzi disse que Luciani lhe contou pessoalmente que, se fosse eleito, ele iria renunciar e que ele havia dito a mesma coisa para o então padre Prospero Grech, hoje cardeal, observando que a Constituição de Paulo VI concedia a qualquer pessoa que fosse eleita o direito de recusar. No fim, no entanto, Lorenzi disse que Luciani se sentiu compelido a oferecer o mesmo "sim" de quando ele havia sido nomeado patriarca de Veneza.
Lorenzi disse que Luciani era familiar aos outros cardeais a partir das suas contribuições ao Sínodo dos Bispos de 1974 sobre a evangelização no mundo moderno.
"Eles o conheciam bem", disse Lorenzi, dizendo que o seu trabalho no Sínodo havia sido "respeitado e apreciado".
(Isso também é um lembrete da importância dos sínodos dos bispos. Desde que Paulo VI criou o sínodo em 1967, todos os três papas subsequentes fizeram primeiro o seu nome durante uma de suas sessões.)
Uma marca própria do papado de João Paulo I pode ter sido o seu desejo por uma maior transparência financeira, e Guernon sugeriu que ele tinha a força suficiente para apoiá-la.
Ele contou a história de um escândalo em que dois dos padres de Luciani foram pegos desviando fundos da Igreja. Luciani suspendeu os sacerdotes e escreveu uma carta aberta à diocese explicando a situação, reconhecendo de forma franca que "dois dos meus padres cometeram erros". Embora expressando compaixão, ele deixou que uma investigação criminal e uma acusação seguissem o seu curso. Ele também vendeu bens de propriedade da diocese e solicitou uma ajuda adicional aos paroquianos a fim de equilibrar as contas.
Em geral, a imagem de João Paulo I que emerge é o de uma figura pastoralmente orientada que tentou manter unida uma Igreja dividida. No evento de Nova York, sua sobrinha, Pia Luciani, contou que, logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), quando ele ainda era o bispo de Vittorio Veneto, ele dissera a ela que na diocese havia pessoas "de três concílios":
Seu tio, observa ela, estava nesse segundo campo, mas não queria simplesmente descartar o primeiro ou o terceiro.
Durante a sua entrevista ao Sat2000, Lorenzi disse que Bento XVI realmente lembra Luciani, tanto em termos de "estatura física", disse, quanto em termos da sua preocupação central pelas virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Assim como esses foram os assuntos das primeiras encíclicas de Bento XVI, disse Lorenzi, eles também foram o tema da primeira homilia de João Paulo I como papa.
O principal novidade da entrevista foi outra pitada de continuidade entre João Paulo I e os papas que o seguiram: um desejo de curar o cisma com a ala tradicionalista da Igreja.
Lorenzi disse que João Paulo I estava profundamente preocupado com a ruptura com o arcebispo Marcel Lefebvre, que, em 1976, havia desafiado o Papa Paulo VI ao ordenar padres apesar de ter sido solicitado a não fazê-lo. Lorenzi disse que João Paulo I esperava resolver o problema "o mais rápido possível", porque a "unidade da Igreja" o preocupava "mais do que muitas outras coisas nas quais a imprensa parecia interessada".
Cimentando a impressão da simpatia entre João Paulo I e Bento XVI, o escritor freelancer Lori Pieper, um franciscano secular que organizou a conferência de Nova York, citou uma homilia proferida por Luciani em 1977, depois que Paulo VI anunciou que o então padre Joseph Ratzinger se tornaria arcebispo de Munique e cardeal:
Alguns dias atrás, eu ofereci as minhas congratuações ao cardeal Ratzinger, o novo arcebispo de Munique. Em uma Alemanha católica que ele mesmo lamenta como sofredora, em parte, de um complexo antirromano e antipapal, ele teve a coragem de proclamar em voz alta que "o Senhor deve ser buscado onde Pedro está". (…) Ratzinger parece-me ser o tipo certo de profeta. Nem todos os que escrevem e falam hoje têm a mesma coragem. A fim de ir aonde outros estão indo, por medo de não parecer modernos, alguns deles aceitam apenas com cortes e restrições o credo pronunciado por Paulo VI em 1968, no encerramento do Ano da Fé; eles criticam os documentos papais; eles falam constantemente sobre a comunhão eclesial, mas nunca sobre o papa como um ponto de referência necessário para aqueles que querem estar em verdadeira comunhão com a Igreja.
Outros exemplos vieram à tona no evento de Nova York.
O psquisador britânico Paul Spackman relatou que, quando um amargo debate nacional surgiu na Itália na década de 1970 sobre o divórcio, as opiniões de Luciani se alinharam solidamente com o ensino ortodoxo. A diferença, disse, é que Luciani tinha um sentido mais afiado do que alguns outros sobre como expor esse ensino no contexto dos tempos.
Em 1974, disse Spackman, Luciani se opôs aos esforços dos Democratas Cristãos, de direita, para organizar um referendo nacional buscando derrubar a liberalização do divórcio, temendo que isso pudesse dividir a Igreja e ressaltar o declínio da sua influência. (No fim, o referendo foi solidamente derrotado.)
Em geral, Spackman descreveu João Paulo I como um homem de "rigor doutrinário fermentado pela abertura pastoral e social", e disse que ele deixou o "legado de uma postura de construção de pontes gentil e compassivo".
Pieper desdobrou duas famosas frases de João Paulo I, que alimentaram uma boa dose de especulação:
Sobre a fertilização in vitro, Pieper escreveu que Luciani manteve o ensinamento do Papa Pio XII contra a intervenção mecânica no ato conjugal. Além disso, disse ela, as pessoas sempre citam as suas congratulações aos pais de Louise Brown, naquela entrevista pré-conclave, mas não as frases que se seguiram:
Mesmo que a possibilidade de ter filhos in vitro não traga desastre, ao menos apresenta alguns enormes riscos. Por exemplo: se a capacidade natural de conceber às vezes produz crianças mal formadas, a capacidade de conceber artificialmente não produzirá ainda mais? Se sim, o cientista diante de novos problemas não corre o risco de agir como o aprendiz de feiticeiro, que desencadeia forças poderosas sem poder contê-las e dominá-las? Outro exemplo: dada a fome de dinheiro e a falta de escrúpulos morais hoje, não haverá o perigo de que surja uma nova indústria da fábrica de filhos, talvez para aqueles que não podem ou não contraiam um casamento válido ? Se isso acontecer, não seria esse um grande retrocesso em vez de progresso para a família e para a sociedade?
É desnecessário dizer que isso não soa exatamente como um entusiasta da fertilização in vitro.
Sobre a célebre citação "mais mãe do que pai", Pieper argumentou que João Paulo I quis sublinhar ternura de Deus, e não desalojar o tradicional imaginário de Deus como pai ou sugerir que Deus é mais feminino do que masculino em um sentido absoluto. É um ponto, observa, que foi desenvolvido por João Paulo II, incluindo a sua encíclica Dives in Misericordia, de 1980.
Sobre as sacerdotisas, Spackman citou uma conversa de 1975 que Luciani teve com um grupo de irmãs expressando seu apoio ao sacerdócio totalmente masculino:
Vocês me perguntarão: e o sacerdócio? Eu posso lhes dizer: Cristo conferiu o ministério pastoral apenas a homens, aos seus apóstolos. Ele quis que isso fosse válido apenas por um curto período de tempo, quase como se ele desse licença ao preconceito sobre a inferioridade das mulheres predominante em seu tempo? Ou será que ele quis que fosse válido para sempre? Deixem-me ser muito claro: Cristo nunca aceitou o preconceito sobre a inferioridade das mulheres: elas sempre são figuras admiráveis nos Evangelhos, mais do que os próprios apóstolos. O sacerdócio, no entanto, é um serviço prestado por meio de poderes espirituais, e não uma forma de superioridade. Mediante a vontade de Cristo, as mulheres – em minha opinião – realizam um serviço diferente, complementar e precioso na Igreja, mas não são "possíveis sacerdotisas". Isso não prejudica as mulheres.
Spackman sugeriu, no entanto, que João Paulo I poderia ter tomado um rumo diferente em outra questão perenemente polêmica: o controle de natalidade.
Spackman disse que Luciani, privadamente, era a favor de uma posição mais moderada, citando um memorando de 1968 depois que Paulo VI reiterou a tradicional proibição em sua encíclica Humanae Vitae, em que Luciani escreveu: "Devo confessar que eu esperava, no meu coração, mesmo que eu não o deixei por escrito, que as dificuldades muito graves pudessem ser superadas e que a resposta do Professor (…) pudesse coincidir com as esperanças suscitadas em tantos casais".
Em fevereiro de 1974, Luciani foi ainda mais direto: "Se eu fosse o 'divino mestre da lei'", citou Spackman, "eu aboliria a lei".
Spackman conclui: "Essa declaração poderia ter tido implicações incalculáveis se seu papado não tivesse sido cortado".
Assim como em muitas outras ocasiões, em seus comentários na TV italiana, Lorenzi rejeitou as teorias da conspiração que sugerem que João Paulo I foi vítima de um jogo sujo. Ao contrário, ele disse acreditar que o papa morreu de um ataque do coração, uma convicção baseada em parte no fato de que, de acordo com Lorenzi, ele se queixara de dores no peito no jantar da noite anterior.
Eles não chamaram o médico, disse Lorenzi, porque na hora o papa disse que as dores estavam passando.
Lorenzi acrescentou que o comunicado vaticano inicial que anunciou a morte do papa provavelmente pode ter provocado um curto-circuito em grande parte das especulações ao incluir esses detalhes, mas disse que todos os envolvidos se sentiram sob uma imensa pressão para encerrar a questão.
Pia Luciani disse em Nova York que "a família inteira, começando pelo meu pai, seu irmão Edoardo, nunca atribuíram a morte súbita do meu tio a nada mais a não ser causas naturais".
"Todos os castelos das teorias mais disparatadas que foram ouvidas ou lidas em livros e jornais ruíram", disse ela.
Ela acrescentou que, talvez, o esforço do Vaticano de camuflar as circunstâncias da morte – não querendo admitir que João Paulo I foi descoberto por uma freira que trabalhava no apartamento papal e tentando sugerir que ele estava segurando A Imitação de Cristo em vez dos papéis de escritório – "deu origem a outros problemas e suspeitas".
Pia Luciani disse que o seu tio pode ter sofrido de uma trombose, ou seja, um coágulo que obstrui o fluxo de sangue, pois ele já tivera experimentado um episódio como esse durante uma viagem ao Brasil em 1975, que afetou a retina de um olho.
Curiosamente, ela rejeitou a ideia levantada por Lorenzi de um ataque cardíaco, afirmando que, se o seu tio realmente tivesse se queixado de dores no peito, as religiosas da família papal que o acompanhavam no Vaticano desde Veneza teriam chamado um médico, quer ele o quisesse ou não. A verdadeira causa da morte provavelmente nunca será apurada com certeza, porque a autópsia não foi realizada, de acordo com o protocolo vaticano.
Dom Enrico Dal Covolo, bispo reitor da Universidade Lateranense de Roma e postulador da causa de canonização de João Paulo I, disse recentemente que os registros médicos coletados como parte do processo também apoiam a conclusão de que o papa morreu de causas naturais.
Embora João Paulo I aparentemente não usou a expressão nova evangelização, Pieper argumentou que ele não só "antecipou" a ideia, mas também "pregou-a e viveu-a". Se o objetivo é principalmente ir ao encontro dos católicos afastados do Ocidente, Luciani certamente chegou cedo à festa. Pieper citou um ensaio de 1968 no qual ele argumentou que cada ponto da Itália da época era um "território de missão" assim como a África.
Em um discurso ao Colégio dos Cardeais na manhã seguinte à sua eleição, João Paulo I disse-o claramente: "Queremos lembrar a toda a Igreja que o seu primeiro dever ainda é a evangelização".
O ponto importante, no entanto, não é tanto que João Paulo I quisesse reacender o fogo missionário da Igreja, porque muitas pessoas compartilhavam esse desejo, mas sim o modelo que ele ofereceu para isso.
A sua abordagem não era nem a bravata aventureira de João Paulo II, nem a precisão professoral de Bento XVI. Ao contrário, João Paulo I tinha um estilo arejado, leve, informal, um estilo sem dúvida bem adequado ao temperamento indutivo e personalista da era pós-moderna.
Uma das imagens icônicas do seu curto papado é a de quando João Paulo I chamava as crianças para o palco no fim das suas audiências, indicando alguns pontos bastante profundos em uma linguagem simples.A expressão mais famosa dessa abordagem dialética é o célebre livro Illustrissimi, em que Luciani manteve uma correspondência imaginária com vários santos, figuras históricas (como a imperatriz Maria Teresa da Áustria), autores (como Mark Twain e G. K. Chesterton) e até mesmo personagens fictícios (como Pinóquio). As cartas foram originalmente escritas para um periódico mensal quando Luciani estava em Veneza e mostraram-se tão populares que foram coletadas em um livro.
Além da imensa perspicácia que as cartas revelam, elas representam uma filosofia de catequese em ação: encontrar as pessoas onde elas estão, reconhecer a sabedoria que elas já possuem e então levá-las gentilmente a considerar o Evangelho.
Pieper citou um padre inglês que recentemente disse-lhe sobre João Paulo I: "Se alguma vez já existiu um profeta da nova evangelização, este é ele".
Uma nota final: João Paulo I é geralmente lembrado como uma figura extremamente "pastoral", alguém próximo das pessoas comuns, que compreendia as suas lutas e os seus sonhos, e que sabia como tornar o ensino da Igreja acessível e relevante.
(Aqui está um exemplo. Há vários anos, Lorenzi me disse que ele estava no meio da multidão na Praça de São Pedro no dia 27 de agosto de 1978, quando o novo papa fez o seu primeiro discurso no Ângelus. No fim, disse Lorenzi, ele ouviu um menininha que estivera sentada nos ombros do seu pai exclamar: "Papai, eu entendi tudo!". Lorenzi disse que ele olhou para o papa e sorriu, fazendo sinal de positivo. "Esse era o seu dom, apresentar coisas complexas de uma forma que até uma menininha pudesse entender", disse.)
Surpreendentemente, no entanto, Pia Luciani lembrou na conferência de Nova York que, apesar da sua reputação pastoral, seu tio, de fato, nunca atuou como pároco. Durante a sua carreira, ele foi professor de seminário, reitor e vigário-geral, depois bispo, patriarca e papa.
João Paulo I, assim, ilustra uma intuição católica chave: ser "pastoral" tem muito mais a ver com perspectiva e personalidade do que com o currículo pessoal. É possível ser pastoral atrás de uma escrivaninha, assim como se pode ser clericalista no meio de um milharal.
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Derrubando quatro mitos sobre João Paulo I, o ''papa sorriso'' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU