A identidade de Jesus

Fonte: Johannes Moreelse

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13 Dezembro 2019

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11,2-11 que corresponde ao Terceiro Domingo do Advento, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto

Até a prisão de Maqueronte, onde está preso por Antipas, chegam ao Batista notícias de Jesus. O que ouve deixa-o desconcertado. Não corresponde às suas expectativas. Ele espera um Messias que se imponha com a força terrível do julgamento de Deus, salvando aqueles que receberam seu batismo e condenando aqueles que o rejeitaram. Quem é Jesus?

Para ficar sem dúvidas, encarrega dois discípulos que perguntem a Jesus sobre sua verdadeira identidade: “És Tu o que deve vir ou temos que esperar por outro?” A questão era decisiva nos primeiros momentos do cristianismo.

A resposta de Jesus não é teórica, mas muito concreta e precisa: comuniquem a João “o que estão vendo e ouvindo”. Perguntam-lhe pela sua identidade, e Jesus responde-lhes com sua ação curativa ao serviço dos doentes, dos pobres e dos infelizes que encontra nas aldeias da Galileia, sem recursos nem esperança para uma vida melhor: “Os cegos veem e os inválidos andam; os leprosos estão limpos e os surdos ouvem; os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se a Boa Nova”.

Para conhecer Jesus, é melhor ver de quem se aproxima e a que se dedica. Para captar bem sua identidade, não basta confessar teoricamente que é Ele o Messias, Filho de Deus. É necessário sintonizar com o seu modo de ser Messias, que não é outro senão o de aliviar o sofrimento, curar a vida e abrir um horizonte de esperança para os pobres.

Jesus sabe que a sua resposta pode decepcionar aqueles que sonham com um Messias poderoso. Por isso acrescenta: “Bem-aventurado aquele que não se sente decepcionado comigo”. Que ninguém espere outro Messias que realize outro tipo de “obras”; que ninguém invente outro Cristo mais ao seu gosto, pois o Filho foi enviado para tornar a vida mais digna e bem-aventurada para todos, até atingir a sua plenitude na festa final do Pai.

Que Messias os cristãos seguem hoje? Dedicamo-nos a fazer “as obras” que fazia Jesus? E se não as fazemos, o que estamos a fazer no meio do mundo? O que estão “vendo” e “ouvindo” as pessoas na Igreja de Jesus? O que vê nas nossas vidas? Que escuta nas nossas palavras?

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