Aderir ao acordo de Paris pode reduzir significativamente as mortes causadas pelo calor no verão

Foto: Agência Brasil

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04 Julho 2018

Nas principais cidades europeias, a estabilização do aquecimento do clima a 1,5 ° C diminuiria a mortalidade por calor extremo em 15-22% por verão em comparação com a estabilização a 2°C.

O artigo é de University of Bristol, publicado por EcoDebate, 03-07-2018. A tradução é de Henrique Cortez.

Eis o artigo.

Artigo [Extreme heat-related mortality avoided under Paris Agreement goals], publicado esta semana na revista Nature Climate Change, demonstra que a mortalidade devido a altas temperaturas pode ser significativamente reduzida (15-22 por cento por verão) em Londres e Paris se estabilizarmos o clima no nível mais baixo dos Objetivos Climáticos de Paris, ou 1,5°C, em comparação com a meta de temperatura mais alta.

Em Londres, atualmente, cerca de 10% dos verões estão livres de qualquer mortalidade relacionada ao calor, mas essa pesquisa mostrou que, sob uma possível mudança climática futura, praticamente todos os verões terão alguma mortalidade relacionada ao calor.

Pesquisadores de Bristol que lideram o projeto HAPPI (Projeto de Intercomparação de Modelo de Aquecimento Adicional, Prognóstico e Impacto Projetado de Meio Grau) simularam clima futuro sob metas climáticas consistentes com os objetivos climáticos do Acordo de Paris de aquecimento global de 1,5°C e 2°C. O projeto utilizou pesquisadores e cientistas cidadãos de todo o mundo para ajudar a executar os experimentos.

O Dr. Dann Mitchell, principal autor do estudo, e professor de física do clima na Universidade de Bristol, disse: “Nossos resultados mostram um claro aumento na mortalidade relacionada ao calor, que pode ser evitado através da adesão às metas do Acordo de Paris.

“Juntamente com a publicação recente de uma grande quantidade de evidências apresentadas para os fatores climáticos de outros setores de impacto (como o setor agrícola), está se tornando cada vez mais claro o quanto essas metas climáticas são cruciais.

“Precisamos entender a magnitude desses impactos na saúde, para que possamos planejar estratégias adequadas de adaptação para evitá-las”.

A pesquisa chega em um momento em que grande parte da Europa está passando por uma onda de calor e o público está sendo aconselhado a cuidar e verificar com mais regularidade os parentes e amigos vulneráveis.

Referência:

‘Extreme heat-related mortality avoided under Paris Agreement goals’ by D. Mitchell, C. Heaviside, N. Schaller, M. Allen, K. Ebi, E. Fischer, A. Gasparrini, L. Harrington, V. Kharin, H. Shiogama, J. Sillmann, S. Sippel and S. Vardoulakis in Nature Climate Change

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