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A Madalena do filme de Garth Davis

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28 Março 2018

Ela intui o desânimo de Jesus, vê as coisas antes dos outros, sente-as mais profundamente, é a única que discerne a originalidade amorosa do Mestre e acolhe a verdade de suas palavras. É a Maria Madalena do filme de Garth Davis, filmado principalmente na Itália (uma pequena nota de orgulho), e é difícil pensar, apesar dos poucos, muito poucos testemunhos do Evangelho, que não fosse assim.

O comentário é do teólogo italiano Davide Baraldi, professor da Escola de Formação Teológica de Bolonha, em artigo publicado por Settimana News, 27-03-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Deduz-se isso a partir da confirmação unívoca em todos os quatro evangelhos dela como primeira testemunha da ressurreição; e como poderia ser de outra forma – que uma mulher seja a escolhida, em uma sociedade patriarcal, como primeira testemunha do único e verdadeiro Evento da história – se não fosse por aquele “sentir com o coração”, excelsa qualidade feminina; se não fosse por aquela intuição que tem a capacidade de ir sempre além do imediato, do dado objetivo, daquilo que acontece e da palavra dita para captar sua essência mais profunda e misteriosa? Quem mais poderia dizer: “Vi o Senhor!” (Jo 20,18) senão uma mulher assim?

Nesse sentido, o retrato dela feito pelo diretor, embora não tendo a preocupação de uma reconstrução histórico-crítica ou, melhor, fazendo o louvável esforço de reler e reelaborar o ditado evangélico, é uma interpretação muito mais do que coerente e eficaz de Maria Madalena.

Do ponto de vista exegético e da pesquisa histórica, a identificação de Maria Madalena não é tão fácil quanto parece. As passagens que falam dela de forma inequívoca são poucas, mas a figura de Maria Madalena como que assimilou os relatos de outras mulheres presentes no Evangelho, às vezes com base no nome Maria, em outros casos, por causa da força da cena, a ponto de induzir muitos comentaristas a crer que a protagonista deveria ser ela.

É o caso de uma das mais belas sequências do filme, a da ressurreição de Lázaro. Com base nos textos evangélicos, nada nos permite identificar com certeza Maria de Betânia, irmã de Lázaro, com Maria Madalena e, portanto, afirmar sem qualquer sombra de dúvida que Maria Madalena estava presente naquele milagre. Em vez disso, no filme, é precisamente o olhar de Maria Madalena que mostra o prodígio ao espectador.

O resultado é uma cena magistral e suntuosa, em que o diretor, fiel à sua tarefa e à sua arte, se desvincula da rigidez performativa do texto evangélico, que é em si mesmo tão forte a ponto de esmagar ou tornar ridícula qualquer tentativa de representação fiel.

Aqui, a sequência é composta por olhos que se abrem vazios, olhares que são atraídos – como que chamados novamente – e se tornam plenos, voltando a se cruzar, narinas que se dilatam, fôlego nos pulmões que é restituído como que com um beijo para permear a vida do outro, vida – de fato – que é compartilhada para ser dada e, portanto, também morte que alcança quem deu a vida.

Parece-me uma interpretação sugestiva e penetrante do resultado da história de Lázaro, que, na trama evangélica, conclui com a decisão irrevogável de matar Jesus (Jo 11,53).

Maria Madalena, no filme, parece ser a única a se dar conta de que aquele dar a vida custa a morte de Jesus. Nasce daí um diálogo pungente, em que Maria faz o depósito para ser profetisa da ressurreição.

A partir daquele momento, o diretor constrói uma espécie de correspondência entre Jesus e Maria: primeiro, entre o olhar suplicante de Jesus com o patíbulo às suas costas e o desalento de Maria no meio da multidão; depois, demorando-se sobre a respiração de Jesus crucificado, enquanto Maria deseja se extinguir; por fim, acompanhando o retorno de Maria, refletida na sombra debaixo da cruz, para permitir que o amigo e Mestre morra em paz e não triste.

Já ouvi milhares de vezes o relato da Paixão recordar a presença das mulheres debaixo da cruz e nunca tinha entendido, para um homem que morre, o conforto que é a presença da mãe e de uma amiga.

Nesse ponto, não seguimos Maria se aproximando do sepulcro na manhã do terceiro dia, de acordo com a narração dos evangelhos: vemos que ela nunca se afasta dele, como se estivesse no meio de um compromisso. O diretor nos poupa das vestes luminescentes e das cenas para chorar, e precisamente o encontro com o Ressuscitado, o traço mais identificador da existência dessa mulher, é levemente mencionado, porque já foi completamente descrito em tudo aquilo que lhe serviu de premissa.

O último presente dessa leitura não convencional de Maria Madalena nos é oferecido no diálogo entre Maria e Pedro, que fecha a história. Com uma cenografia implacável, que mereceria uma análise aprofundada, evoca-se, em poucas frases, dificuldade da Igreja de fazer as contas com este dado: o Ressuscitado quis se mostrar primeiro a Maria. A única novidade absoluta que alcança a história é entregue por primeiro a uma mulher [1].

A posição do diretor parece ser clara e severa, indicando na exclusão do papel apostólico de Maria Madalena uma redução na qualidade da Igreja nascente na sua função de comunidade inédita e alternativa.

No intercâmbio de frases com Pedro após da ressurreição, concentram-se os pontos não resolvidos da interpretação da história de Maria Madalena hoje: mulher que reconhece o papel dos apóstolos com ela e, por isso, que não pode e não vai ceder um passo no papel de apóstola que a o Ressuscitado lhe confiou. Mulher que indica como essa situação não seria um problema se os homens não o criassem, em nome da suposta fidelidade ao Mestre. Mulher que, apenas com sua existência, mostra a obviedade desse fato no testemunho uniforme da Revelação escrita. Mulher, enfim, que, precisamente em virtude de tal permanência na Palavra da Revelação, assumirá finalmente a posição que lhe cabe desde o primeiro dia da nova história do mundo (e da Igreja).

E assim a vemos – enquanto, no início do filme, ela era uma mulher orientada e determinada pelos homens – caminhando na sequência final de cabeça erguida, com sua magnífica subjetividade finalmente adquirida, como testemunha – graças também à interpretação de Rooney Mara – excelsa.

Nota:

[1] Na verdade, a outra novidade que chegou à história também foi entregue a uma mulher. Mulher Mãe por partenogênese e mulher amiga Testemunha da vida ressuscitada: haveria o suficiente aqui para empalidecer toda a teologia no feminino (e toda a teologia em geral) produzida até aqui.

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