28 Junho 2017
Em nota divulgada pela Presidência da entidade na última quinta-feira (22), a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestou seu total apoio e solidariedade ao Cimi, alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito denominada (CPI) da Funai e Incra, que indiciou mais de cem lideranças indígenas, antropólogos, procuradores da República e pessoas ligadas ao próprio organismo. No texto, aprovado pelo Conselho Permanente, os bispos ressaltam o aumento da violência no campo no período de funcionamento da CPI.

Foto: Augusta Eulália Ferreira/Cimi
A reportagem é da Radio Vaticano e reproduzida por Cimi, 27-06-2017.
Em entrevista a Rádio Vaticano, Dom Roque Paloschi, presidente do Cimi, agradeceu o ato da CNBB. "Na condição de Presidente do CIMI, louvar e bendizer a Deus por este gesto de ternura e de carinho que o Conselho Permanente da CNBB, com a Presidência da CNBB consequentemente, manifestou ao CIMI através da nota em defesa dos direitos indígenas e do trabalho que o CIMI realiza”, comentou.
Ouça a entrevista completa no site da Rádio Vaticano
“Não há nenhum fazendeiro indiciado na CPI. Somente pessoas que lutam pela vida dos povos indígenas”, afirma dom Leonardo Steiner, da CNBB
O arcebispo de Porto Velho (RO) caracterizou a CPI como "parcial, unilateral e antidemocrática, na medida em que também alimentou a violência no campo ao longo do seu funcionamento". Sobre a conjuntura política que a Comissão Parlamentar foi instaurada, o religioso afirmou a continuidade do trabalho realizado pelos missionários e missionárias do Cimi na defesa dos direitos indígenas. "Nós continuamos caminhando na certeza de que não são estas ameaças da Bancada alimentada pelo agronegócio e pela corrupção que o mundo inteiro está acompanhando que vai amedrontar o sonho e a esperança dos povos indígenas e de seus aliados".
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"Nossa missão está no Evangelho", afirma dom Roque Paloschi - Instituto Humanitas Unisinos - IHU