28 Mai 2009
Ambientalistas, ativistas humanitários e outras organizações sociais mobilizam-se no País pelo esclarecimento do assassinato de Paulo Santos Souza, sindicalista da pesca que denunciava irregularidades na construção de um gasoduto da Petrobras. A Associação Homens do Mar (Ahomar), da qual Souza era tesoureiro, e outros sindicatos e grupos da sociedade civil convocam para hoje uma manifestação diante da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Os manifestantes também protestarão contra as obras do gasoduto que é construído a cerca de 60 quilômetros do Rio de Janeiro, diante de denúncias de irregularidades da licença ambiental e diante da certeza – afirmam – de que prejudica a flora e a fauna do mangue da baía de Guanabara, cenário dos trabalhos. A construção do futuro Complexo Petroquímico da Petrobras está a cargo do Consorcio GLP Submarino, integrado pelas empresas Oceânica Engenharia e GDK S.A. O presidente da Ahomar, Alexandre Anderson, assegura que as obras, que começaram no final de março, prejudicaram especialmente as atividades dos pescadores, que caíram em 70% desde então.
Embora o sindicato não vincule diretamente o assassinato a esse fato, chama a atenção justamente seu tesoureiro ter sido morto na sexta-feira, mesmo dia em que a prefeitura de Magé, através de sua secretária do Meio ambiente, interditava a obra pela falta de documentação necessária. “Na semana passada denunciamos junto à presidência da Petrobras a presença de homens armados nas obras que estavam fazendo ameaças e que havia risco de morte, e, horas depois, ocorre o assassinato do companheiro”, contou à IPS Ronaldo Moreno, do Sindicato de Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro).
(cfr. notícia do dia 28-05-09, desta página).
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Mobilização por assassinato de sindicalista da pesca - Instituto Humanitas Unisinos - IHU