21 Mai 2011
A tensão levou ao fechamento da catedral e à celebração de missas paralelas.
A reportagem é do sítio Religión Digital, 21-05-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Atendendo a um apelo da cúpula da Igreja Católica, a congregação dos Arautos do Evangelho saiu de Sucumbíos e, portanto, deixou a administração do Vicariato Apostólico dessa província, onde sua gestão foi rejeitada por uma parte da população amazônica.
Oito sacerdotes e dez irmãos religiosos chegaram à 1h30 desta sexta-feira em Quito, confirmou o padre Mauricio Galarza, pároco da paróquia Divino Niño, de Lago Agrio, que disse que outros dois missionários chegariam neste sábado.
"A cúpula da Igreja Católica nos pediu para vir aqui, para Quito, e esse mesmo pedido foi feito aos padres carmelitas. Essa foi a ordem e a estamos cumprindo. Esperamos que isso possa ser resolvido o mais rápido possível", disse Galarza sobre a tensão que existe em Nueva Loja, sede do Vicariato.
Grupos exigem a saída dos Arautos do Evangelho, porque supostamente atentam contra o modelo de igreja-comunidade que a ordem dos carmelitas descalços estabeleceu em 40 anos de vicariato. Outros lhes fazem oposição, observando que deixem a ordem religiosa designada pelo Vaticano em novembro passado.
Galarza disse que, nas próximas horas, ocorreriam conversas que levariam a uma solução para o conflito. Seriam lideradas pela cúpula da Conferência Episcopal.
Entretanto, em Nueva Loja, a saída dos Arautos do Evangelho gerou um clima de expectativa nos grupos sociais que fazem resistência na Catedral e na rádio Sucumbíos, mas seus integraram preferiram omitir comentários.
No entanto, o padre Édgar Pinos, coordenador da Assembleia Diocesana, frente de oposição aos Arautos, disse que o Vicariato deveria ser assumido pelo delegado pontifício na província, Dom Ángel Polivio Sánchez. "Deveria ser ele, enquanto se nomeia um bispo titular", indicou.
A saída dos Arautos do Evangelho ocorreu na noite de quinta-feira em caminhonetes, em um comboio escoltado por um carro da polícia, o que não passou despercebido em Nueva Loja, segundo os moradores, que contaram cinco veículos carregados com bagagens e objetos.
Houve a reação de um grupo carismático que os defendia e, às 21h30, protagonizaram uma marcha pelas ruas, gritando slogans como: "Una-te, povo, una-te a lutar para que os Arautos possam voltar...".
Nesta sexta-feira, a polícia mantinha sua presença na catedral, na Rádio Sucumbíos e no Vicariato.
Antecedentes
Por meio de marchas, os moradores de Sucumbíos mostraram seu apoio e sua oposição à administração dos Arautos do Evangelho. A tensão levou ao fechamento da catedral e à celebração de missas paralelas.
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Arautos do Evangelho abandonam Sucumbíos temporariamente - Instituto Humanitas Unisinos - IHU