Malafaia anuncia seguro de vida como um "megaprojeto social" e é contestado por blogueira evangélica

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04 Outubro 2013

Em mais um investimento voltado à grei evangélica, o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Vitória em Cristo, anunciou o lançamento de plano de seguro de vida para pessoas das classes D e E, numa parceria com a multinacional Zurich Seguros.

A reportagem foi publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação - ALC, 02-10-2013.

No seu programa televisivo Vitória em Cristo, Malafaia trouxe informações desse "megaprojeto social, inédito" no país, pois o seguro, além de cobrir morte acidental em transporte coletivo, morte por acidentes diversos, também cobre imóveis contra raios, incêndios, explosão e implosão, mas somente casas de alvenaria e que não estejam em reforma ou em fase de construção.

Assim que o lançamento foi anunciado na TV, a blogueira Vera Siqueira, esposa do pastor Paulo Siqueira, líder do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira (MEEB), fez uma análise da oferta do seguro da Rede Abençoadora, afirmando tratar-se de "um reles negócio entre empresários (Malafaia e a seguradora) para melhor vender entre os crentes mais humildes".

Em comparação com outros seguros afins já em oferta no país, como os do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o preço do seguro da Rede Abençoadora está mais caro, considerando que ele não cobre morte natural do segurado. Enquanto o seguro do Malafaia custa 9,99 reais (cerca de 4,35 dólares) por mês, o seguro do Banco do Brasil sai por 8,39 reais e o da Caixa por 9,26 reais.

O seguro de vida ofertado pelo pastor Malafaia cobre apenas morte acidental. Familiares do segurado, se ele vier a falecer de morte natural ou de doença que poderá adquirir com o passar dos anos, não levam nada. "Ora, é muito mais fácil morrer de morte natural ou por doença do que por acidente!" - constata a blogueira.

"Quanta tristeza! Quando pensamos que os líderes evangélicos chegaram ao fundo do poço da idolatria e da heresia, eles pegam a pá e cavam mais um pouco", escreve Vera, pedindo que as lideranças evangélicas se voltem ao Evangelho puro e simples, pois "o $how tem que parar!"