Por: Jonas | 11 Setembro 2013
O Vaticano iniciou, na segunda-feira, uma incomum indagação sobre uma diocese católica alemã, após acusações de que seu bispo gastou uma quantia excessiva numa nova residência, em consonância com a iniciativa de incentivar uma “Igreja para os pobres”, promovida pelo papa Francisco.
Fonte: http://goo.gl/0XNfXC |
A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 09-09-2013. A tradução é do Cepat.
A investigação é denominada oficialmente uma “visita fraternal” à diocese de Limburg por parte do cardeal Giovanni Lajolo, o ex-núncio (embaixador) do Vaticano em Berlim, e o bispo Franz-Peter Tebartz-van Elst (foto) disse, num comunicado, que esperava receber o representante da Santa Sé.
A diocese de Limburg, que inclui a capital financeira da Alemanha, Frankfurt, esteve no centro da polêmica depois que reportagens sobre os custos excessivos geraram uma intensa pressão sobre Tebartz-van Elst, de 53 anos.
Um grande número de críticos já acusou o prelado de realizar serviços religiosos pomposos e de se comunicar pobremente com os fiéis.
A visita marca a nova determinação do Vaticano de se envolver rapidamente, quando ocorrer casos que indiquem uma gestão inadequada dos recursos da Igreja.
A má administração por parte de bispos e uma lenta resposta do Vaticano ficaram em evidência quando explodiram os escândalos de abusos sexuais de sacerdotes no interior da Igreja católica, na última década. Não existem denúncias de abuso sexual na controvérsia de Limburg.
A diocese publicou uma carta enviada a Tebartz-van Elst por Marc Oullet, o cardeal do Vaticano responsável pelos bispos, dizendo que a polêmica “põe sob pressão a unidade do bispo com seus fiéis” e “ameaça a integridade de seu ofício e de sua pessoa”.
Ouellet destacou que o bispo tinha solicitado uma “visita apostólica”, uma investigação imposta muitas vezes por Roma após um escândalo, mas disse que o Vaticano tinha completa confiança em sua gestão e que no lugar dele enviaria Lajolo para que realize uma “visita fraternal”, um processo menos oficial.
A carta mencionou uma data sobre um relatório final, sugerindo que o Vaticano realizaria uma intervenção rápida e flexível ao invés de realizar os procedimentos formais de uma visita apostólica. A investigação oficial sobre o escândalo de abusos sexuais na Irlanda durou dois anos.
Os meio de comunicação alemães se centraram na cara nova residência do bispo, construída em Limburg, noroeste de Frankfurt, e puseram ênfase no contraste com a austera moradia no hotel que o papa Francisco escolheu para viver no Vaticano. Com um custo previsto em cinco milhões de euros, a conta final da construção duplicou-se ou triplicou após a inauguração do edifício, neste ano, segundo reportagens da imprensa.
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Vaticano investigará bispo alemão por esbanjar na construção de sua nova residência - Instituto Humanitas Unisinos - IHU