Cacique Raoni Kayapó se reúne com indígenas Munduruku

Mais Lidos

  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS
  • O Natal como palimpsesto cultural: colonialismo simbólico, mercantilização do sagrado e a secularização estratégica. Entrevista especial com George Coelho

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 13 Junho 2013

O cacique Raoni Metyktire, do povo Mebengôkre (Kayapó) do Mato Grosso, chega nesta quarta-feira, 12, a Brasília para somar-se à luta dos 150 indígenas Munduruku e Xipaya, há oito dias protestando na capital federal contra a construção de hidrelétricas em seus territórios. O encontro ocorrerá na sede da Funai no final da tarde desta quarta.

A informação é do Cimi, 12-06-2013.

Munduruku e Kayapó tiveram conflitos no passado, desse modo trata-se de um momento histórico. No entanto, o espírito agora é de união dos povos na luta contra a construção de hidrelétricas em seus territórios e contra a perda de direitos já garantidos pelas populações tradicionais, consolidados nas tentativas do governo e parlamento em aprovar leis e decretos como a PEC 215, Portaria 303 e o PL 1610, entre outros.

No manifesto escrito durante assembleia com 400 caciques, guerreiros e lideranças do povo Mebengôkre, realizada no início de junho, os indígenas afirmaram: “não reconhecemos como nossos representantes a Presidenta da Republica Dilma Rouseff e os deputados e senadores que estão no congresso”.

Sobre a questão Munduruku, os Kayapó registraram que não aceitam “que as forças armadas invadam nosso território sem a nossa autorização, como prevê o Decreto nº 7.957/2013. O que aconteceu com nosso parente Munduruku, assassinado pelo Estado brasileiro, é uma vergonha inaceitável que não pode se repetir nunca mais”

Raoni virá acompanhado de mais três Kayapó: Patxon Metyktire, Puiu Txucarramãe e Yabuti Metyktire. A delegação chega ao aeroporto de Brasília por volta das 17h, e segue direto para a sede da Funai, onde será realizado um ato público na frente do órgão indigenista, previsto para às 18h.