Por: André | 19 Abril 2013
O Papa Francisco pediu, nesta terça-feira, aos bispos argentinos para que toda a pastoral seja pensada “em chave missionária”, ao lhes recordar que “devemos sair de nós mesmos e ir a todas as periferias existenciais e crescer em parrésia”.
A reportagem está publicada no sítio argentino Valores Religiosos, 17-04-2013. A tradução é do Cepat.
“Uma Igreja que não sai, no médio ou no longo prazo, adoece na atmosfera viciada de seu fechamento. É verdade também que a uma Igreja que sai pode acontecer o que acontece a qualquer pessoa que sai às ruas: sofrer um acidente. Diante desta alternativa, quero lhes dizer francamente que prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja enferma”, advertiu.
Em uma mensagem enviada aos bispos reunidos na 105ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal da Argentina, que acontece na Casa de Exercícios El Cenáculo-La Montonera, de Pilar, o Pontífice defendeu que “a doença típica da Igreja reclusa é a autorreferencial; olhar-se a si mesma, estar encurvada sobre si mesma como aquela mulher do Evangelho. É uma espécie de narcisismo que nos conduz à mundanidade espiritual e ao clericalismo sofisticado, e depois nos impede de experimentar a doce e confortadora alegria de evangelizar”.
Francisco agradeceu “por tudo o que fazem e por tudo o que vão fazer”, pediu ao Senhor que “nos livre de maquiar o nosso Episcopado com os adornos da mundanidade, do dinheiro e do ‘clericalismo de mercado’”, e voltou a pedir-lhes, como é seu costume, que rezem por ele, “para que saiba ouvir o que Deus quer e não o que eu quero”.
“Rezo por Vocês. Um abraço de irmão e uma saudação especial ao povo fiel de Deus que têm ao seu cuidado. Desejo-lhes um santo e feliz tempo pascal. Que Jesus os abençoe e a Virgem Santa cuide de vocês”.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
“Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja enferma”, diz Francisco aos bispos argentinos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU