Por: André | 20 Dezembro 2013
A vice-presidente da Conferência de Igrejas do Pacífico, Lola Koloamatangi, luta contra a discriminação de gênero. Encantada com a eleição de uma mulher para diretora do CMI para o Pacífico, a Presidente da Associação de Mulheres Anglicanas representa uma sociedade que tende para um equilíbrio maior entre homens e mulheres.
Fonte: http://bit.ly/IYUg5A |
A entrevista está publicada no sítio ALC Noticias, 12-11-2013. A tradução é de André Langer.
Eis a entrevista.
Qual é a sua opinião sobre a eleição de uma mulher, a reverenda Meleana Puloka, presidente do CMI para o Pacífico?
Sinto-me especialmente orgulhosa de saber que a pastora Meleana Puloka (foto) representa as mulheres do Pacífico, nosso país, e todos os países do Pacífico. Estou convencida de que ao permitir que uma mulher chegue a esta posição, será uma maneira de fortalecer as nossas ações a favor das mulheres, das crianças e das famílias, inclusive contra a violência.
Esta relação ecumênica internacional que Meleana Puloka assumirá durante sete anos será um desafio à discriminação. O fato de que uma mulher foi eleita presidente reflete uma abertura a uma partilha equitativa das responsabilidades entre homens e mulheres.
A transferência de responsabilidades acontecerá no dia abril de 2014 na 11ª Reunião da Conferência de Igrejas do Pacífico.
Como são as mulheres que se percebem nas Igrejas do Pacífico?
A mulher representa a mãe de criação que prepara a alimentação para todo o mundo e se encarrega de sua família. A mulher tem um papel importante no lar por levar segurança e comodidade.
Ela sai de casa para ir ao culto para transmitir uma mensagem de paz, justiça e amor para todas e todos.
Devemos revisar a imagem da mulher. Embora eu defenda estes valores, como a mulher “mãe criadora” que envia uma mensagem de amor, creio que as tarefas entre homens e mulheres deveriam ser melhor distribuídas.
A eleição de Meleana Puloka para a presidência do CMI Pacífico é um excelente exemplo de mudança de atitudes e demonstra que as mulheres têm acesso a postos de responsabilidade.
Como vice-presidente da Conferência de Igrejas do Pacífico, quais são os teus planos para o desenvolvimento da mulher no Pacífico?
A nossa prioridade é terminar o convênio sobre a discriminação contra a mulher. Uma colaboração entre as Igrejas e a Universidade de Teologia do Pacífico que permite abordar as questões relativas à promoção da mulher.
Além disso, vamos continuar com a dupla estratégia de “prevenção e resposta” para a eliminação do programa de violência de gênero. Também estamos buscando desenvolver cursos específicos para homens violentos que querem mudar.
E quais são os teus projetos?
Estamos colocando em prática políticas relacionadas com os direitos das crianças com a finalidade de eliminar todas as formas de violência. Queremos proporcionar um refúgio para as vítimas da violência, especialmente dos meninos e das meninas.
Paralelamente, vamos trabalhar com os médicos para nos assegurar de que as vítimas da violência sejam tratadas. Um acompanhamento destas vítimas psicológicas e espirituais, com base nos estudos bíblicos, também será colocado em prática.
E, por último, queremos melhorar a situação das pessoas sem lar, proporcionando, pelo menos, algo para comer.
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“A eleição de Meleana Puloka, presidente do CMI para o Pacífico, é um grande passo rumo à igualdade entre homens e mulheres”. Entrevista com Lola Koloamatangi - Instituto Humanitas Unisinos - IHU