09 Novembro 2013
Faltam milhões de euros nas demonstrações financeiras dos Camilianos. É esta a hipótese investigativa dos magistrados romanos que investigam o sequestro de dois sacerdotes – Rosario Messina e Antonio Puca – ordenado por Renato Salvatore para impedi-los de votar contra sua nomeação para Superior Geral. E ainda para proteger um sistema de poder que lhe garantia e aos seus sodalícios – e de modo particular ao contador romano Paolo Oliveiro – de gestar as nomeações e, sobretudo, as aquisições nos hospitais controlados pela ordem religiosa.
A reportagem é de Fiorenza Sarzanini, publicada no jornal Corriere della Sera, publicada em 08-11-2013. A tradução é de Anete Amorim Pezzini.
Mas também para enriquecer todos que (no total os investigados são sete) que concordaram em colaborar, como os dois policiais que, em 13 de maio passado, encarregaram-se de manter, por uma tarde inteira, os dois padre camilianos trancados em um quartel, fazendo-lhes crer que deviam ser interrogados.
Foi uma escuta telefônica que revelou as atividades ilegais que os sacerdotes, incluindo as duas vítimas, iriam realizar. O resto foi feito pelas investigações realizadas pelo Ministério Público Giuseppe Cascini, que confiou-as aos homens do núcleo tributário da Guarda de Finanças, liderados pelo Coronel Cosimo de Gesù.
No decurso das buscas, os investigadores tinham encontrado documentos para corroborar a hipótese que uma grande soma de dinheiro tinha sido transferida ao exterior e agora, exatamente nisso, estão se concentrando as novas investigações. Mesmo levando em conta que o profissional já esteve envolvido na investigação que havia levado à prisão o assessor da IDV na Região do Lazio, Vicenzo Maruccio, na investigação sobre a P3 de Flávio Carboni e, no passado, tinha gerido as contas externas do juiz Renato Squillante e do advogado Attilio Pacifico, ambos acusados de corrupção juntamente com Cesare Previti.
A hipótese dos investigadores é que o dinheiro pode ser “subornos” tomados para orientar as aquisições do setor de saúde com a reestruturação de hospitais na Sicília e outras regiões da Itália.
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Os milhões dos religiosos desapareceram - Instituto Humanitas Unisinos - IHU