18 Dezembro 2014
Na última edição dos Cadernos IHU ideias, lançamos o artigo A Arte da Ciência e a Ciência da Arte: uma abordagem a partir de Paul Feyerabend sob autoria de Hans Georg Flickinger, filósofo alemão, palestrante do XIV Simpósio Internacional IHU XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.
De acordo com Flickinger, a tese da inferioridade das artes quanto à criação do saber verdadeiro vale apenas para as artes comprometidas com o ideal do belo. No momento em que as artes se rebelam contra esse ideal e, portanto, contra a tutela exercida pela teoria, elas abrem um campo inédito de experiências. Essa mudança radical atingiu também as Teorias de arte que, no entanto, ao tentar impor sua conceituação científica às artes, passaram a ameaçar estreitar nosso acesso à experiência estética e suprimir o fascínio desafiador que dela emana. Reconhecer a experiência estética como campo de produção autêntica do saber, ou submeter de novo as artes ao conceito, do qual elas se vêm tentando libertar em processo penoso – eis o conflito que marca as discussões recentes em torno ao arsenal metódico e conceitual das Teorias de arte. Não surpreende, portanto, que Feyerabend refletisse sobre a relação entre ciência e arte como áreas de produção do saber, à primeira vista, incompatíveis. Crítico da Teoria da Ciência e íntimo conhecedor das ciências teatrais, ele tinha plena consciência de que, se aceitasse seguir os critérios da cientificidade, qualquer produção artística estaria negando a autenticidade da experiência estética.
(clique nas imagens para acessar aos artigos em versão PDF)
Ainda, foi lançado recentemente nos Cadernos IHU ideias, em sua 216ª edição, o artigo A realidade complexa da tecnologia, sob autoria de Alberto Cupani, professor da Universidade Federal de Santa Catarina.
Neste artigo, Cupani disserta sobre como a tecnologia é uma entidade complexa. A sua complexidade é evidente nas diferentes definições que foram propostas para caracterizá-la e na pluralidade dos seus aspectos, que incluem objetos de uma certa classe, formas específicas de conhecimento, atividades igualmente específicas e uma atitude humana peculiar perante o mundo. A tecnologia é também complexa por causa da sua ambiguidade: em seu progresso, em sua relação com a Natureza e a sociedade e em suas consequências morais e políticas. Por último, mas não menos importante, a tecnologia pode ser referida a diferentes modos de definir o homem. Tamanha complexidade é um desafio para nossa capacidade de lidar com a tecnologia na vida quotidiana. Este artigo visa esclarecer esses assuntos.
Estas duas edições fazem parte das publicações relacionadas ao XIV Simpósio Internacional IHU XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea que podem ser acessadas no link abaixo:
Guia de Leitura - Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Arte, Ciência e Tecnologia. Guia de leitura - Instituto Humanitas Unisinos - IHU