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11 Abril 2014

Uma vez reconhecidos a boa vontade e o calor humano das frases do papa sobre marxistas e comunistas como boas pessoas, convém reconhecer também que o ponto é outro, muito mais comprometedor para ele e para a sua Igreja: a reivindicação do Evangelho.

A opinião é do jornalista e escritor italiano Adriano Sofri, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 05-04-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

As palavras de um papa pedem ao menos duas leituras: daquilo que dizem e do lugar de onde são ditas. Um lugar comum, ou o sacada de São Pedro. O hábito faz (e desfaz) o monge.

"No fundo, ele nada mais disse que: Boa noite." Por exemplo, sobre a vida familiar, "as três palavras-chave do Santo Padre são: com licença, obrigado, desculpe". No outro dia, a jovens entrevistadores belgas, crentes e não crentes, ele disse que alguns pensam que "o papa é comunista, mas não, esse é o Evangelho". O amor pelos pobres é o coração do Evangelho. Ele ganhou manchetes: porém, é um pensamento muito simples – banal, dirão alguns descontentes.

Mais ou menos como inaugurar o pontificado dizendo "Boa noite". Há algum tempo, ele disse: "Eu nunca compartilhei a ideologia marxista, porque ela não é verdadeira, mas conheci muitas pessoas boas que professavam o marxismo".

Bom dia. Era hora de acordar. O mundo esteve cheio de pessoas muito boas que professaram – e às vezes ainda professam – o marxismo, e não raramente pagaram caro por isso nas mãos dos seus coirmãos de fé, além de por obra dos seus inimigos. Na província da Itália, continuou-se a cruzada contra os comunistas, enquanto no Quirinal sentava-se, senhorialmente, um deles. (Os únicos comunistas bons são os mortos, ou ao menos muito velhos). É a cauda longuíssima da hipocrisia que dá à afabilidade do papa essa ressonância e que a resgata da obviedade ou, pior, da suspeita de uma popularidade barata.

Agora, uma vez reconhecidos a boa vontade e o calor humano das frases do papa sobre marxistas e comunistas como boas pessoas, convém reconhecer também que o ponto é outro, muito mais comprometedor para ele e para a sua Igreja: a reivindicação do Evangelho.

O papa declara uma intenção de levar o Evangelho a sério. Levar o Evangelho a sério – "a sério", não "literalmente" – é muito difícil para um cristão: impossível, segundo Freud, segundo o Grande Inquisidor e segundo séculos de doutos jesuítas. Ainda mais difícil, se poderia dizer, para um papa.

Um papa pode condenar ou aprovar o santo ou o louco de Deus que se queira pôr no caminho da fidelidade ao Evangelho: Francisco de Assis, por exemplo. Ou, não sei, o velho Tolstói – ele não tinha o papa para excomungá-lo, mas sim o Santo Sínodo ortodoxo. Mas que o papa se ponha pessoalmente nesse caminho, eis um propósito temerário.

A Igreja cresceu e sobreviveu até hoje – fenômeno, para aqueles que não evocam o Espírito e a Providência, bastante formidável – porque conseguiu se proclamar fiel e herdeira de Jesus e do seu Evangelho, persuadindo a si mesma e o resto do mundo da impossibilidade de realizar o seu ensino.

Desarmar a carga revolucionária do Evangelho e governar o compromisso com o mundo sem se render totalmente ao mundo foi a obra tentada pela Igreja, cristã e principalmente católica. Agora, o papa pretende tentar levar o Evangelho a sério, embora o faça com aquela afabilidade muito doméstica, telefonando ao seu redor e assumindo o nome de Francisco.

Francisco de Assis levava muito em consideração que o seu papa o autorizasse, mas provavelmente teria se alarmado se ele o tivesse visto se despir da veste pontifical como ele tinha se despido das vestes paternas.

Nem mesmo um século depois, o monge Pietro da Morrone chegou ao papado a partir da sua gruta e vestindo uma túnica, com o nome de Celestino V, mas durou quatro meses antes de renunciar e acabar prisioneiro do seu sucessor.

Os adversários do Papa Bergoglio também desconfiam de uma propensão sua ao misticismo que, combinada com o pauperismo, o afastaria da doutrina – e do racionalismo de Ratzinger – para incliná-lo ao populismo. "Ismos" demais, no entanto.

Na realidade, o Papa Francisco, admirador de místicas e místicos, parece ter predileções opostas, e pode-se imaginar que os apartamentos vaticanos se assemelham mais à caverna solitária de Pietro da Morrone do que ao Bed and Breakfast de Santa Marta.

Quanto ao pauperismo, que tem uma rica e preciosa história no cristianismo – e naquele apostolado socialista para o qual Jesus foi "o primeiro socialista" –, no nosso caso, será medido acima de tudo sobre as unhas cortadas dos financistas vaticanos. Afugentar alguns mercadores do templo ainda não é levar a sério o Evangelho: uma premissa, digamos.

Quanto ao resto, ouvir evocar polemicamente o pauperismo faz arrepiar os cabelos, com a pobreza que está por aí e o fanatismo da riqueza do qual viemos. A única acepção deplorável do pauperismo é o prudente amor pelos pobres que deseja conservar a pobreza. ("Para fazer uma boa dama patrona / faça a camisa da cor de cocô de ganso / o que permite que, aos domingos, na missa / cada uma reconheça os seus próprios pobres" – Jacques Brel).

Mas uma crítica semelhante é um grande luxo em tempos de riquismo. Há um amor eviscerado pela riqueza e um rancor irresistível pelos ricos. Não é fácil entender onde Francisco vai se colocar entre o Grande Inquisidor e o Prisioneiro silencioso da maravilhosa Lenda de Dostoiévski: se conseguir ficar do lado do prisioneiro, será reivindicando, com a liberdade de cada um, a indulgência, a misericórdia.

Talvez só através da misericórdia se torna possível levar o Evangelho a sério. Misericordioso se consideravam o Grande Inquisidor e cada sucessor seu, pela disposição sacrificial a levar sobre si o peso insustentável da liberdade das pessoas e, em troca, saciar a sua fome.

Esse papa propõe um Evangelho em que Jesus é o advogado de defesa. Eugenio Scalfari lhe havia solicitado até a abolição do pecado e do inferno. Se não o inferno de lá, na terra Francisco o aboliu – a prisão perpétua – aquele que a laica república italiana aprecia desafiando os princípios da sua Constituição.

"Por mais que o homem possa cair, ele nunca poderá cair abaixo da misericórdia de Deus." Talvez isso também fosse óbvio para um cristão, mas é notável aquele "nunca". (A fórmula judiciária decreta: "Fim da pena: nunca").

Os ortodoxos perguntam: "Mas do que o homem deve se salvar se se prega ou se leva a entender que o inferno não existe ou que, se existe, está vazio?". Do próprio inferno.


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