12 Fevereiro 2014
Um jornal católico da África do Sul publicou um editorial condenando a legislação contra os homossexuais em alguns países africanos que tem sido apoiado pelas Igrejas locais.
A reportagem é de Ellen Teague, publicada na revista católica britânica The Tablet, 07-02-2014. A tradução, da versão italiana, é de Moisés Sbardelotto.
O Southern Cross, um jornal semanal promovido pela Conferência Sul-Africana de Bispos, disse no dia 29 de janeiro que a nova legislação da Nigéria e da Uganda, e outras propostas semelhantes no Camarões e na Tanzânia seriam usadas para "perseguir as pessoas com base na sua orientação sexual".
As relações entre pessoas do mesmo sexo já são ilegais na maior parte dos países africanos, mas o Southern Cross urge os bispos da África "a ficar ao lado dos que não têm poder" e a "soar o alarme contra o avanço em toda a África da legislação draconiana que visa a criminalizar os homossexuais".
No entanto, os bispos católicos da Nigéria emitiram um comunicado elogiando a lei de proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, de 2013, depois que o presidente Goodluck Jonathan endossou a nova lei em janeiro, que proíbe os casamentos e as demonstrações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo. As pessoas que vão a clubes gays na Nigéria enfrentam agora 10 anos de prisão, e os casais do mesmo sexo podem pegar até 14 anos de prisão.
Em dezembro, os deputados da Uganda aprovaram um projeto de lei que aumenta as penas para os atos homossexuais para a prisão perpétua, e torna punível com uma pena de prisão o fato de não denunciar pessoas gays. A polêmica legislação ainda deve ser assinada em lei pelo presidente da Uganda, Yoweri Museveni. Os bispos católicos da Uganda têm sido ambivalentes diante do projeto de lei, às vezes apoiando-o, às vezes falando timidamente contra ele.
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Legislação antigays divide bispos na África - Instituto Humanitas Unisinos - IHU