30 Julho 2024
A competição mais difícil é a da equipe de refugiados, que se tornou o emblema da liberdade e da igualdade no esporte. Apoiando e defendendo a causa está o italiano Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que, de Paris, exorta o mundo a seguir o caminho trilhado pela equipe. Faz isso no dia da abertura oficial dos Jogos. Foi um dia especial para ele, pois recebeu das mãos do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, o Louro Olímpico, prêmio criado pela entidade para "homenagear pessoas que se destacaram por suas realizações na educação, cultura, desenvolvimento e paz por meio do esporte".
Grandi é o terceiro agraciado. Como o próprio Bach explicou, ele "apoiou de forma sem precedentes o papel crucial que o esporte pode desempenhar para a inclusão, o pertencimento e o bem-estar físico e mental dos refugiados".
A reportagem é de A.D.M., publicada por La Stampa, 27-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Em particular, a ACNUR, agência para os refugiados da ONU, colabora com o COI e com a Fundação Olímpica para apoiar os refugiados nos Jogos de Paris. Grandi, que é vice-presidente da Fundação Olímpica para os Refugiados, também participou do revezamento da tocha olímpica, representando os 120 milhões de pessoas forçadas a fugir em todo o mundo.
"O esporte é um símbolo de esperança e paz, que infelizmente está escasseando hoje em dia", disse Grandi. "A equipe de refugiados é um farol para pessoas de todo o mundo. Esses atletas mostram o que pode ser alcançado quando o talento é reconhecido e cultivado, e quando as pessoas têm a oportunidade de treinar e competir com os melhores. Eles são, para dizer o mínimo, uma inspiração", acrescentou o alto comissário da ONU para os refugiados.
Um total de 37 atletas refugiados participará dos Jogos de Paris 2024, a maior equipe desde que as equipes de refugiados foram criadas nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016.
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Grandi e os jogos dos refugiados: "Um exemplo" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU