12 Julho 2024
Francisco nomeia Cobo, arcebispo de Madrid, para coordenar o grupo de estudo sinodal sobre os seminários.
A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 10-07-2024.
O Papa o chamou a participar nos trabalhos da segunda fase do Sínodo da Sinodalidade, presidindo um dos 10 grupos de estudo que refletirão sobre algumas das questões surgidas na celebração da primeira fase. Francisco não coloca nenhum grupo à sua frente. Nomeia-o para presidir o Grupo 4, que tem como objetivo “A revisão da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis numa perspectiva sinodal missionária”.
Cobo, juntamente com os restantes 9 membros da sua equipe, deverá refletir sobre “as relações, estruturas e processos que podem favorecer uma visão renovada do ministério ordenado, passando de uma forma piramidal de exercício da autoridade para uma forma sinodal”.
Ao Sínodo da Sinodalidade e pela porta da frente. O Papa Francisco dá mais uma vez outro sinal ao arcebispo de Madri sobre o que espera dele. Caso ainda não o tenha deixado claro no último ano, em que foi regado de distinções, desde a sua nomeação como substituto do cardeal Osoro na Igreja de Madri ou a sua nomeação como cardeal no dia seguinte à sua posse, em julho ano passado.
Claro, nada disto foi suficientemente valorizado pelos seus irmãos bispos, que no que teve o mesmo efeito de uma 'primária', optaram por enviar ao Sínodo que se realizaria em outubro alguém que também era o seu favorito para presidir a Conferência Episcopal. E foi assim que no ano passado o arcebispo de Valladolid, por esmagadora maioria de votos, foi eleito para encabeçar a lista que o episcopado espanhol enviou à histórica assembleia sinodal. Cobo foi reintegrado nos play-offs como suplente, caso Argüello, Francisco Conesa ou Vicente Jiménez Zamora, que foram os outros bispos enviados pela Conferência Episcopal Espanhola, não pudessem finalmente comparecer.
Mas agora Cobo não precisará mais se preocupar com a saúde de seus irmãos. O Papa o chamou a participar nos trabalhos da segunda fase do Sínodo sobre a Sinodalidade, coordenando um dos 10 grupos de estudo que refletirão sobre algumas das questões que surgiram durante a celebração da primeira fase.
E Francisco não coloca qualquer grupo à sua frente. Ele o nomeia para coordenar o Grupo 4, que tem como objetivo “A revisão da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis numa perspectiva sinodal missionária (RdS 11)”.
Ou seja, tudo o que tem a ver com a reforma dos seminários, tema que preocupa particularmente o Papa, como se viu nos últimos dois anos, quando enviou uma visita apostólica para fazer um relatório sobre a situação destes centros.
O grupo presidido por Cobo inclui também – além do relator do Sínodo, o cardeal Hollerich – o prefeito do Dicastério para o Clero, o cardeal sul-coreano Lazzaro Heung-Sik.
Assim, Cobo, juntamente com os restantes 9 membros da sua equipe, deverá refletir, em linha com o que emana do Instrumentum laboris apresentado ontem no Vaticano, sobre “as relações, estruturas e processos que podem favorecer uma renovação da visão do ministério ordenado, passando de uma forma piramidal de exercício da autoridade para uma forma sinodal”.
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