• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Uso de agrotóxicos no Brasil dobrou entre 2010 e 2021

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em Gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Psicanalista revela florescimento da psicanálise brasileira no regime ditatorial. Para ele, “Ainda Estou Aqui” é exemplar no reparo psíquico e na construção de um regime de sensibilidades mais complexo da ditadura. No divã, mostra que existe uma luta de classe histórica nesta área e critica a atual medicalização do sofrimento

    “Vivemos um novo 'boom' da psicanálise, o anterior foi na ditadura militar”. Entrevista especial com Rafael Alves Lima

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

16 Outubro 2023

Brasil é um dos principais receptores das substâncias proibidas na União Europeia.

A reportagem é publicada por WWF-Brasil, 09-10-2023.

Livro recém-lançado mostra que em 2021, os 26 países da União Europeia exportaram para todo o planeta um volume de quase 2 milhões de toneladas de agrotóxicos, somando 14,42 bilhões de euros. Para o Mercosul seguiram mais de 6,84 mil toneladas de agrotóxicos proibidos em território europeu. No Brasil, os campeões em vendas - mancozebe, atrazina, acefato, clorotalonil e clorpirifós - também são proibidos na Europa.

No Brasil, os limites de resíduos dessas substâncias nos alimentos e na água costumam ser até milhares de vezes maiores do que aqueles permitidos na União Europeia. O tebuconazol, por exemplo, inseticida proibido na Europa, pode provocar alterações no sistema reprodutivo e malformação fetal. Além de ser

permitido no território brasileiro, o limite de resíduo tolerado de tebuconazol na água potável é 1.800 vezes maior do que o limite estabelecido na União Europeia. A substância é amplamente utilizada em alimentos como o arroz, alface, brócolis, repolho, mamão e outros.

Outro exemplo de disparidade de quantidade autorizada é o glifosato, agrotóxico mais vendido no país, considerado possivelmente cancerígeno para seres humanos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o resíduo autorizado desse herbicida na água potável é cinco mil vezes maior do que na União Europeia.

Esses dados e suas relações estão no livro Agrotóxicos e Colonialismo Químico, lançado pela editora Elefante. A obra compila dados alarmantes que nos permitem começar a compreender a gravidade do problema representado pelo uso massivo de substâncias químicas para a saúde humana e para o meio ambiente. Nele, Larissa Bombardi, pesquisadora e professora do Departamento de Geografia da USP e IRD (Institut de Recherche pour le Développement - França), relaciona a problemática como consequência direta da globalização da agricultura, da concentração fundiária e da forte atuação do agronegócio no Brasil.

 (Foto: Editora Elefante | Divulgação)

Além de assinalar as grandes diferenças de quantidades autorizadas nos países europeus e no Brasil, a autora também mostra que a questão fundiária, marcada pela concentração de terra, afeta não só a produção de commodities, mas também o uso dos agrotóxicos no Brasil. Apenas 1% dos proprietários rurais (aqueles que possuem áreas maiores do que mil hectares) controlam praticamente 47,6% das terras agricultáveis do país. Nestas terras, as principais commodities produzidas - soja, milho e algodão, são juntas, o destino de 80% dos agrotóxicos comercializados no país.

O uso dos agrotóxicos por unidades da federação explicita a conexão direta com a produção de commodities. Mato Grosso, Rondônia, Goiás e São Paulo são os estados com maior taxa de uso por hectare, seguidos por Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2019, Mato Grosso consumiu cerca de 121 mil toneladas de ingredientes ativos de agrotóxicos; São Paulo, 92 mil toneladas; Goiás, 49 mil toneladas; e Mato Grosso do Sul, 38 mil toneladas.

“Temos observado o avanço das commodities e com ela o uso indiscriminado dos agrotóxicos com a justificação da importância da balança comercial ou da segurança alimentar. No entanto, os danos são imensuráveis, para o meio ambiente e especialmente para as pessoas. É preciso questionar quem lucra com esse sistema e quem o defende”, ressalta Larissa Bombardi, autora do livro. Segundo a autora, este é um setor que não para de crescer, junto com o aumento das liberações no Brasil. Só entre 2019 e 2022 o país liberou 2.182 agroquímicos. Até julho deste ano, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aprovou o registro de mais 231.

Questão de saúde

A cada ano, 1 milhão de pessoas em todo o mundo é intoxicada de forma involuntária por meio do contato com agrotóxicos. No Brasil, entre 2010 e 2019, o Ministério da Saúde registrou a intoxicação de 56.870 pessoas por essas substâncias. No entanto, estima-se que haja uma subnotificação na ordem de 1 para 50. Nesse período, podemos ter tido 2.843 milhões de pessoas afetadas.

Embora haja um aumento do uso de agrotóxicos nas “bordas” da Amazônia, avançando a partir do chamado “arco do desmatamento”, vários são os casos de populações camponesas e indígenas atingidas — propositalmente ou não — por pulverização aérea de agrotóxicos, com um total de 223 casos entre 2010 e 2019. Proporcionalmente, os indígenas são os que mais sofrem com os químicos agrícolas no Brasil. O problema atinge sobretudo os membros de etnias localizadas em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde o Ministério da Saúde registrou, respectivamente, 52, 23 e 19 casos de intoxicação de indígenas entre 2010 e 2019.

No Brasil, as regiões centro-oeste e sul - que lideram a produção de soja e milho no país - ostentam o maior número de casos notificados de intoxicação de seres humanos por agrotóxicos por meio da pulverização aérea. Entre 2013 e 2021, mais de 160 episódios do tipo foram relatados no centro-oeste e quase 100 no sul.

“Muito além da questão de saúde, o uso crescente de agrotóxicos traz a exploração típica do capitalismo. Os processos de violência continuam ocorrendo, agora de forma sistêmica e ampla, onde os episódios de desmatamentos, incêndios, despejos, expulsões, assassinatos, dizimação de povos indígenas se sobrepõem a uma limpeza química do campo, uma varredura que afeta a natureza e favorece empresas do norte global”, afirma a autora, Larissa Bombardi.

Uma vez que a produção agrícola deixou de ser sinônimo de produção de alimentos, a autora finaliza apontando a agroecologia, a agricultura indígena, camponesa e a reforma agrária como um caminho para um outro tipo de sociabilidade em que o alimento tem lugar central. Exemplifica com ações de movimentos sociais e iniciativas protagonizadas por mulheres, alguns possíveis caminhos alternativos de autonomia econômica, social, de gênero, racial e ambiental.
Seis empresas respondem por 80% do comércio mundial de agrotóxicos

Seis empresas respondem por 80% do comércio mundial de agrotóxicos

O mercado mundial de agrotóxicos movimenta cerca de US$ 60 bilhões por ano. Em 2020, as vendas mundiais de agrotóxicos alcançaram US$ 56 bilhões, um crescimento de 27% sobre os US$ 44 bilhões registrados em 2017. A estatal chinesa Syngenta, as alemãs Bayer, a Basf e a estadunidense Corteva, junto com a indiana Upl e a estadunidense FMC, detêm cerca de 80% do valor total da comercialização de agrotóxicos no planeta e venderam em 2020, juntas, mais de 43 bilhões de dólares desses produtos.

As mesmas empresas figuram ainda entre as maiores produtoras e exportadoras mundiais de sementes: Bayer, Corteva e Syngenta controlam mais de 80% desse mercado, arrecadando 8 bilhões, 7 bilhões e 2,6 bilhões de dólares em 2020, respectivamente. Além disso, tem havido nos últimos anos uma grande concentração das empresas produtoras de agrotóxicos e sementes, ou seja, uma oligopolização do setor. Organizando-se de forma oligopolista, as corporações provenientes da Europa, dos Estados Unidos e da China subordinam a agricultura em escala mundial em todas as suas fases: desde o preparo da terra para o plantio até a “pós-colheita”.

O livro explica como os países latino-americanos, especialmente o Brasil e a Argentina, têm sido receptores de um grande volume de agrotóxicos produzidos e comercializados por empresas do norte global. Embora, os Estados Unidos e a China serem relevantes destinatários dessas substâncias, em 2021, consumiram, respectivamente, cerca de 257 mil e 244 mil toneladas, enquanto o Brasil e a Argentina se destacam mais, tendo consumido 719 mil e 457 mil toneladas de pesticidas no mesmo período.

O livro que contou com o apoio do WWF e da Fundação Heinrich Böll está disponível no site da Editora Elefante e, em breve, nas principais livrarias do país.

Serviço

Agrotóxicos e colonialismo químico
Autora: Larissa Mies Bombardi
Apoio: WWF & Fundação Heinrich Böll
Preço sugerido: R$ 40,00

Sobre a autora

Larissa Mies Bombardi é professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, vive na Europa e desenvolve pesquisas no Institut de recherche pour le développement (IRD), em Paris, França, sob o Programme national d’accueil en urgence des scientifiques et des artistes en exil (Pause). É especialista no tema do uso de agrotóxicos, com dezenas de palestras, artigos e entrevistas publicadas em periódicos e meios de comunicação brasileiros e internacionais.

É autora dos atlas A Geography of Agrotoxins Use in Brazil and its Relations to the European Union [Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e suas relações com a União Europeia] (2019) e Geography of Asymmetry: The Vicious Cycle of Pesticides and Colonialism in the Commercial Relationship between Mercosur and the European Union [Geografia da assimetria: o ciclo vicioso de pesticidas e colonialismo na relação comercial entre Mercosul e União Europeia] (2021). É integrante do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, no Brasil, e membro da organização internacional Justice Pesticide.

Leia mais

  • Intoxicação por agrotóxico: “Os números são suficientemente alarmantes”. Entrevista especial com Larissa Mies Bombardi
  • Brasil é um dos principais receptores de agrotóxicos proibidos na União Europeia
  • Uso de agrotóxicos cresce 30% no mundo e 78% no Brasil, afirma pesquisadora ao lançar livro
  • 27 agrotóxicos são detectados na água consumida em São Paulo, Fortaleza e Campinas
  • Fepam emite polígono de exclusão de pulverização aérea de agrotóxicos na Apa Delta do Jacuí
  • Agrotóxico banido na Europa e liberado por Bolsonaro está aniquilando as abelhas no país
  • Syngenta, UPL, Basf: as empresas que mais vendem no Brasil agrotóxicos proibidos na Europa
  • Estudo da Universidade Federal do Mato Grosso associa câncer a agrotóxicos
  • Agrotóxicos: morte de 112 milhões de abelhas levanta polêmica no interior de SP
  • Europa despeja no Brasil mais de 6.000 toneladas de agrotóxicos que matam abelhas em apenas um ano
  • “A Argentina é o maior consumidor de agrotóxicos por habitante do mundo”
  • Formas de exposição aos agrotóxicos e principais efeitos na saúde
  • Agrotóxicos: um “Atlas” global expõe o desastre
  • PL do Veneno. “PL afetará de forma substancial a saúde e o meio ambiente”, alerta a Fiocruz
  • Está na hora de tirar o veneno da mesa dos brasileiros

  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados