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Onde os mortos pertencem à vida. Artigo de Tomaso Montanari

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29 Abril 2023

A proximidade entre muros antigos e túmulos modernos adquire um sentido profundo: o da comunhão dos vivos e dos mortos.

O comentário é do historiador de arte italiano Tomaso Montanari, professor da Universidade Federico II de Nápoles. O artigo foi publicado por caderno Il Venerdì, do jornal La Repubblica, 20-04-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Nas manhãs de sexta-feira, no cemitério Bab Guissa, em Fez, Marrocos, aparecem figuras com véus ou encapuzadas que deslizam entre um túmulo e outro. Mulheres e homens que visitam os restos mortais de seus entes queridos: com eles, a cidade dos vivos irrompe na cidade dos mortos.

No entanto, a fronteira entre ambos não é tão óbvia: em uma inversão surpreendente, o cemitério é moderno, enquanto são antigos e carcomidos pelo tempo os muros urbanos, fora dos quais, como de costume, ele surge.

Cemitério Bab Guissa, em Fes, Marrocos

É um símbolo eloquente: nessa capital fundada a partir de 789 depois de Cristo, a cidade dos vivos e a dos mortos convivem sem que seja possível distingui-las sempre, muito menos separá-las.

Escrevendo a partir da Itália, Carlo Levi observava que, aqui entre nós, “o arcaico é muito próximo e familiar, pelo uso ininterrupto das gerações. Essa estratificação não é uma justaposição, mas uma assimilação sucessiva, um crescimento real, uma real presença”.

Uma “real presença”: a dos corpos sepultados que os muçulmanos, assim como os cristãos, acreditam que pertencem à vida, e não à morte. Assim, a proximidade entre muros antigos e túmulos modernos adquire um sentido profundo: o da comunhão dos vivos e dos mortos.

Porque aquilo que chamamos de patrimônio cultural, o tecido antigo das nossas cidades, é o único lugar material possível para uma coabitação entre quem está vivo agora e quem já esteve.

No Marrocos, que está algumas décadas atrás de nós no processo de separação entre antigo e moderno, tudo isso ainda é visível: quase tangível. Vida cotidiana e patrimônio cultural compartilham um espaço que contém tempos diversos e copresentes. O espaço das ruas, das mesquitas, das madrassas: o espaço do ar, até.

Falando dos cegos que mendigam em Marrakech, Elias Canetti escreve que suas invocações “iniciam com Deus, terminam com Deus, repetem seu nome dez mil vezes por dia. Todos seus gritos contêm seu nome em formas mutáveis, mas o grito, uma vez estabelecido, permanece sempre o mesmo. São arabescos acústicos em torno de Deus, mil vezes mais impressionantes do que os visuais”.

Arabescos acústicos análogos, iguais ao longo dos séculos, sulcam o ar nos telhados de Fez: os convites à oração e agora aqueles para observar o ritmo do Ramadã não unem apenas minarete a minarete, mas também século a século, geração a geração.

Espaço, vozes, tempo: geração após geração, a cidade dos vivos transpassa a cidade dos mortos, sem se mover. Uma comunhão que é também uma escola de humildade: capaz de recolocar o nosso ego ocidental diante do senso do limite. Que talvez seja exatamente aquilo de que hoje precisamos desesperadamente.

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