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Toda guerra pode ser interrompida: o caso etíope

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07 Novembro 2022

Exatamente dois anos após a eclosão da guerra civil etíope em Tigray, foi assinado no dia 2 de novembro, em Pretória, África do Sul, um primeiro e árduo acordo de paz. Graças à mediação da União Africana, o conflito entre o governo federal e as autoridades tigrinas, que depois se ampliou para toda a área setentrional do segundo maior país africano, acabou.

O comentário é de Paolo Lambruschi, jornalista italiano, publicado em Avvenire, 05-11-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A fraca União Africana, politicamente pequena demais para um continente tão grande, acabou fazendo aquilo que a grande e forte União Europeia não consegue fazer na guerra russo-ucraniana. E, assim, chegou também o fim do bloqueio das ajudas humanitárias em curso há 15 meses, que levou ao extremo nove milhões de etíopes já provados pela seca. Em troca, os tigrinos aceitaram a unidade nacional e um desarmamento gradual de suas tropas de defesa.

Trata-se de uma notícia aguardada por quem ama a Etiópia e a paz. Com a devida cautela, o acordo alcançado em Pretória para um “cessar-fogo permanente” é o primeiro e importante marco oficial depois de dois anos de guerra obscura e esquecida, que, segundo os especialistas e as organizações humanitárias, talvez seja a maior em número de vítimas entre as travadas nesta dramática primeira parte do século XXI.

As estimativas variam entre 350.000 e meio milhão de mortes provocadas pelos combates, pelos massacres de civis e pelo bloqueio das ajudas humanitárias. Os deslocados internos são dois milhões, e as pessoas que dependem das ajudas para sobreviver são cinco milhões. Números catastróficos, mas o blecaute comunicativo desejado por Adis Abeba impediu que a mídia e as ONGs denunciassem eficazmente o horror.

Até as negociações – assim como o conflito – foram envoltas em uma cortina de silêncio. As partes convocadas à força pela União Africana após uma amarga retomada dos confrontos em agosto colocaram contra a parede os dois mediadores, os ex-presidentes nigeriano e queniano Obasanjo e Kenyatta, até a assinatura final.

Ninguém alimenta ilusões, e não apenas em relação às denúncias de violação do cessar-fogo que já surgem em quantidade. Várias questões que levaram à guerra não são abordadas no texto finalmente assinado em Pretória. A começar pela retirada das tropas eritreias de Tigray, aliadas de Adis Abeba desde 2018 e nunca mencionadas. Era o tempo da paz com Asmara, que rendeu ao jovem primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed o Prêmio Nobel em 2018. Um prêmio no mínimo apressado, já que um ano depois o mesmo primeiro-ministro não hesitou em atacar, junto com os eritreus, uma parte de seu próprio país, chegando a endividar a Etiópia fortemente para comprar armamentos pesados e drones armados para derrubar um conflito que, in loco, 12 meses atrás, ele vira sucumbir rapidamente.

Além disso, permanece sem resolução a tensão política entre Abiy, intencionado a reformar a Etiópia, segundo um projeto centralista para superar as divisões entre as muitas etnias que o compõem, e os líderes tigrinos do TPLF, à frente do governo nacional de 1991 a 2018 com punho de ferro e um projeto federalista nos antípodas do projeto do primeiro-ministro e que não queriam ser destituídos. Agora, para fortalecer a paz, é urgentemente necessária uma solução política para permanecer sob o mesmo teto após dois anos de guerra.

Outro obstáculo a ser enfrentado, a questão-chave do Tigray ocidental contestado com os Amhara, cujas forças regionais ao lado dos federais foram acusadas de ter realizado uma limpeza étnica contra os tigrinos. Em vingança, as tropas tigrinas invadiram a região de Amhara no ano passado e cometeram destruição e atrocidades semelhantes contra os civis.

Portanto, é claro que não haverá paz de verdade sem justiça e sem clareza. A guerra foi marcada por massacres de civis, como em Axum e Humera, e por inúmeros estupros cometidos por ambos os lados, como recentemente reiterado pelas Nações Unidas. Uma comissão independente terá que identificar os culpados e julgá-los. Mas não basta procurá-los na Etiópia. Muitas violências, massacres, saques e destruição foram atribuídos aos “soldados em sandálias de plástico”, os eritreus, atores importantes no conflito.

Por mais improvável que seja, o ditador Isayas Afewerki terá agora que colaborar com as Nações Unidas. E poderá fazer isso, para começar, libertando o bispo católico de Segheneity, Abuna Fikremariam, detido no aeroporto de Asmara em 15 de outubro e desaparecido por ser abertamente contrário à guerra.

A Etiópia está em uma encruzilhada decisiva. Deve reconstruir um território devastado e um tecido social dilacerado. Deve tentar permanecer no caminho da paz traçado pelos próprios africanos para os africanos, olhando para a experiência da África do Sul nos anos 1990. Se o primeiro-ministro Abiy souber dar origem a uma comissão nacional para o diálogo, a reconciliação e a verdade que ouça as vítimas e os carnífices, haverá a pedra angular para construir pacientemente uma nova Etiópia. Um método que vale para o mundo inteiro.

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