10 Dezembro 2021
Quando se falava que acabariam nos cobrando até o ar, parecia um paradoxo, uma hipérbole, um exagero impossível. Aí descobrimos que a realidade superou a ficção e, desde dezembro do ano passado, o Black Rock, o maior fundo de investimentos do mundo, conseguiu cotar a água na bolsa de Nova York. Não para tributá-la, portanto, mas para comprá-la!
O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 09-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
Como se não bastasse, agora se tenta criar uma nova classe de ativos financeiros, geridos por uma nova categoria de empresas, as “Empresas de Ativos Naturais” (NAC). É a monetização geral da natureza sob a tutela da bolsa de valores. Assim acabam por comprar pedaços do Planeta, aquele ambiente que nós consideramos bem comum, para ganhar dinheiro.
Por essas razões, hoje há uma manifestação em Roma e se pede para assinar a petição "Vamos liberar a água - Queremos a água como um bem comum público mundial e fora da bolsa!". Não nos deixemos paralisar pela costumeira consideração de que eles são demasiado poderosos e que nós nunca conseguiremos.
Mesmo no passado recente, tivemos sucesso. Coragem, a água, o ar, a terra, o nascer e o pôr do sol, as montanhas e o céu não são de ninguém. Não, desculpem, são de todos.
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Vamos tirar a água da Bolsa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU