29 Outubro 2021
O cardeal Gerhard Müller disse que a Santa Sé deve intervir no processo sinodal alemão para apontar a distinção entre a fé católica e algumas das ideias heréticas que estão sendo promulgadas no país.
A reportagem é de James Roberts, publicada em The Tablet, 27-10-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Em particular, o ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé destacou que “a bênção de Deus é sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher”. Na Alemanha, muitos padres têm abençoado uniões do mesmo sexo.
Müller falou com Raymond Arroyo no programa The World Over, da EWTN, no dia 21 de outubro. No que diz respeito à crise dos abusos na Igreja, ele disse que a crise teve origem em uma falha por parte de padres individuais em obedecer aos Mandamentos e que não se trata de uma crise do sacerdócio em si.
Com relação à descrição feita pelo papa, em sua videomensagem no dia 16 de outubro para o Encontro Mundial dos Movimentos Populares, referindo-se aos manifestantes do assassinato de George Floyd como um “samaritano coletivo”, o cardeal Müller disse que, embora seja essencial insistir que todo ser humano é igual perante Deus, “não se pode instrumentalizar o amor [ao próximo] para ganhos políticos ou para destruir a vida dos outros”.
No encontro do dia 9 de outubro entre Francisco e a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, ele disse que esperava que o papa dissesse “na cara dela” que “você, como católica, não pode de forma alguma projetar o aborto como um direito humano”.
Enquanto isso, escrevendo na First Things no dia 21 de outubro, Charles Chaput, arcebispo emérito da Filadélfia, criticou o Papa Francisco pela sua “sensibilidade” às críticas de um meio de comunicação, entendendo-se a EWTN. Falando aos jesuítas durante a sua visita à Eslováquia no dia 12 de setembro, Francisco disse que “há uma grande rede de televisão católica que continuamente fala mal do papa”.
“É surpreendente ouvir qualquer papa ser tão pública e pessoalmente sensível a uma perceptível má vontade de alguns comentaristas em uma modesta rede (para os padrões seculares)”, disse Chaput no artigo. “O conflito faz parte do trabalho de todos os bispos. O bispo de Roma não está isento desse triste fardo.”
Chaput continuou: “E Raymond Arroyo da EWTN não representa exatamente a mesma ameaça terrível para a Igreja quanto, digamos, Xi Jinping da China ou figuras significativas na atual liderança dos Estados Unidos”.
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Müller pede intervenção da Santa Sé na Alemanha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU