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Antes de Jerusalém, Eichmann em Buenos Aires ou a mundanidade do mal

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28 Janeiro 2021

"O escritor e jornalista argentino, neto de um sobrevivente do Holocausto, reconstitui neste precioso livro os lugares e a atmosfera em que Eichmann e seus associados reconstruíram suas vidas fantasiando sobre um Quarto Reich. Com um resultado que vai além da inédita exploração histórica e do experimento narrativo bem-sucedido: o de devolver o perfil de Eichmann à sua consistência real", escreve Guido Caldiron, jornalista, em artigo publicado por il manifesto, 27-01-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

"Eu poderia e deveria ter feito mais, mas meu intelecto e minha resistência física não estiveram à altura da missão que me foi confiada, além do fato de que tive a infelicidade de cruzar com hordas de intervencionistas que colocaram entraves no caminho para salvar este ou aquele judeu. No entanto, sou parcialmente culpado do fato de que a eliminação real ou completa, assim como as autoridades a haviam planejado, ou como eu tinha em mente, não pôde ser concluída em sua totalidade”.

Adolf Eichmann está bebendo um cálice de bom vinho, sentado confortavelmente na sala de estar da casa com jardim de um dos seus companheiros de longa data, rodeado por outras figuras que, como ele, deixaram a Europa no final da guerra para fugir de suas responsabilidades e reconstruir suas vidas na Argentina de Perón.

Aquele que tem com Ricardo Klement, o nome que um dos responsáveis pela deportação em massa de judeus para os campos de extermínio escolheu assumir quando chegou ao país em 1950, é agora um compromisso fixo para o círculo de nazistas que em Buenos Aires estão conhecendo uma nova primavera, cultivando o sonho da revanche. Em virtude da cumplicidade de que usufruem, muitos deles estão bem inseridos na economia local, principalmente nos ramos das grandes empresas alemãs e levam uma vida abastada e confortável: a poucos quarteirões fica a residência com piscina de Helmut Gregor, aliás Josef Mengele. O dono da casa, Willem Sassen, que convenceu Eichmann a contar "a sua própria versão" diante de um gravador, com a ideia de poder escrever um possível best-seller, é um homem do mundo, um colaboracionista holandês que fez carreira como jornalista inserido na SS durante a guerra e agora se sustenta vendendo histórias para a LIFE; posteriormente, atuaria também como assessor do ditador chileno Augusto Pinochet.

É a Buenos Aires nazista dos anos 1950 que conta Ariel Magnus, em L’esecutore (O executor, em tradução livre, Guanda, p. 252, euro 18, tradução de Pino Cacucci), o romance que descreve a figura de Adolf Eichmann à luz do contexto em que viveu durante sua fuga para o exterior, antes de ser capturado pelo Mossad em 1960 e sua transferência para Israel para ser julgado. O escritor e jornalista argentino, neto de um sobrevivente do Holocausto, reconstitui neste precioso livro os lugares e a atmosfera em que Eichmann e seus associados reconstruíram suas vidas fantasiando sobre um Quarto Reich. Com um resultado que vai além da inédita exploração histórica e do experimento narrativo bem-sucedido: o de devolver o perfil de Eichmann à sua consistência real.

Em particular, a obra de Magnus, inspirada naquela da historiadora alemã Bettina Stangneth (A verdade do mal, Luiss, 2017) que analisou toda a trajetória do criminoso nazista entre 1945 e 1960 e toda a documentação relativa, a partir das transcrições dos "diálogos" com Sassen, inverte a imagem do burocrata cinzento do horror que dele Hannah Arendt fez durante o julgamento em Israel, no seu famoso livro A banalidade do mal. Para a filósofa, interessada em refutar as representações do nazismo como "monstruosidade" e ao mesmo tempo estabelecer, através da trajetória de Eichmann, uma espécie de paradigma do que os totalitarismos podem fazer com os indivíduos, transformando o nosso vizinho de casa num zeloso assassino em massa, o homem "simplesmente não tinha ideias".

Dando voz a Eichmann antes de Jerusalém, Ariel Magnus indica com que determinação, mesmo que fugindo e temendo ser identificado, ele e muitos outros criminosos do Terceiro Reich continuaram a ser, em primeiro lugar, nazistas convictos: o produto de um uma ideologia da morte que havia se tornado Estado e havia formado milhões de indivíduos no ódio e na vontade de eliminar seus inimigos. É também por isso que se trata de um retrato de Eichmann que nunca para de questionar o presente.

Leia mais

  • Banalidade do Mal. Revista IHU On-Line, Nº. 438
  • “Aquela dor sem palavras de meu pai salvado por Schindler”
  • Auschwitz
  • O mal não é banal. Eichmann antes do processo de Jerusalém
  • A problematização do mal no julgamento de Eichmann, segundo Hannah Arendt
  • Adolf Eichmann, o homem sem qualidades
  • As polêmicas sobre Arendt a 50 anos do caso Eichmann
  • O mal que desafia a lógica. Considerações de Arendt sobre Eichmann
  • América Latina, os nazistas e o papel do Vaticano
  • Memória do Holocausto. Como desfazer a banalidade do mal
  • Sobre a banalidade do mal
  • "As instituições insuflam os preconceitos". Quatro mil ciganos foram mortos, num só dia, em Auschwitz-Birkenau
  • "Cuidado, o horror continua à espreita": a advertência de Bauman sobre o Holocausto

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