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16 Abril 2019

"Antes de correr nas asas do amor ao encontro do sol, tenho que ver com os olhos e tocar com as mãos inúmeros seres vivos que não sabem o que é um dia de júbilo. Antes de encontrar o amado, tenho que levar esperança aos pobres, migrantes e excluídos, que nunca ouviram falar de amor, nunca foram tocados pelo brilho de um rosto amigo. Por isso, teimosamente aguardam um toque de solidariedade. Tenho que submergir nos “infernos do sofrimento humano” e visitá-los, para que possam levantar-se. Nessa tentativa de subir com eles, ou parte deles, será bem mais festivo meu reencontro com a face radiante do sol", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.

Eis o artigo.

Nasci, senhoras e senhores. Nasci e, ao abrir os olhos, deparei-me de imediato com a face radiosa do sol. Seu brilho iluminou e aqueceu meu corpo. Transmitiu-lhe vida. Foi amor à primeira vista, paixão recíproca. Logo pus-me a acariciar os raios dessa cabeleira dourada, seguindo sua rota diurna. Daí a origem do meu nome: Girassol! Sou, vivo e caminho em função desse amor. É ele que confere razão, significado e profundidade à minha existência.

Desde nosso primeiro encontro, o amor só faz crescer e reforçar entre nós os laços. A cada dia, desde a aurora, o grande astro rejuvenesce meu ser. Toda manhã sinto na pele o toque caloroso de seus dedos apaixonados. Nossa relação torna-se, ao mesmo tempo, sempre mais íntima e sempre mais nova. Novidade que não envelhece, reencontro diário que não esgota a vontade de estar juntos. Proximidade que não degenera em tédio, não satura e nem enferruja a rotina.

De minha parte, procuro vestir-me com as melhores roupas que pude encontrar. Eu mesmo as teço com os fios mais coloridos, entrelaçando cores e tons. Enfeito minha cabeça com o que há de mais belo e perfumado. Meu corpo se mimetiza ao verde vivo da natureza. Tudo faço para acompanhar de perto a trajetória cotidiana do amado. Nossa existência consiste em um misto de alegria, troca de beijos e festa. Pouco me importa o quanto durará, ou quando terei de voltar ao pó da terra. Importa que, enquanto vivos, sejamos inteiros um para o outro.

Antes de nascer, entretanto, senhoras e senhores, passei por sofrimentos inauditos. Conheci nas entranhas as dores e contrações do parto. Depois aprendi que, além de nascer, também o ato de crescer é doloroso. Exige escolhas e renúncias, aproximações e despedidas. Meus primeiros passos tropeçaram no terreno acidentado do ciúme e da vingança. Mal conseguia balbuciar, era difícil juntar palavra com palavra. Até que entendi a linguagem muda da cor e do gesto, do olhar e do sorriso, dos braços abertos, do estar lado a lado com quem se ama.

Verdade que existem as noites, longas e por vezes vazias. O amado se retira, se ausenta. Mas sua ausência, ao deixar-me só, permite que minha memória seja povoada com nossas mais belas recordações. A noite então se reveste de estrelas. E estas viram pérolas de nosso tesouro comum. Curvo a cabeça e admiro o brilho e a beleza de cada pérola. Assim, não me sinto só em meio ao deserto. Além disso, sei que ele voltará com o passar da madrugada. Volta mais quente e renovado. E encontra igualmente renovada a minha vida pois, no silêncio, pude visitar o íntimo de minha alma, descobrindo nela novos segredos que hão de enriquecer a ligação.

Dia e noite, a paixão toma o coração, a mente e o espírito. Ao calor do sol, acabei por murchar e queimar minhas vestes. Meu corpo franzino e alquebrado ficou exposto à luz crua do meio dia. Em lugar de vergonha, porém, tive ocasião de penetrar mais fundo o mistério da vida. Descobri as sementes que em mim se ocultam. Trazem em germe meu corpo recriado. Aos punhados, atirei-as ao vento, certo de que uma ou outra cairá em terra fértil. Haverei, pois, de renascer para reencontrar o sol e retomar nosso amor temporariamente interrompido...

Mas a breve interrupção, senhoras e senhores, não deixa de ser penosa. Antes de erguer-me do chão, tenho que mergulhar as raízes na terra fria, escura e úmida. Antes de levantar a cabeça em direção ao ar livre, tenho que dobrar os joelhos diante dos vermes que, sobre o próprio ventre, rastejam no pó e na lama. Antes de correr nas asas do amor ao encontro do sol, tenho que ver com os olhos e tocar com as mãos inúmeros seres vivos que não sabem o que é um dia de júbilo. Antes de encontrar o amado, tenho que levar esperança aos pobres, migrantes e excluídos, que nunca ouviram falar de amor, nunca foram tocados pelo brilho de um rosto amigo. Por isso, teimosamente aguardam um toque de solidariedade. Tenho que submergir nos “infernos do sofrimento humano” e visitá-los, para que possam levantar-se. Nessa tentativa de subir com eles, ou parte deles, será bem mais festivo meu reencontro com a face radiante do sol.

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