28 Fevereiro 2019
Atualmente, a produção de hortaliças em grandes cidades está aumentando. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo busca fomentar esta prática por meio do Instituto Biológico, trazendo dicas de como tornar as hortas caseiras mais sustentáveis, utilizando inimigos naturais em vez de defensivos agrícolas.
A reportagem é publicada por EcoDebate, 27-09-2018.
Predadores, parasitoides, nematoides, bactérias e fungos entomopatogênicos são inimigos naturais que protegem as plantações das pragas e doenças. O controle biológico, uma técnica do Manejo Integrado de Pragas (MIP), utiliza esses inimigos para manter o equilíbrio natural, tornando a plantação mais saudável.
“O controle biológico é o componente de maior importância do MIP”, menciona o pesquisador Mário Sato, que trabalha no Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal do Instituto.
O controle das pragas ocorre naturalmente, em muitos casos não há necessidade da aplicação de inseticidas e acaricidas, pois causam desequilíbrio ao plantio. “O produtor tem de trabalhar para manter o equilíbrio do ambiente, ou seja, não aplicar qualquer produto, fazer uma boa adubação e uma irrigação adequada, para não ter uma infestação elevada de pragas, que pode causar injúrias à cultura”, explica Sato.
Em cultivos de hortaliças, a presença de insetos (pragas) é comum e o número de inimigos naturais é baixo. Nesse caso, a introdução de predadores, parasitoides ou nematoides, é necessária para o controle biológico ser efetivo.
Diversos inimigos naturais, como ácaros predadores, já são comercializados e são fáceis de serem utilizados, pois quando liberados no campo se dispersam por conta própria. Já o defensivo agrícola necessidade de pulverização, por toda a horta. Entretanto, “existe a possibilidade de o controle biológico ser associado ao controle químico, mas tem que haver cuidado ao aplicar a técnica, pois o defensivo pode prejudicar o inimigo natural”, afirma o agrônomo.
Funciona assim: quando existe praga, o inimigo natural controla e à medida que as pragas vão diminuindo, ele simplesmente vai embora, – não existe risco do inimigo se tornar praga. “Na maioria dos casos, o produtor precisa reintroduzi-los em sua plantação, pois em cultivos de hortaliças há uma troca frequente de cultivares”, finaliza Mário Sato.
Uma adubação exagerada, com irrigação inadequada (excesso ou falta de água), causa estresse às plantas. Isso favorece a criação de pragas e doenças.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Controle biológico de pragas em hortas urbanas: Uma proteção sustentável - Instituto Humanitas Unisinos - IHU