Discurso de Bolsonaro em Davos não combina com realidade de seu governo

Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil falando durante a sessão: “Discurso Especial de Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil” na Reunião Anual de 2019 do Fórum Econômico Mundial em Davos, 22 de janeiro de 2018. Centro de Congressos – Salão de Congressos. Fórum / Christian Clavadetscher

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Janeiro 2019

Nota do secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, publicada por Observatório do Clima, 22-01-2019.

Eis a nota.

O presidente Jair Bolsonaro merece cumprimentos por ter destacado, em seu discurso no Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (22), a necessidade de harmonia entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Bolsonaro também se comprometeu a trabalhar juntamente com o resto do mundo pela diminuição das emissões de CO2 – é a primeira vez que o presidente menciona luta contra a mudança climática de forma positiva, sem senões ou condicionantes.

Infelizmente, o discurso não combina com a realidade dos primeiros 21 dias de administração Bolsonaro. O governo federal tem agido de forma concreta para subjugar a agenda ambiental ao agronegócio e desmantelar a governança climática. Os resultados podem ser vistos no chão: o desmatamento na Amazônia está em alta e uma onda de invasões de terras indígenas está em curso.

O presidente precisa agir rapidamente para corrigir o rumo se suas palavras em Davos foram sinceras. Do contrário, a comunidade internacional e os brasileiros mais vulneráveis ficarão com declarações vazias, e a economia brasileira verá mercados se fecharem e investidores irem embora.

Leia mais