Relator da reforma trabalhista vai comandar Previdência de Bolsonaro

Reforma trabalhista relatada por Marinho destruiu direitos sem criar os empregos prometidos (Foto: Alex Ferreira | Câmara dos Deputados)

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Dezembro 2018

Deputado Rogério Marinho promete aprovar mudanças nas aposentadorias no primeiro semestre do próximo ano. Modelo chileno defendido por Paulo Guedes levou a maioria dos aposentados do país a receberem menos que um salário mínimo.

A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 12-12-2018.

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) vai comandar a Secretaria Especial de Previdência Social do governo Bolsonaro, que vai ficar submetida ao Ministério da Economia. O nome de Marinho foi confirmado nesta terça-feira (11) pelo futuro ministro Paulo Guedes.

Marinho foi o relator da "reforma" trabalhista do governo Temer, aprovada em 2017. Ele tentou se reeleger, mas foi derrotado. Agora, deverá fazer a articulação com o Congresso Nacional para tentar aprovar a proposta de reforma da Previdência. Ele promete aprovar mudanças nas aposentadorias ainda no primeiro semestre de 2019, mas ainda falta clareza na equipe de Bolsonaro sobre o modelo previdenciário a ser adotado.

Durante a campanha, Guedes defendeu o modelo de capitalização para as aposentadorias. Essa proposta é criticada, pois impõe que a contribuição seja feita apenas pelos trabalhadores em contas individuais. É o mesmo modelo que foi aplicado no Chile, ainda durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Hoje, 91% dos aposentados chilenos recebem em média R$ 694, menos do que o salário mínimo vigente no país.

Já a reforma trabalhista que, segundo o governo Temer, estimularia a criação de empregos, também não vem mostrando resultados. Segundo dados do IBGE, o número de desempregados só registrou queda recente por conta do crescimento da informalidade. O total dos trabalhadores sem direito a aposentadoria, fundo de garantia, férias e 13º salário chegou a 11,6 milhões, em outubro, um aumento de 5,9% em relação a igual trimestre de 2017.

Leia mais