17 Outubro 2018
“Espero que o documento final do Sínodo seja provocativo e que revolva as águas, porque temos necessidade disso”. Foi o que disse o ‘cardeal em chefe’ do Sínodo dos Bispos, Lorenzo Baldisseri, que, sempre às ordens do Papa, procura conduzir o barco sinodal a um bom porto, evitando as armadilhas internas e externas.
A reportagem é de José Manuel Vidal, publicada por Religión Digital, 16-10-2018. A tradução é de André Langer.
Depois de um longo dia, deixa a sala sinodal já noite (em Roma, anoitece às 19h), sem trajes cardinalícios. Vestido com um clergyman e usando um boné de feltro, parece um padre a mais do Vaticano. Mas ele é um dos homens da máxima confiança de Francisco, desde quando, após ser eleito Papa, colocou seu barrete cardinalício na cabeça do então secretário do conclave.
Como bom músico e consumado pianista, tem habilidades de comando e de diretor de orquestra. Este já é seu segundo Sínodo como secretário geral e, talvez por isso, valoriza muito o ambiente “de boa onda incrível que se respira e se vive dentro e fora da sala”.
Na sua opinião, este bom clima sinodal está contribuindo para a dinâmica mais participativa que se criou neste Sínodo, onde os jovens, apesar de serem apenas 34 em comparação com os mais de 250 padres sinodais, se fazem muito presentes. Cada jovem tem seus quatro minutos, como qualquer padre sinodal, e, além disso, “com a autoconfiança própria da idade mostram suas opiniões em voz alta”.
E conta uma anedota a este respeito.
“Um dos jovens do Sínodo aproximou-se do Papa e lhe disse:
- Santidade, se não gostamos de alguma coisa, podemos assobiar?
- Bem, para mim, sim; para os outros, é melhor não fazê-lo, mas sintam-se sempre livres”.
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Cardeal Baldisseri: “Precisamos que o documento final do Sínodo seja provocativo e revolva as águas” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU