12 Setembro 2018
Por ocasião da apresentação de um livro – sobre o qual, nestes dias, fala-se mais mal do que bem – a atual situação da Igreja, após o tríptico dos últimos meses, “Pensilvânia-McCarrick-Viganò”, foi associada à tragédia do 11 de setembro em Nova York e em Washington.
O comentário é de Luis Badilla, publicada em Il Sismografo, 11-09-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Seguramente, é uma brincadeira que agradará a alguns jornalistas e a um certo público, mas talvez o mais adequado seria não criar confusão e respeitar na recordação e na dor essa tragédia que não afetou só o povo estadunidense.
Seria igualmente oportuno não associar a tragédia da pedofilia clerical a coisas que não têm nada a ver com a sua profunda gravidade, em particular com os sofrimentos das vítimas.
Se se quiser falar sobre o drama da pedofilia na Igreja, é melhor enfrentá-la claramente, de rosto aberto, sem imagens midiáticas, incidindo profundamente na sua dimensão, nas suas causas; promovendo medidas e estratégias eficazes para combatê-la.
Nunca se deve, nem sequer se animados por boas intenções, menosprezar o debate sobre essa chaga, e, portanto, devem-se evitar todas as banalizações. Combate-se a pedofilia clerical falando claramente, sem dar piscadelas a ninguém, chamando as coisas pelo nome, identificando as raízes e fazendo de tudo para pôr fim a essa tragédia.
Os mal-entendidos, em uma matéria tão humanamente delicada, estão sempre à espreita. A melhor maneira de evitá-los é usar uma linguagem transparente, inequívoca e sem fogos de artifício.
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"Deixem quieta a tragédia do 11 de setembro. Ela não tem nada a ver com a pedofilia clerical" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU