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Canonização de Romero por Francisco cimenta a herança duradoura de ambos

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13 Março 2018

"De fato, Francisco foi eleito papa em março de 2013 e, em abril de 2013, ordenou que a causa de Romero, que havia sido deixada de lado, retomasse o seu curso. Desde então, o interesse pessoal de Francisco por Romero o levou a promover, com vigor, a causa", escreve Carlos X. Colorado, advogado salvadorenho-americano que vive e trabalha em Los Angeles. O seu blog, Super Martyrio, acompanha a causa de canonização de Romero, em artigo publicado por Crux, 09-03-2018. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Eis o artigo. 

O anúncio desta quarta-feira, 7 de março, de que o Papa Francisco aprovou o reconhecimento de um milagre que pavimenta o caminho para a canonização do mártir Dom Oscar Romero, não só significa que os salvadorenhos verão o seu filho favorito ser elevado à “glória de Bernini”. O resto do mundo também irá ver Francisco conferir uma auréola ao santo que, com razão, mais incorpora o seu pontificado.

Esse momento é uma reminiscência de quando São João Paulo II canonizou a também polonesa Irmã Faustina Kowalska, que lançou a devoção à Divina Misericórdia. Tão estreita era essa relação que o próprio João Paulo foi subsequentemente beatificado e canonizado no domingo da Divina Misericórdia.

No caso de Francisco e Romero, podemos apontar três laços que unem o papa e o novo santo.

Em primeiro lugar, Francisco e Romero vêm de um mesmo lugar. A época é o período depois do Concílio Vaticano II (1962-1965) e o lugar é a Igreja latino-americana tentando interpretar este concílio para a realidade local.

Com justiça tem sido observado que os ensinamentos dos bispos latino-americanos na sua conferência em 2017 ocorrida em Aparecida-SP, em que o então Cardeal Mario Bergoglio foi o principal relator, transformaram-se na marca do papado de Francisco. O evento em Aparecida foi precedido por duas conferências fundamentais realizadas na cidade de Medellín, na Colômbia, em 1968, e na cidade de Puebla, no México, em 1979, que forneceram um manual para Romero.

De Medellín e Puebla, podemos traçar uma rota até Aparecida. Ambos Francisco e Romero são filhos do CELAM (a conferência episcopal dos bispos da região) e do seu magistério.

Em segundo lugar, Francisco parece ser profundamente interessado em Romero.

Ao falar a peregrinos salvadorenhos em outubro de 2015, Francisco revelou que formou fortes impressões a respeito de Romero nos últimos anos de vida do arcebispo. Lamentando que o salvadorenho fora severamente criticado dentro da Igreja, Francisco disse: “Eu era um jovem sacerdote e testemunhei isto: ele foi difamado, caluniado, teve sua memória manchada e seu martírio continuou, inclusive por seus irmãos no sacerdócio e no episcopado. Não falo por ter ouvido dizer; eu mesmo ouvi estas coisas”.

Francisco fez a sua admiração por Romero ainda mais evidente em 2007 em Aparecida, quando teria dito aos clérigos salvadorenhos que, se tivesse sido eleito papa em 2005 (quando, segundo rumores, ficou em segundo lugar no conclave daquele ano), “a primeira coisa que eu teria feito é ordenar a beatificação de Dom Romero”.

De fato, Francisco foi eleito papa em março de 2013 e, em abril de 2013, ordenou que a causa de Romero, que havia sido deixada de lado, retomasse o seu curso. Desde então, o interesse pessoal de Francisco por Romero o levou a promover, com vigor, a causa.

Em 2014, quando perguntado sobre o estado atual da causa, Francisco sinalizou publicamente que “neste momento os postuladores precisam prosseguir, porque não há obstáculos”. Fontes da Igreja salvadorenha informaram que Francisco circulou pessoalmente ordens sobre documentos de Romero presentes em vários departamentos vaticanos para que eles fossem consolidados na Congregação para as Causas dos Santos, levando as pessoas a brincarem dizendo que o papa estava assumindo um papel mais ativo do que os próprios postuladores. Quando os cardeais e bispos da Congregação votaram a favor de reconhecer Romero como mártir em fevereiro de 2015, Francisco recebeu o decreto no mesmo dia para a sua aprovação.

Em terceiro lugar, e o que não nos deve surpreender, Francisco e Romero compartilham valores profundamente sentidos – sobretudo uma paixão permanente pelos pobres.

Já nos primeiros dias de seu pontificado, Francisco confessou: “Como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres”. Quarenta anos antes, em 1978, Romero declarava: “Nunca tivemos vergonha de dizer ‘a Igreja dos pobres’”. A extensão do trabalho de Romero na defesa dos pobres – e o preço pago por ele – permanecerá por muito tempo como um testamento àquilo que a doutrina social da Igreja se refere quando fala em “opção preferencial pelos pobres”.

Em sua defesa corajosa dos pobres, Romero parecia testar aquilo que mais tarde se tornaria o plano programático do pontificado de Francisco. Francisco insiste que a Igreja deve “sair” para as periferias do mundo; em 1980, Romero declarava uma “bela e difícil verdade: a de que a fé cristã não nos afasta do mundo, mas nos imersa nele, que a Igreja não é uma fortaleza à parte da cidade”; pelo contrário, “segue a Jesus que viveu, trabalhou, lutou e morreu no meio de uma cidade”.

Em seus três anos de arcebispo, Romero abandonou o circuito socialite costumeiro de seus antecessores e viajou para as regiões pedregosas e bairros remotos de sua arquidiocese, por vezes enfrentando checkpoints militares hostis para chagar aos locais.

Francisco prega que a Igreja deve “acompanhar” as pessoas e os grupos historicamente esquivados pelas instituições eclesiais como parte de sua evangelização; de novo, aí está Romero: “A Igreja autêntica é aquela que não se importa em conversar com as prostitutas, os publicanos e pecadores, como Cristo fazia – e com marxistas e membros do Bloc (grupo guerrilheiro) e com aqueles dos vários movimentos políticos – a fim de levar-lhes a verdadeira mensagem de salvação”.

Francisco acredita que a Igreja deve buscar a autenticidade abraçando a humildade e evitando expressões externas de poder e ambição. Ele declinou os apartamentos papais em favor dos quartos de hóspedes do Vaticano e adotou uma vestimenta em cerimônias papais com base neste princípio. De sua parte, Romero mudou-se da residência episcopal indo morar numa pequena construção nas dependências de um hospital para pacientes com câncer em estado terminal, onde viveu em condições de austeridade, inclusive para os padrões salvadorenhos.

O que pode ser a convergência mais importante entre Francisco e Romero, entretanto, não é tanto um emparelhamento perfeito, e sim uma compensação temática. Talvez mais do que qualquer outro valor, Francisco é identificado com aquilo chama de “um Kairós da Misericórdia”: Francisco crê que esta nossa época representa um momento propício para a Igreja mostrar a disposição inesgotável de Deus a perdoar as nossas falhas.

Romero, por sua vez, enfatizava não a misericórdia, mas a justiça – valor normalmente considerado o contraponto teológico à misericórdia. Ao pregar a penitência e a conversão, frequentemente numa linguagem dura, Romero insistia: “Se esta observação de Jesus alguma vez valeu, então é com certeza agora, neste momento em El Salvador, quando a vida, em todos os lugares, está em perigo: Arrependei-vos! Que não nos encontremos no caminho do pecado e da injustiça, muito menos no caminho do crime e da desordem!”

Que fique claro: nenhum dos dois promove uma só virtude a ponto de excluir a outra; com efeito, ambos reconheceriam a associação entre as duas coisas. Todavia, não se pode negar que Francisco é tido como um anjo da misericórdia, e Romero como um profeta da conversão e penitência.

Mesmo assim, onde as suas abordagens diferem, Francisco e Romero visam um mesmo objetivo: uma Igreja relevante para o mundo moderno e fiel ao Evangelho. A canonização de Romero por Francisco, portanto, talvez consolide a herança duradoura deles dois.

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