Nessa quarta-feira, 21, o padre Jordi Bertomeu, que substitui temporariamente Dom Charles Scicluna, enviado do papa para a questão “Karadima-Barros”, no fim de seu intenso dia na casa das Pontifícias Obras Missionárias, encontrou-se com um grupo de leigos da diocese de Osorno. Diocese que é liderada, desde janeiro de 2015, por Dom Juan Barros, prelado que uma parte da comunidade eclesial contesta, por ter sido acusado por três vítimas do padre Karadima de ter acobertado abusos sexuais do sacerdote processado e condenado em sede civil e canônica. Dom Barros sempre foi considerado um importante discípulo da Pia União Sacerdotal do Sagrado Coração, fundada por Fernando Karadima.
A reportagem foi publicada por Il Sismografo, 22-02-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os leigos de Osorno, nessa quarta-feira, eram liderados por Juan Carlos Claret e Mario Vargas, e, junto deles, também estava o missionário alemão-chileno Peter Kliegel. Essas pessoas, falando com os jornalistas, disseram que entregaram ao Pe. Bertomeu três pastas contendo 1.500 folhas, onde “há evidências sobre o acobertamento de Juan Barros e também sobre a grave crise que a diocese vive há mais de dois anos”.
Depois, acrescentaram: “Não queremos que o núncio apostólico, Dom Ivo Scapolo, e nenhum bispo chileno metam o nariz nessa investigação. Eles devem vir apenas para dar testemunho, e nada mais. Nunca permitiremos que eles tenham outros papéis”.
Sobre a hospitalização de Dom Scicluna, Claret, temendo que alguém decida não dar seu testemunho, lançou um convite sincero a se apresentarem mesmo assim. “O Pe. Bertomeu oferece as mesmas garantias que Dom Scicluna”, disse.
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