25 Janeiro 2018
A luta dos Awa Guarani no extremo oeste do Paraná é uma peleja de vida ou morte, sua demanda por um naco de terra suficiente para sua manutenção e vivência enquanto povo vem de décadas, enquanto isso não ocorre por desídia e cumplicidade do Estado brasileiro, perecem, morrem de doenças, fome, suicídio.
A informação é de Dr. Marcelo Chalréo e Diego Pelizzari, publicada por CEBs do Brasil, 24-01-2018.
Confinados em minúsculos pedaços de terra, amargam toda sorte de preconceito e racismo por parte de membros das elites locais que os querem, quando querem, como mão de obra barata que se pode usar, moer e jogar fora. Não têm acesso a bens e serviços públicos, e, quando conseguem, são atendidos como gente de terceira ou quarta categoria.
Tratados com desprezo e invisibilizados há décadas e décadas, resistiram à grilagem de terras públicas decorrente dos loteamentos criminosos dos anos 40, 50 e 60 perpetrados pelos governos do Paraná no século passado, à megalomania de Itaipu – binacional, ao agronegócio que tudo devasta, destrói e engole.
Mas mesmo diante de toda essa devastação que os devassa enquanto gente e povo, resistiram e resistem ante o irretorquível direito de um lugar ao sol ; contando com o apoio de poucos e poucas, o desmantelamento dos órgãos do Estado responsáveis pelas políticas indigenistas, demandam e têm milenar e secular direito, como direito natural, inscrito desde sempre em todos os códigos dos direitos dos homens e das mulheres, à demarcação dos seus ancestrais territórios, como espaço de vida e bem viver, pois sem isso não são e jamais serão Awa Guarani.
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Awa Guarani – Terra Roxa e Guaíra: racismo, preconceito e extermínio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU