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Para tribo da Amazônia, a floresta é o mundo inteiro

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09 Novembro 2017

Quando Japarupi Waiãpi olha para a densa folhagem da Floresta Amazônica, vê tudo o que precisa para viver, e que nas cidades só é encontrado em supermercados, farmácias e lojas de móveis.

A reportagem é publicada por Amazônia.org, 08-11-2017.

Alimentos como coco, tubérculos e bananas crescem de forma abundante. Animais e peixes estão disponíveis para a caça e a casca de muitas árvores é usada como medicamento.

A oferta é variada. De acordo com o tipo de madeira, “vemos tetos, arcos e pontas de flechas”, diz Japarupi Waiãpi, de 45 anos, no coração desta tribo.

A lista de objetos acessíveis para serem aproveitados é infinita: palmas com as quais fazem mochilas, cabaças partidas como tigelas, cana para ser usada como canudo, folhas de bananeira transformadas em toalhas de mesa e ossos de animais em ferramentas.

“Não dependemos do comércio, nem do dinheiro”, afirma Japarupi Waiãpi, orgulhoso de que sua tribo tenha sabido conservar uma autossuficiência difícil de se imaginar a menos de duas horas de estrada.

“Digo ao meu filho: ‘você não tem que abrir mão em nada ao homem branco. Confie na floresta. Confie nos rios’”.

Os Waiãpi também acreditam que, assim como a maior floresta tropical do mundo zela por eles, sua tribo de 1.200 membros está em uma posição única para cuidar da Amazônia, fundamental para a regulação climática do planeta.

Há décadas os Waiãpi e outras tribos estão sob a pressão de mineradores, pecuaristas e madeireiros, que, no melhor dos casos, consideram os índios um estorvo. Essa pressão se intensificou em agosto, quando o presidente Michel Temer abriu para a mineração estrangeira uma vasta reserva que margeia o território Waiãpi, conhecida como Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca).

Temer voltou atrás um mês depois pelas fortes críticas de ambientalistas em todo o mundo. Mas os Waiãpi dizem que ficarão em alerta enquanto estiverem de pé.

“Essa é a floresta onde vivemos e somos os únicos que cuidamos dela”, afirma Tapayona Waiãpi, de 36 anos, que mora na extremidade do território Waiãpi.

Cura e espíritos

Caminhando pela floresta, os Waiãpi advertem os repórteres para que mantenham seus olhos abertos e fiquem atentos aos perigos. Uma planta longa, fina e inofensiva à primeira vista é tão venenosa que os homens da tribo, vestidos apenas com tangas vermelhas, evitam até mesmo se aproximar dela.

“Isso é a Amazônia, pode acontecer qualquer coisa”, sentencia Jawaruwa Waiãpi, de 31 anos.

Mas para aqueles que sabem para onde olhar, a floresta é mais amigável do que ameaçadora.

Akitu Waiãpi, de 24 anos, para a cada 20 metros para explicar os benefícios de alguma árvore. A casca de uma ajuda a curar a diarreia, a de outra diminui a febre, enquanto uma terceira ajuda na cicatrização.

Muitos troncos mostram as marcas das cascas arrancadas.

“Há muitos elementos medicinais na floresta e quando precisamos, simplesmente vamos buscar”, diz Akitu Waiãpi.

O mundo dos animistas Waiãpi também está povoado de espíritos que habitam em árvores, rios e animais.

Uma árvore enorme – Dinizia excelsa, de madeira muito dura -, com extensas raízes, “abriga toda uma comunidade invisível (de espíritos)”, diz Jawaruga Waiãpi.

“Há de tudo ali dentro, mas não podemos ver”, acrescenta.

Mensagem dos animais

Ironicamente, a agricultura Waiãpi depende do corte de árvores, mas de forma sustentável.

Como muitos outros índios, a tribo usa uma técnica de corte e queimada, ou de agricultura itinerante, mediante a qual abre-se um terreno cortando árvores que deixam secar antes de queimá-las, e as cinzas fertilizam o solo.

Plantam principalmente tubérculos e alimentos básicos. Quando o solo se esgota, os Waiãpi deixam o espaço improdutivo, se mudam e cortam outra área.

Se aplicada em larga escala, o corte e a queimada podem devastar um ecossistema. Mas se for realizado por uma tribo tão pequena em uma área grande, as zonas improdutivas têm tempo de se recuperar, criando um ciclo saudável.

Japarupi Waiãpi diz que seu povo sabe manter o equilíbrio e que a aldeia muda de lugar “quando a terra e o rio se cansam”.

O impacto ambiental dos Waiãpi é incrivelmente pequeno e eles não têm nenhuma intenção de aumentá-lo.

“Quando você mora na floresta, quando aprende a ouvir a música dos animais, tudo é diferente”, explica Japarupi Waiãpi, durante um almoço em que é servida carne de macaco defumada.

“Compreendemos e podemos falar com os animais”, insiste.

Devido, provavelmente, à surpresa que suas palavras provocam nos visitantes, Japarupi Waiãpi junta suas mãos e emite três assobios, cada um com ligeiras vibrações.

Seguem cinco segundos de silêncio.

E logo, de algum lugar da copa das árvores, um pássaro parece responder. Por enquanto, ao menos, os Waiãpi e sua amada Amazônia convivem em harmonia.

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