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A ira de Jesus censurada

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30 Setembro 2016

"Portanto, ira, indignação, cólera estavam presentes na vida de Jesus, como testemunho de sua fé convicta, de sua paixão pela justiça, de sua urgente palavra profética que queria mantê-los acordados, não deixar se adormentarem, admoestá-los enquanto havia tempo".

O comentário é do monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por Jesus, 25-09-2016. A tradução é de Ramiro Mincato.

Eis o artigo.

Na atual estação eclesial, marcada pelo interesse e pesquisa sobre a humanidade Jesus, continua presente, porém, certa timidez na apresentação e análise dos sentimentos de Jesus. Particularmente, evita-se, na leitura dos comportamentos de Jesus, as atitudes relacionadas com ira, cólera, indignação. Tem-se a impressão, às vezes, de que se quer apresentar um Jesus homem como nós, mas adocicado, oleográfico, talvez porque a ira contrasta com a dominante necessidade de bondade, benignidade, remoção e negação do conflito. No entanto, se tomarmos o evangelho mais antigo, o de Marcos, este traço de Jesus - mitigado pelos outros evangelistas e por vezes, até mesmo ausente - emerge claramente: a ira, a cólera, a indignação são não apenas sentimentos humanos que não denotam caminhos pecaminosos, mas são realmente sinal de que em Jesus tinha paixão e convicções fortes. A cólera é uma reação à indiferença, ao silêncio cúmplice, à tolerância aquiescente, à clemência de baixo preço, todas estas atitudes que acompanham os que não conhecem o amor, a paixão do amor. A cólera é a outra face da compaixão! Por isso, não se pode esquecer as palavras duras de Jesus, sua invectiva, suas atitudes contra algumas situações, e às vezes até mesmo contra os próprios discípulos. A ameaça, a invectiva deve ser feita, pronunciada como advertência urgente e forte, não como juízo de condenação!

No Evangelho de Marcos encontramos, em primeiro lugar, o verbo orghízomai, encolerizar-se, que aparece como sentimento de Jesus diante do leproso (Mc 1,41). Por que Jesus se encoleriza diante do leproso? Porque sente indignação diante da proscrição daquele doente. Na compaixão que se eleva das suas entranhas há também esse sentimento de indignação, que grita: "Não é justo! Por quê?" Esta é uma santa cólera, que protesta diante do sofrimento dos homens concretos encontrados por Jesus.
Mas a cólera de Jesus também se manifesta contra os “justos inveterados", os supostos observantes da Lei.

Quando entrado na sinagoga, em dia de sábado, curou um homem com a mão paralisada, os fariseus o observavam para poderem acusá-lo de transgressão da Torá (cf. Mc 3,1-4). E Jesus, dirigindo contra eles um olhar cheio de ira (orghé), e tristeza por causa da dureza dos seus corações ..." (Mc 3,5). Aqui, indignação e ira se leem no olhar de Jesus: um olhar que discerne e adverte severamente aqueles presumidos sãos, aqueles presumidos justos!

Todos também recordam como Jesus agiu após a entrada triunfal em Jerusalém. Chegado em Jerusalém, Jesus entra no Templo e encontra o que não devia estar lá: vê a morada de Deus transformada numa casa de comércio. Então, "tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos para fora, com as ovelhas e os bois; espalhou o dinheiro dos cambistas e derrubou as mesas" (Jo 2,15).

Aqui a indignação e a ira manifestada nas ações de Jesus não são violentas contra as pessoas, mas provocam um dano econômico, um entrave ao comércio praticado no Templo. Geralmente, quando se recorda esta ação de Jesus é só para dizer que ele era violento e não manso. Não, Jesus não cede à violência, não faz violência contra as pessoas, mas cumpre um gesto profético cheio de significado, e o faz com indignação e ira.

Finalmente, conhecemos bem as invectivas dos "Ai de vós!", repetidas sete vezes contra os escribas e fariseus hipócritas (cf. Mt 23,13-32), palavras cuja indignação foi bem captada no filme de Pasolini, quando apresenta Jesus gritando com vigor, palavras cortantes, que desnudam as autoridades religiosas das pompas de seu poder, para mostrar-lhes o que realmente são, em sua maldade!

Portanto, ira, indignação, cólera estavam presentes na vida de Jesus, como testemunho de sua fé convicta, de sua paixão pela justiça, de sua urgente palavra profética que queria mantê-los acordados, não deixar se adormentarem, admoestá-los enquanto havia tempo.

Infelizmente este Jesus é hoje censurado pelas gerações de crentes que não gostam de conflitos, que temem a voz alta, que esquivam-se da urgência do sim ou do não. Estou convencido de que hoje, se Jesus voltasse, muitos cristãos, sobretudo monges e monjas, não o seguiriam, porque o sentiriam demasiado duro, demasiado exigente, não suficientemente dócil e manso: mas eles não são culpados, porque não conheceram o amor com sua paixão forte como a morte, tenaz como o inferno (cf. Ct 8,6).

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