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A diáspora muçulmana para além dos estereótipos

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21 Março 2016

"Nos últimos anos, houve várias ações legislativas que atestam o clima de alarmismo em relação à diáspora islâmica. Podemos lembrar o assim chamado affaire du foulard e a questão dos símbolos religiosos na França; o referendum sobre minaretes na Suíça, em 2009 [...]", escreve Roberto Marinucci, pesquisador do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios e diretor da Revista REMHU - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana.

Eis o artigo.

O intenso fluxo de migrantes e refugiados oriundos de países de tradição islâmica tem colocado o tema da religião e, de forma específica, do Islã no centro do debate político em numerosos países. A tradicional preocupação com os impactos econômicos da acolhida de estrangeiros é acompanhada por intensas discussões sobre a integração de populações cultural e religiosamente diferentes, bem como pela questão da segurança nacional diante do espetro do Daesh (o assim chamado “Estado Islâmico”). Os graves e ainda mal explicados acontecimentos de Colônia, na virada do ano, têm alimentado ainda mais a suspeita e a rejeição em relação a populações com “procedência árabe ou do norte da África”.

Neste contexto, a frente anti-islâmica está assumindo proporções cada vez maiores. Trata-se de uma “santa aliança laica”, nas palavras de Olivier Roy (2008), que abrange segmentos sociais extremamente diversificados: grupos xenófobos, partidos de centro-direita, defensores da assim chamada civilização cristã, vozes laicistas de esquerda e segmentos sociais preocupados com o terrorismo islâmico.

De repente, sociedades fragmentadas e anômicas, afetadas por graves crises econômicas e sociais, se reagrupam em nome de um inimigo comum: o imigrante muçulmano. Ao que tudo indica, em termos de governamentalidade, a “imigração muçulmana” desenvolve na atualidade o papel que na época da guerra fria era ocupado no mundo ocidental pelo espetro do “comunismo”.

O principal efeito desse processo é a difusão da assim chamada “islamofobia”. Esta expressão não possui uma definição unanimemente aceita, mas é geralmente interpretada como um medo irracional e uma visão preconceituosa do universo islâmico, enquanto realidade monolítica e estática, totalmente impermeável ao contato com a alteridade, inferior ao mundo ocidental, “inintegrável” e essencialmente antagônica à lógica dos direitos humanos. A ideologia do Clash of civilizations (HUNTINGTON, 2007) alimenta essa visão estereotipada que transforma a religião islâmica no mais difundido bode expiatório da atualidade (KAYA, 2011). O que nos interessa sublinhar é que a islamofobia, conforme o Council of Europe, quando assume a forma de racismo, discriminação ou violência, se torna “uma violação dos direitos humanos e uma ameaça para a coesão social”.

As consequências em termos sociais são evidentes. Recentemente, vários órgãos de imprensa têm noticiado que, em 2015, atos islamófobos cresceram 60% na Inglaterra e triplicaram na França. Trata-se de agressões físicas e verbais, saques e profanações de lugares de culto, incêndios (ou tentativas), discursos de chamamento ao ódio, ameaças, pichações, entre outros. Destaca-se, de forma específica, a violência contra mulheres com hijab ou niqab, vítimas de xingamentos, cusparadas e agressões físicas nas ruas e nos estabelecimentos escolares. A Anistia Internacional (2012) tem destacado também, num informe sobre discriminação de muçulmanos na Europa, a baixa empregabilidade das mulheres muçulmanas, frequentemente afastadas do trabalho ou não admitidas unicamente por causa do indumentário. 

Mas não é só isso. Nos últimos anos, houve várias ações legislativas (por vezes, tentativas ou promessas) que atestam o clima de alarmismo em relação à diáspora islâmica. Podemos lembrar o assim chamado affaire du foulard e a questão dos símbolos religiosos na França; o referendum sobre minaretes na Suíça, em 2009; as polêmicas relacionadas à construção de um centro islâmico nas proximidades do Marco Zero, nos EUA, em 2010; a proibição das carnes religiosas na Holanda, em 2011; a tentativa de proibição da circuncisão, na Alemanha, em 2012; a assim chamada Lei anti-mesquitas da região Lombardia, na Itália, em 2015; a recente promessa do candidato Donald Trump de proibir a entrada de muçulmanos nos EUA. Ainda que cada um desses eventos mereça uma análise específica, em todos eles a diáspora islâmica é tida como uma ameaça que deve ser rigidamente controlada.

É neste clima hostil que seres humanos tentam reconstruir as próprias vidas: seres humanos que fogem da guerra, da violência do Daesh, das violações de direitos humanos de regimes totalitários apoiados e armados por civilizados países ocidentais. Seres humanos que ousam desafiar a ordem estabelecida, buscando, de forma administrativamente irregular, ingressar em territórios em que não foram convidados. Trata-se de uma ousadia prometeica, imbuída de valores modernos, como a autonomia do ser humano que não se submete passivamente a um destino ou uma ordem supostamente natural ou divina (incluindo não apenas as divindades transcendentes, mas também, e principalmente, aquelas imanentes), mas reivindica o direito de construir e reconstruir a própria história.

Olhar para a diáspora muçulmana para além dos estereótipos significa abrir os olhos para a realidade e, nas palavras de Papa Francisco, “ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece ao mundo” (LS 19), inclusive ao mundo dos migrantes e dos refugiados. A compaixão é o caminho da responsabilidade, da solidariedade e da coesão social. Onde o medo “anestesia os corações” (Homilia do Papa Francisco em Lampedusa, 2013), a lógica do terror e da violência venceu.

Olhar para a diáspora muçulmana para além dos estereótipos significa enxergar os processos de transformação que essas comunidades diaspóricas estão desenvolvendo: iniciativas como “Visit my Mosque Day” atestam o desejo das comunidades islâmicas de serem conhecidas, reconhecidas e julgadas pelo que realmente são e não por enquadramentos e tipificações midiáticas.

Mais ainda, olhar para a diáspora muçulmana para além dos estereótipos significa doar uma oportunidade de sobrevivência ou de inclusão social a quem precisa, derrubando muros e construindo pontes que permitam a criação de uma “cultura de encontro” (Homilia do Papa Francisco em Lampedusa, 2013) que proporcione uma recíproca fecundação.


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