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O amor é sempre surpreendente

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22 Setembro 2017

“Ou está com inveja, porque estou sendo bom? (Mt 20,15)

A reflexão bíblica é elaborada por Adroaldo Palaoro, sacerdote jesuíta, comentando o evangelho do 25° Domingo do Tempo Comum, do Ciclo A (24/09/2017) que corresponde a Mateus 20,1-16.

O evangelho pode ser ouvido clicando no botão abaixo.

 Sabemos que toda parábola é um relato provocativo, instigante, que envolve o ouvinte...

A partir de conceitos simples, tomados da vida cotidiana e que todo mundo conhece, a parábola projeta nossa consciência para um horizonte maior; por estar profundamente conectada à vida, toda parábola mantém sua atualidade através do tempo e das culturas.

O objetivo das parábolas é substituir uma maneira míope de ver o mundo por outra, aberta a uma nova realidade cheia de sentido; igualmente, elas ativam a olhar o mais profundo de nós mesmos e a descobrir possibilidades ainda não conhecidas.

A parábola revela uma pedagogia que permite não dizer nada a quem não está disposto a mudar, e a dizer mais do que se pode dizer com palavras a quem está disposto a escutar. Quem a escuta, deve deixar transparecer em sua presença a mensagem do relato e começar a viver de acordo com o que foi narrado. 

A parábola, em si mesma, dá o que pensar, pois questiona nossa maneira de ser, nos diz que outro mundo é possível e espera de nós uma resposta vital.

Nesse sentido, as parábolas de Jesus não foram dadas por concluídas; elas estão sempre abertas às novas realidades dos ouvintes; por isso, não podem ser entendidas em atitude passiva, pois elas abrem espaço para que cada um entre nelas de maneira criativa. A parábola não é verdade fechada, mas verdade dialogada, onde todo ouvinte deve interpretá-la com sua vida.

Em toda parábola existe um ponto de inflexão que rompe a lógica do relato. Nessa quebra se encontra a verdadeira mensagem. Na parábola do evangelho de hoje, a ruptura se produz no final do relato.

É evidente que, em chave de lógica econômica, esta parábola é estranha, fora do normal. Mas Jesus, semeador de parábolas do Reino, sabe que há uma lógica mais alta, a do poeta criador.

Esta é a lógica da gratuidade e da bondade do dono da vinha que se expressam no gesto generoso de pagar a mesma quantia para os trabalhadores que foram chamados em diferentes horários do dia.

O contexto da parábola é a controvérsia de Jesus com as autoridades judaicas por sua contínua relação com pessoas de duvidosa reputação como os publicanos, pecadores, enfermos, crianças, pagãos e mulheres. Precisamente aqueles que eram considerados impuros e, portanto, excluídos do círculo de santidade. 

Com a parábola do dono da vinha que contrata trabalhadores, Jesus não pretende dar uma lição de relações trabalhistas. Qualquer referência a esse campo não tem sentido. Jesus fala da maneira de comportar-se de Deus para conosco, que está para além de toda justiça humana. Ele nos desafia a entrar em sintonia com esse modo de agir original e gratuito de Deus, contrário à nossa mentalidade utilitarista. A partir dos valores de justiça que manejamos em nossa sociedade, será impossível entender a parábola.

O proprietário daquela vinha tinha uma estranha forma de organizar sua empresa agrícola; não parecia se importar muito com o dinheiro que investia na mão de obra. A relação entre diária e tempo trabalhado não se ajusta aos cânones empresariais do nosso mundo capitalista: não havia feito nenhum MBA em “racionalização de recursos humanos”, “índices de produtividade” ou “salários mínimos, máximos benefícios”... Incompreensível sua atitude: pagou a todos igualmente sem valorar tempo e trabalho realizado. 

A partir da lógica humana, não há nenhuma razão para que o dono da vinha trate com essa deferência ao trabalhador de última hora. Por outra parte, o proprietário da vinha atua a partir do amor absoluto, coisa que só Deus pode fazer. O que a parábola nos quer dizer é que uma relação de “toma lá e dá cá” com Deus não tem sentido. O trabalho na comunidade dos seguidores de Jesus deve fundamentar-se no modo de agir de Deus e ser totalmente desinteressado.

O sistema religioso do tempo de Jesus centrava a prática religiosa no mérito e no pagamento. A salvação se havia convertido num mercado de compra e venda. Jesus questiona a fundo esta mentalidade que tanto mal fez ao povo. A salvação é dom gratuito de Deus. E a graça, que é sempre surpreendente, tem a ver com o amor misericordioso. Deus não maneja nossos esquemas contábeis de rendimento e lucros. Para Deus, tanto os primeiros como os últimos são objeto de seu imenso amor e misericórdia. 

Na realidade, o que está em jogo na parábola é uma maneira de entender a Deus, completamente original. Tão desconcertante é esse Deus de Jesus que, depois de vinte séculos, ainda não o temos compreendido. Continuamos pensando em um Deus que retribui a cada um segundo suas obras. Uma das travas mais fortes que impedem nossa vida espiritual é crer que podemos e temos que merecer a salvação.

O dom total de Deus é sempre o ponto de partida, não algo a conseguir graças ao nosso esforço.

O caminho de cada pessoa é saber-se filho(a) de Deus e comprometer-se na construção do Reino, sendo este um caminho de conhecimento que dura toda a vida. Uns tem o privilégio de compreendê-lo ao amanhecer; outros, no meio da manhã, dão-se conta de que estão sendo chamados; e ainda ao cair da tarde, uns quantos mais entendem que são enviados; por fim, ao anoitecer, todos receberão o pagamento pela sua entrega, seu esforço e sua confiança em Deus.

Considerando o denário da parábola como o amor total de Deus, que não pode ser fragmentado, que não faz distinções e que não considera ninguém como forasteiro ou excluído, é preciso e urgente colocá-lo em circulação como “moeda única mundial”.

O amor de Deus não se fraciona como o dinheiro. Ele é total; paga sem importar-lhe quando as pessoas se deram conta de sua presença. No amor misericordioso de Deus estão implícitas a justiça e a alegria. E a justiça aqui significa “ajustar-se ao modo de agir de Deus”.

Se sairmos de nossos esquemas e entrarmos em sintonia com o modo de agir de Deus, não teremos dificuldades em entender a estranha maneira d’Ele realizar os pagamentos; também nós passaremos a desejar aos nossos irmãos aquilo que Deus sempre desejou: que todos compartilhem igualmente do seu amor surpreendente, superando a estreita visão do mérito e da recompensa; também vibraremos de alegria quando aqueles que, ao cair da tarde, vierem se integrar à nobre missão de construtores do Reino e receberem o único pagamento possível: o denário do Amor de Deus. 

Não percamos tempo pensando e esperando ingenuamente que o FMI ou qualquer outro organismo financeiro vá interessar-se por esta mudança de moeda, já que ela nem é cotada nas bolsas, nem é protegida em paraísos fiscais, nem flutua seu valor conforme convenha a quem move os fios financeiros.

O denário da parábola é cotado no coração humano e quem compreende seu valor quererá compartilhá-lo com cada pessoa que habita este mundo, começando pelos que “ao cair da tarde” estão parados: refugiados, enfermos, excluídos, crianças sem acesso à educação nem atenção sanitária, anciãos que não podem ter uma velhice digna e feliz junto às suas famílias, imigrantes, jovens sem futuro enredados pela violência, profissionais que não podem exercer o que sabem... São tantos os que aguardam!

Quando conseguirmos a “mudança de moeda” em nosso coração, estarão em alta valores como a paz, a tolerância, a fraternidade, o equilíbrio entre a natureza, a justa satisfação das necessidades...

O amor será a única “moeda” aceita por todos; o amor será o único meio para fazer que as diferenças caiam, as distâncias desapareçam, os erros se emendem e a violência se extinga, o perdão sane e o abraço reconforte... Está em nossas mãos a possibilidade e a esperança de concretizar tudo isso. 

 

 

Para meditar na oração

“Por que afligir-se em comparações? Não queira ser o melhor, se certamente não é o pior.

Contente-se por ser diferente na missão que recebe para que algo em você passe a enriquecer os outros.

Deixe-se acompanhar pela eterna surpresa e, encantado, exercite a divina criatividade” (Frei Cláudio)

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