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"Transforme o escritório de polícia em um espaço de acolhida para os pobres". Carta aberta ao Papa Francisco de Ghislain Lafont, monge e teólogo

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06 Julho 2018

“Caro Papa Francisco, destine o monumental palácio atualmente ocupado pela Congregação para a Doutrina da Fé para a acolhida dos pobres, das famílias de migrantes e de outros sem-teto.”

Esse é o pedido do monge beneditino e teólogo francês Ghislain Lafont, professor emérito de teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma.

O artigo foi publicado em Des Moines et des Hommes, 20-06-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Caro Papa Francisco,

Permita-me escrever-lhe uma sugestão, que iria na direção de favorecer, assim me parece, a sua preocupação de guiar a nossa Igreja por caminhos cada vez mais evangélicos. Trata-se de destinar o monumental palácio atualmente ocupado pela Congregação para a Doutrina da Fé para a acolhida dos pobres, das famílias de migrantes e de outros sem-teto.

Dada a localização um pouco descentralizada desse edifício em relação à Cidade do Vaticano, penso que ele poderia ser facilmente isolado dos outros edifícios, já que a entrada é possível pelo portal que está voltado à atual praça do Santo Ofício, de onde se pode facilmente chegar à cidade. Além disso, como o senhor sabe, o edifício já hospeda um refeitório popular na esquina da praça, mantido, creio, pelas irmãs de Madre Teresa.

Se o senhor tomasse tal decisão, creio que a admiração que despertaria no mundo levaria ricas fundações filantrópicas a financiarem de bom grado o trabalho de transformação do palácio em um edifício residencial.

Parece-me que essa nova destinação de uso seria um grande sinal da orientação evangélica da Igreja Católica: uma parte da sua sede central se tornaria, como o senhor diz, um “hospital de campanha”, e tal imagem despertaria a imitação em outras Igrejas, em primeiro lugar dentro da Igreja Católica e depois nas outras.

Por que esse palácio em vez de outro? Porque eu acredito que, como muitas vezes repetia um excelente conhecedor de arquitetura religiosa recentemente falecido, o Pe. Frederic Debuyst, existe em cada espaço um genius loci: um espírito do lugar.

Mesmo antes de entrar lá, respira-se uma atmosfera, que os séculos como que inscreveram nas paredes, e ela condiciona mais ou menos profundamente o estilo, o modo, dos quais o trabalho que se desenvolverá em seu interior ficará inconscientemente impregnado.

Como o senhor sabe, caro Papa Francisco, é somente desde os tempos de Paulo VI que o dicastério hospedado nesse palácio é chamado de “Congregação para a Doutrina da Fé”. Antes, ele se chamava “Santo Ofício da Inquisição Romana”. Também se falava de “Supremo Tribunal da Inquisição”. Ele estava lá para frear os erros, antes que se tornassem heresias, e para julgar os defensores desses desvios: o aspecto doutrinal estava unido a um aspecto legal com uma nuance de jurisdição criminal. A Congregação era, por destinação, antiprotestante, antimoderna, antijudaica, antirreligiões, antinovidades: em uma palavra, “anti” qualquer coisa que pudesse fazer com que a Igreja desviasse de uma “verdade” considerada como consolidada de uma vez por todas e contra a qual os desviantes eram facilmente suspeitos de má-fé e de orgulho.

Sem dúvida, a mentalidade mudou um pouco, mas talvez nem tão profundamente. Porque, por trás dela, há uma longa tradição filosófica de inspiração neoplatônica sobre a natureza, o lugar e os detentores da Verdade, assim como também uma tradição (cristã?) sobre o homem como mais mau do que bom, manchado pelo pecado original e necessitado de ser levado de volta, até mesmo com a coerção, para a verdade da fé (não ouso dizer “do Evangelho”), pois o inferno está mais povoado do que o paraíso, e é preciso salvar as almas.

Ora, uma análise imparcial dos textos recentes ou das decisões da Congregação demonstraria, indubitavelmente, que o genius loci do palácio infelizmente, às vezes, ainda está trabalhando, embora em formas diferentes em comparação com o passado.

Eu acredito, caro Papa Francisco, que a supressão dessa Congregação também seria um lembrete às Igrejas particulares e às conferências episcopais: em primeiro lugar, a realmente escutar todos os cristãos dessas Igrejas, a fim de captar o seu senso da fé sobre o tema em questão e, portanto, a fim de que se sintam sinodalmente responsáveis pela caridade, pela esperança e pela fé que vivem nessas comunidades, sem descarregar tudo, mais ou menos conscientemente, em caso de dificuldade, sobre o núncio apostólico ou sobre uma Congregação romana.

A unanimidade sem resíduos não faz parte de um programa humano de deliberações: ela é encontrada apenas nos regimes totalitários dominados por personalidades tirânicas. Ao contrário, chegar a uma maioria qualificada é um sucesso humano que tem um valor, e adequar-se a ele é um ato de sabedoria e humildade. Ainda mais que uma verdade assim alcançada deixa intacto o dever da interpretação e do discernimento.

Se um acordo necessário fosse realmente impossível, um enviado do papa (“legado papal”, dizia-se uma vez) poderia chegar para tentar uma mediação.

Então, eu acredito que, hoje, não há mais a necessidade de um dicastério especializado, ainda mais que a Santa Sé dispõe de instituições dotadas de um espírito aberto, que não pretendem definir nada, mas estão em busca de uma verdade útil: o Pontifício Conselho para a Cultura, a Comissão Teológica Internacional, as Pontifícias Academias...

Também seria uma oportunidade para dar um novo valor e força às faculdades teológicas que, no passado, normalmente eram consultadas e agora o são muito pouco. Ao contrário, o mundo e a Igreja precisam que, também dentro do Estado simbólico do Vaticano, haja um lugar onde os pobres sejam acolhidos com respeito e eficácia, e em que sejam escutados e compreendidos.

Um dia, há muito tempo, ao Ir. Roger, o fundador de Taizé, que lhe pedia para publicar um texto fortemente profético sobre o ecumenismo, o cardeal Ottaviani humildemente respondeu: “O papa é o Pai, o Santo Ofício é a polícia (sic). Não se pode pedir uma mensagem profética ao Santo Ofício, mas sim ao papa” [1].

Bem, caro Papa Francisco, como é possível pedir ao papa um gesto profético, peço-lhe filialmente: peço-lhe que transforme o escritório de polícia em um espaço de acolhida para os pobres.

Rezo pelo senhor, como o senhor pede frequentemente, o que me permite escrever-lhe com a paz do coração. Perdoe-me se esta intervenção lhe parecer inoportuna. Asseguro-lhe a minha gratidão por tudo o que o senhor faz e que nos ajuda a viver.

Nota:

1. Sabine Laplane. Frère Roger, de Taizé. Paris, 2015, p. 185.

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