02 Julho 2018
Quando em 2015 circulou na imprensa a hipótese que imaginava possível um encontro de Papa Francisco, em Havana, com os líderes da guerrilha das FARC que negociavam na ilha caribenha a paz com o governo do presidente colombiano, Manuel Santos, algumas pessoas se lembraram da famosa e tão polêmica audiência de Paulo VI com três líderes africanos que dirigiam as lutas armadas de libertação contra Portugal.
O gesto do Papa Paulo VI teve um enorme clamor midiático e não faltaram também diversos protestos diplomáticos. Em 1º de julho de 1970, de fato, no final da "Conferência Internacional de Solidariedade com os Povos das colônias portuguesas", realizada em Roma, o Papa Paulo VI recebeu no Vaticano os três principais líderes que naqueles anos lideravam os movimentos armados contra Lisboa, nas então colônias portuguesas. Eram: Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos.
A informação é publicada por Il Sismografo, 01-07-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Agostinho Neto, liderava o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), Marcelino dos Santos a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e Amílcar Cabral era o Secretário-Geral do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).
Aliás, hoje, em Roma, na Rádio Vaticano, o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, irá presidir um encontro que vai recordar essa Audiência papal.
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Quando Paulo VI recebeu no Vaticano, 48 anos atrás, três líderes de movimentos armados: Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU