O Papa defende o matrimônio, mas ressalta que às vezes é melhor se separar

Embora esclareça que “é uma desgraça”, reconhece que as separações, às vezes, são melhores “para evitar uma guerra mundial”.

A reportagem é publicada por Informador.mx, 25-05-2018. A tradução é de André Langer.

O Papa Francisco observou que, às vezes, é melhor que os esposos se separem quando o casamento não funciona “para evitar um mal maior”, mas esclareceu que isso “é uma desgraça” e pediu para ver a parte positiva de um matrimônio.

Durante a homilia de sua missa matutina, celebrada na capela da Casa Santa Marta do Vaticano, o Pontífice saudou sete casais que celebravam 25 e 50 anos de casamento. Perante eles pediu para ver a parte positiva do matrimônio.

“Às vezes o casamento não funciona e é melhor separar-se para evitar 'uma guerra mundial'. Mas isso é uma desgraça”.

Refletindo sobre uma passagem bíblica na qual os fariseus queriam pegar Jesus em uma contradição com perguntas “casuísticas” que só poderiam ser respondidas com um sim, ou um não, reduzindo a um simples “pode ou não pode”.

“Você não precisa pensar, como esses doutores, sobre se pode ou não pode separar um casal. Às vezes o casamento não funciona e é melhor separar-se para evitar 'uma guerra mundial'. Mas isso é uma desgraça. Temos que ver o lado positivo”, disse o Papa.

E esclareceu que Jesus, em sua resposta, deixa de lado o problema da separação e se concentra na beleza do casal.

Em seguida, o Papa recordou a história de um casal que celebrava 60 anos de matrimônio e a sua pergunta: “Vocês são felizes?” Os dois se olharam nos olhos e responderam: ‘Somos apaixonados!’”

Também reconheceu que há dificuldades, problemas com os filhos, discussões, mas ressaltou que o importante é que permaneçam juntos e os superem juntos.

“O amor é capaz de fazer viver apaixonados toda uma vida: na alegria e na dor, com os problemas dos filhos e dos próprios (...) mas sempre seguir em frente. Na saúde e na doença, mas seguir em frente. Esta é a beleza”, acrescentou.

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